Composição química da cortiça
A cortiça é um produto 100% natural, totalmente renovável, extraída da casca do sobreiro - Quercus Suber L - uma árvore singular cujo habitat natural é a bacia Ocidental do Mediterrâneo. O sobreiro constitui a base de um sistema ecológico único no mundo, contribuindo para a sobrevivência de muitas espécies de fauna e flora e para a prevenção da desertificação de zonas sensíveis, sendo fundamental no meio ambiente.

Entre as várias características que distinguem o sobreiro das restantes árvores da sua espécie, sobressai a capacidade de se regenerar naturalmente após cada extracção da sua casca, a cortiça. Um sobreiro apresenta um tempo de vida entre os 170 e os 200 anos de idade, podendo durante este período ser descortiçado cerca de 15 a 18 vezes.

Composição química da cortiça

O segredo do desempenho da matéria-prima cortiça está na sua estrutura celular. O interior da cortiça é composto por uma colmeia de pequenas células de suberina, um ácido complexo, preenchidas com uma mistura gasosa quase idêntica à do ar. Cada centímetro cúbico de cortiça contém, em média, 40 milhões de células, existindo numa rolha de cortiça cerca de 800 milhões de células.

suberina (45%) - principal componente das paredes das células, responsável pela elasticidade da cortiça;

lenhina (27%) - composto isolante;

polissacáridos (12%) - componentes das paredes das células que ajudam a definir a textura da cortiça;

taninos (6%) - compostos polifenólicos responsáveis pela cor;

ceróides (5%) - compostos hidrofóbicos que asseguram a impermeabilidade da cortiça.

 

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