Emulsionantes
E 400 — Ácido algínico; polissacárido hidrofílico de natureza coloidal produzido por certas algas castanhas (p. ex., Laminaria digitata e Macrocystis pyrifera), é utilizado como agente emulsionante, estabilizante, gelificante e espessante; não se detectaram efeitos adversos.

E 401 — Alginato de sódio; obtido do ácido algínico (E 400), tem utilizações idênticas a ele.

E 402 — Alginato de potássio; obtido do ácido algínico (E 400), tem utilizações idênticas a ele.

E 403 — Alginato de amónio; obtido do ácido algínico (E 400), tem utilizações idênticas a ele e usa-se também como diluente de corantes.

E 404 — Alginato de cálcio; obtido do ácido algínico (E 400), tem utilizações idênticas a ele.

E 405 — Alginato de propilenoglicol; obtido do ácido algínico (E 400) tem utilizações idênticas a ele e usa-se também como solvente de aromas e especiarias.

E 406 — Ágar-ágar; polissacárido portador de grupos sulfato, produzido por algas vermelhas (p. ex., dos géneros Gelidium, Gracilaria e Ceramium), é utilizado como espessante, estabilizador e gelificante; em pequenas doses não tem efeitos adversos, mas em maiores quantidades pode originar flatulência e ser laxativo.

E 407 — Carragenina; mistura complexa de polissacáridos portadores de grupos sulfato na forma de sais de cálcio e magnésio, produzida por algas vermelhas (p. ex., Chondrus crispus e Gigartina stellata), é utilizada como emulsionante, espessante e gelificante; tem sido referida como causadora de colite ulcerosa e, quan-do degradada no intestino, podendo ter acção carcinogénica.

E 407a —Algas Eucheuma transformadas; com propriedades hidrocoloidais obtida a partir de algas vermelhas da classe Rhodophyceae, Eucheuma cottonii ou E. spinosum, que para além de carragenina, pode conter até 15% de celulose insolúvel; usado como espessante, gelificante e emulsionante.*

E 410 — Farinha de semente de alfarroba (ou goma de alfarroba); polissacárido do tipo galactomanana com utilização gelificante, estabilizadora e emulsionante; não se conhecem efeitos adversos.

E 412 — Goma de guar; polissacárido do tipo galactomanana, extraído de sementes de leguminosas do género Cyamopsis, nativas da Índia; utilizada como espessante, estabilizador e emulsionante; ajuda os diabéticos a controlar os níveis de açúcar no sangue; só quando usada em quantidades elevadas poderá produzir naúseas, flatulência e cólicas.

E 413 — Goma adragante; mistura complexa de polissacáridos do tipo galacturono-ramnana excretados por plantas leguminosas do género Astragalus; utilizada como emulsionante, estabilizadora, espessante e para impedir a cristalização do açúcar em doces; raras reacções adversas têm sido referidas, entre as quais a dermatite, quando em contacto directo com a pele.

E 414 — Goma arábica; polissacárido complexo excretado pela casca de acácias africanas (p. ex., Acacia senegal); utilizada como espessante, emulsionante, estabilizador, para conferir brilho e para dificultar a cristalização do açúcar; algumas pessoas referem sensibilidade a este polissacárido.

E 415 — Goma xantana; polissacárido produzido pela bactéria Xanthomonas campestris ao fermentar hidratos de carbono; utilizada como estabilizante, espessante e emulsionante; não tem efeitos adversos.

E 416 — Goma Karaya; polissacárido obtido dos tecidos lenhosos de árvores da família Sterculiaceae, nativas do sul da China e Indochina; utilizada como estabilizante, emulsionante e espessante; sem efeitos adversos.

E 417 — Goma de tara; polissacárido do tipo galactomanana, extraído de sementes da árvore leguminosa designada por alfarrobeira peruana (Caesalpinia spinosa); utiliza-se como agente espessante e estabilizador; não tem efeitos adversos.

E 418 — Goma gelana; polissacárido complexo cujos principais componentes são a glucose, a ramnose e o ácido glucurónico, produzido pela bactéria Pseudomonas elodea ao fermentar hidratos de carbono; utilizada como agente espessante, gelificante e estabilizador; não se conhecem efeitos adversos.

E 431 — Estearato de polioxietileno (40), éster de natureza lipídica produzido a partir de ácidos gordos, é um detergente que se usa como emulsionante; pessoas com tendência para alergias de pele apresentam sensibilidade a este aditivo.

E 432 — Monolaurato de polioxietileno 20 sorbitano (polissorbato 20); é um detergente não iónico também conhecido por Tween 20, que se prepara a partir do sorbitol; utiliza-se como emulsionante e estabilizador; não tem efeitos adversos.

E 433 — Mono-oleato de polioxietileno 20 sorbitano (polissorbato 80); é um detergente não iónico também conhecido por Tween 80, que se prepara a partir do sorbitol; utiliza-se como emulsionante e estabilizador; não tem efeitos adversos.

E 434 — Monopalmitato de polioxietileno 20 sorbitano (polissorbato 40); é um detergente não iónico também conhecido por Tween 40, que se prepara a partir do sorbitol; utiliza-se como emulsionante e estabilizador; não tem efeitos adversos.

E 435 — Monoestearato de polioxietileno 20 sorbitano (polissorbato 60); é um detergente não iónico também conhecido por Tween 60, que se prepara a partir do sorbitol; utiliza-se como emulsionante e estabilizador; não tem efeitos adversos.

E 436 — Triestearato de polioxietileno 20 sorbitano (polissorbato 65); é um detergente não iónico também conhecido por Tween 65, que se prepara a partir do sorbitol; utiliza-se como emulsionante e estabilizador; não tem efeitos adversos.

E 440 — Pectina e pectina amidada; a pectina é um polissacárido acídico das plantas, obtida em geral de maçãs e laranjas; a pectina amidada obtém-se por tratamento com amónia em condições alcalinas; utiliza-se como emulsionante, estabilizador, espessante e gelificante; não tem efeitos tóxicos, mas em teores elevados causa flatulência.

E 442 — Fosfatidatos de amónio; sais de amónio de fosfolípidos, são usados como emulsionantes e estabilizadores; não têm efeitos adversos.

E 444 — Ésteres acético e isobutírico da sacarose, obtidos a partir da sacarose, são utilizados como estabilizadores; não têm efeitos adversos.

E 445 — Ésteres de glicerol da colofónia, são obtidos por processos de síntese e utilizam-se como emulsionantes e estabilizadores; não têm efeitos adversos.

E 450 — Difosfatos: a) dissódico; b) trissódico; c) tetrassódico; d) dipotássico; e) tetrapotássico; f) dicálcico; g) di-hidrogeno monocálcico; em maior ou menor grau, conforme o sal, têm utilizações como tamponizante, sequestrante (complexante de metais), levedante, emulsionante, gelificante e melhorador da cor e da textura; não têm feitos adversos.

E 451 — Trifosfatos: a) pentassódico; b) pentapotássico; usados como emulsionantes e melhoradores da textura; cientistas em França sugeriram que os polifosfatos podem provocar perturbações digestivas devido à interferência com vários tipos de sistemas enzimáticos.

E 452 — Polifosfatos: a) de sódio; b) de potássio; c) de sódio e cálcio; d) de cálcio; usados como emulsionantes, estabilizadores, sequestrantes (complexantes de metais) e gelificantes; cientistas em França sugeriram que os polifosfatos podem provocar perturbações digestivas devido à interferência com vários tipos de sistemas enzimáticos.

E 460 — Celulose: a) microcristalina; b) em pó; preparada a partir das paredes celulares das plantas, na forma cristalina por fragmentação química, que origina cristais microscópicos, e em pó por desintegração mecânica seguida de secagem; é usada como fonte de fibra, para aumentar o volume e a capacidade de hidratação de alimentos, como modificadora da textura, evitando a compactação excessiva, como estabilizadora de emulsões e do calor, dispersante, etc.; não tem efeitos adversos, considerando-se, pelo contrário, ser vantajosa contra o desenvolvimento de doenças do aparelho digestivo e circulatório.

E 461 — Metilcelulose; obtida da polpa de madeira por tratamento com álcalis e cloreto de metilo, é utilizado como emulsionante, estabilizadora, espessante, para aumentar o volume e como substituto das gomas solúveis em água; não tem efeitos adversos.

E 463 — Hidroxipropilcelulose; é um éter da celulose preparado quimicamente, utilizada como estabilizadora, emulsionante, espessante e agente de dispersão; não tem efeitos adversos.

E 464 — Hidroxipropil-metilcelulose; obtida quimicamente da celulose, é utilizada como gelificante ou agente de suspensão, emulsionante, estabilizador e espessante; não tem efeitos adversos.

E 465 — Metiletilcelulose; obtida a partir da celulose, é utilizada como emulsionante, estabilizador e produtor de espuma; não tem efeitos adversos.

E 466 — Carboximetilcelulose e o seu sal de sódio; obtida a partir da celulose, é utilizada como espessante, estabilizador, gelificante, modificador de textura; não tem efeitos adversos.

E 468 — Carboximetilcelulose de sódio reticulada; (ver E 466).*

E 469 — Carboximetilcelulose hidrolisada enzimáticamente; ver E 466).*

E 470a — Sais de cálcio, potássio e sódio de ácidos gordos; são sabões, utilizados como emulsionantes, estabilizadores e para evitar a compactação excessiva; não têm efeitos adversos.

E 470b — Sais de magnésio de ácidos gordos; são sabões com utilizações idênticas ao E 470a; não têm efeitos adversos.

E 471 — Mono e diglicéridos de ácidos gordos; são produtos normais da digestão das gorduras, mas preparados quimicamente a partir do glicerol e de ácidos gordos, utilizados como solventes, lubrificantes, melhoradores da textura, estabilizadores e agentes de revestimento; não têm efeitos adversos.

E 472a — Ésteres acéticos de mono e diglicéridos de ácidos gordos; preparados quimicamente, são utilizados como emulsionantes, estabilizadores, agentes de revestimento, modifcadores de textura, solventes e lubrificantes; não têm efeitos adversos.

E 472b — Ésteres lácticos de mono e diglicéridos de ácidos gordos; idênticos ao E 472a.

E 472c — Ésteres cítricos de mono e diglicéridos de ácidos gordos; idênticos ao E 472a.

E 472d — Ésteres tartáricos de mono e diglicéridos de ácidos gordos; idênticos ao E 472a.

E 472e — Ésteres monoacetiltartáricos e diacetiltartáricos de mono e diglicéridos de ácidos gordos; idênticos ao E 472a.

E472f — Ésteres mistos acéticos e tartáricos de mono e diglicéridos de ácidos gordos, idênticos ao E 472a.

E 473 — Ésteres de sacarose de ácidos gordos; preparados quimicamente a partir de ácidos gordos, são utilizados como emulsionantes e estabilizadores; não têm efeitos adversos.

E 474 — Sacaridoglicéridos; preparados pela acção da sacarose nas gorduras (banha, sebo, óleo de palma, etc.), são usados como emulsionantes e estabilizadores; não têm efeitos adversos.

E 475 — Ésteres de poliglicerol de ácidos gordos; obtidos quimicamente, são usados como emulsionantes e estabilizadores; não têm efeitos adversos.

E 476 — Polirricinoleato de poliglicerol; obtido do óleo de rícino, utiliza-se como emulsionante e estabilizador; não tem efeitos adversos.

E 477 — Ésteres de propilenoglicol de ácidos gordos; são utilizados como emulsionantes e estabilizadores; não têm efeitos adversos.

E 479b — Produto de reacção do óleo de soja oxidado por via térmica com mono e diacilgliceróis; utilizado como emulsionante em gorduras para fritura; possivelmente não terá efeitos adversos.

E 481 — Estearilo-2-lactilato de sódio; éster láctico de ácido gordo, utiliza-se como estabilizador e emulsionante; não tem efeitos adversos.

E 482 — Estearilo-2-lactilato de cálcio; idêntido ao E 481.

E 483 — Tartarato de estearilo; éster utilizado como estabilizador e emulsionante; não tem efeitos adversos.

E 491 — Monoestearato de sorbitano; detergente não iónico, resulta da esterificação de ácido gordo com os produtos cíclicos da desidratação do sorbitol, é do tipo genericamente designado por Span; utiliza-se como emulsionante, estabilizador e agente de brilho; não tem efeitos adversos.

E 492 — Triestearato de sorbitano (Span 65); idêntico ao E 491.

E 493 — Monolaurato de sorbitano (Span 20); idêntico ao E 491, usa-se também como agente antiespuma.

E 494 — Mono-oleato de sorbitano (Span 80); idêntico ao E 491.

E 495 — Monopalmitato de sorbitano (Span 40); idêntico ao E 491.

 

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