Percepção dos consumidores da União Europeia sobre os riscos associados aos alimentos
O Eurobarómetro da European Food Safety Autorithy (EFSA), publicado este ano, revela que a maioria dos cidadãos europeus associa os alimentos e o acto de comer com o prazer. De acordo com os resultados, as pessoas que estão preocupadas com possíveis riscos alimentares tendem a preocupar-se essencialmente, com a contaminação química dos alimentos, ao invés de contaminação bacteriana ou questões de saúde e nutrição.
O Eurobarómetro da European Food Safety Autorithy (EFSA), publicado este ano, revela que a maioria dos cidadãos europeus associa os alimentos e o acto de comer com o prazer. De acordo com os resultados, as pessoas que estão preocupadas com possíveis riscos alimentares tendem a preocupar-se essencialmente, com a contaminação química dos alimentos, ao invés de contaminação bacteriana ou questões de saúde e nutrição.
Este inquérito pedido pela EFSA, foi o segundo a ser realizado em 5 anos. Foram realizadas 26.691 entrevistas directas pessoais, a 27 membros da União Europeia, com idades superiores a 15 anos, no período de 9 e 30 de Junho de 2010. A amostra portuguesa compreendeu 1007 indivíduos. A entrevista consistiu em questões relativas ao significado e conhecimento dos riscos relacionados com os alimentos, às preocupações sobre riscos relacionados com os alimentos, a confiança em fontes de informação e à função da eficácia das autoridades públicas.
Quando inquiridos sobre a sua percepção em relação aos alimentos, a maioria das pessoas associou a alimentação e a comida à escolha de alimentos frescos (58%) ou ao prazer de desfrutar refeições com a família e amigos (54%). Cerca de 44% dos inquiridos associa o alimento a uma forma de satisfazer a fome e apenas 23% referem a associação da comida com a verificação de calorias e nutrientes. Quando confrontados com uma lista de potenciais riscos, que poderiam afectá-los pessoalmente, foram mais os cidadãos que referiram a crise económica (20%) e a poluição ambiental (18%) como um impacto nas suas vidas e apenas 11% referiu os riscos de possíveis riscos para a saúde provocados pelo consumo de alimentos.
Quando questionados acerca das preocupações gerais, sobre os riscos associados aos alimentos, a maioria dos inquiridos referiu os produtos químicos, os pesticidas e outras substâncias poluentes como a principal preocupação. Quando confrontados com uma lista de possíveis problemas relacionados com os alimentos, os inquiridos referiram como riscos que causam “grande preocupação”: resíduos químicos de pesticidas na fruta, vegetais e cereais, 31% (aumento de 3% em comparação com 2005); antibióticos ou hormonas na carne, 30% (mais 3% que em 2005); clonagem de animais para a produção de alimentos, 30%; e poluentes como o mercúrio em peixes e dioxinas em suínos, 29% (mais 3% que em 2005). Foram poucas as pessoas que manifestaram elevada preocupação com a contaminação bacteriana dos alimentos (23%) e com riscos nutricionais, tais como aumento de peso (15%) ou não ter uma dieta saudável e equilibrada (15%).
As fontes de informação que os cidadãos europeus depositam mais confiança, são os médicos e outros profissionais de saúde (84%), seguindo-se a família e amigos (82%) organizações de consumidores (76%), cientistas (73%) e grupos de protecção ambiental (71%). Seguem-se as agências para a segurança dos alimentos nacionais e europeia (EFSA) (64%) e as instituições da União Europeia (57%). Quando questionados acerca da sua reacção a informações relativas a segurança alimentar e dieta e saúde, a maioria não altera os seus hábitos alimentares face a essas notícias. Note-se que 29% dos inquiridos ignora a informação relativa a questões de dieta e 24% ignora a informação relacionada com a segurança dos alimentos.
Quanto à eficácia das autoridades públicas na União Europeia na protecção dos possíveis riscos dos alimentos sobre a saúde, uma grande parte dos inquiridos sente-se protegido e pensa que as autoridades fazem um bom trabalho.
As conclusões do Eurobarómetro serão um importante recurso para a realização de mais pesquisas sobre a relação entre a confiança nas fontes de informação, a confiança nas autoridades públicas e a percepção dos riscos associados aos alimentos.
Fonte: Special Eurobarometrer 354, Food-related risks, European Food Safety Authority (EFSA). November 2010.
Eurobarómetro
http://www.efsa.europa.eu/en/riskcommunication/riskperception.htm
http://www.efsa.europa.eu/en/factsheet/docs/reporten.pdf
http://www.efsa.europa.eu/en/factsheet/docs/ebptpt.pdf
Quando inquiridos sobre a sua percepção em relação aos alimentos, a maioria das pessoas associou a alimentação e a comida à escolha de alimentos frescos (58%) ou ao prazer de desfrutar refeições com a família e amigos (54%). Cerca de 44% dos inquiridos associa o alimento a uma forma de satisfazer a fome e apenas 23% referem a associação da comida com a verificação de calorias e nutrientes. Quando confrontados com uma lista de potenciais riscos, que poderiam afectá-los pessoalmente, foram mais os cidadãos que referiram a crise económica (20%) e a poluição ambiental (18%) como um impacto nas suas vidas e apenas 11% referiu os riscos de possíveis riscos para a saúde provocados pelo consumo de alimentos.
Quando questionados acerca das preocupações gerais, sobre os riscos associados aos alimentos, a maioria dos inquiridos referiu os produtos químicos, os pesticidas e outras substâncias poluentes como a principal preocupação. Quando confrontados com uma lista de possíveis problemas relacionados com os alimentos, os inquiridos referiram como riscos que causam “grande preocupação”: resíduos químicos de pesticidas na fruta, vegetais e cereais, 31% (aumento de 3% em comparação com 2005); antibióticos ou hormonas na carne, 30% (mais 3% que em 2005); clonagem de animais para a produção de alimentos, 30%; e poluentes como o mercúrio em peixes e dioxinas em suínos, 29% (mais 3% que em 2005). Foram poucas as pessoas que manifestaram elevada preocupação com a contaminação bacteriana dos alimentos (23%) e com riscos nutricionais, tais como aumento de peso (15%) ou não ter uma dieta saudável e equilibrada (15%).
As fontes de informação que os cidadãos europeus depositam mais confiança, são os médicos e outros profissionais de saúde (84%), seguindo-se a família e amigos (82%) organizações de consumidores (76%), cientistas (73%) e grupos de protecção ambiental (71%). Seguem-se as agências para a segurança dos alimentos nacionais e europeia (EFSA) (64%) e as instituições da União Europeia (57%). Quando questionados acerca da sua reacção a informações relativas a segurança alimentar e dieta e saúde, a maioria não altera os seus hábitos alimentares face a essas notícias. Note-se que 29% dos inquiridos ignora a informação relativa a questões de dieta e 24% ignora a informação relacionada com a segurança dos alimentos.
Quanto à eficácia das autoridades públicas na União Europeia na protecção dos possíveis riscos dos alimentos sobre a saúde, uma grande parte dos inquiridos sente-se protegido e pensa que as autoridades fazem um bom trabalho.
As conclusões do Eurobarómetro serão um importante recurso para a realização de mais pesquisas sobre a relação entre a confiança nas fontes de informação, a confiança nas autoridades públicas e a percepção dos riscos associados aos alimentos.
Fonte: Special Eurobarometrer 354, Food-related risks, European Food Safety Authority (EFSA). November 2010.
Eurobarómetro
http://www.efsa.europa.eu/en/riskcommunication/riskperception.htm
http://www.efsa.europa.eu/en/factsheet/docs/reporten.pdf
http://www.efsa.europa.eu/en/factsheet/docs/ebptpt.pdf
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