O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) no Brasil, define o agronegócio como o “casamento” do capital financeiro com o latifúndio. Para o movimento, a lógica de exploração da terra - grandes extensões, monocultura, produção basicamente de grãos para exportação, mecanização e pagamento de baixos salários - necessita ainda de um ingrediente venenoso: mais de um bilhão de litros de agrotóxicos despejados na lavoura no Brasil, só em 2009.
Isso significa que cada brasileiro consome cerca de 5,2 litros de venenos por ano, dissolvidos nos alimentos e na água contaminados. O impacto desses produtos sobre a saúde humana, tanto de quem os maneja diretamente (trabalhadores rurais), como das comunidades e dos consumidores, é grande, inclusive com registros de inúmeros casos de problemas neurológicos, má formação fetal, câncer e até mortes.
Em 2009, o Brasil se tornou o maior consumidor do produto no mundo. O uso exagerado de agrotóxicos é o retrato do agronegócio: apesar de todo seu dito "avanço tecnológico", não conseguiu criar um modelo de produção e técnicas agrícolas que garantam a produção de alimentos saudáveis para a população. Porque esse não é o interesse do agronegócio.
MST lança campanha contra o uso de agrotóxicos
O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) lançou na quinta-feira (7), Dia Mundial da Saúde, uma campanha nacional contra o uso de agrotóxicos no campo e em defesa da vida.
O líder nacional do movimento, João Pedro Stédile, disse que os trabalhadores agirão em várias frentes simultâneas.
- Quem sabe cheguemos até a fechar alguma fábrica de veneno.
A campanha une 50 entidades da área governamental, de universidades e movimentos sociais, e o objetivo é conscientizar a sociedade para os riscos envolvidos no uso dos venenos agrícolas. A iniciativa também alerta para os prejuízos causados à saúde das pessoas e ao meio ambiente.
Stédile disse que aposta no sucesso da campanha porque “luz amarela” acendeu depois que o Brasil foi apontado como o campeão mundial do consumo de veneno agrícola em 2009.
- É uma questão de saúde pública.
O cineasta Silvio Tendler está produzindo dois documentários para expor casos de doenças provocadas por contaminação de agrotóxicos. Além disso, cartilhas agrícolas serão confeccionadas e distribuídas para trabalhadores rurais, e material didático será entregue a professores para discussão em sala de aula.
Estas ações, de acordo com o líder do MST, integram a estratégia da campanha, que também quer compromissos de governos estaduais e federal, a exemplo do que foi firmado para proibir a pulverização de veneno em plantações.
O movimento defende ainda a obrigatoriedade de informar ao consumidor, nas gôndolas de supermercados, sobre agrotóxicos utilizados no cultivo das frutas e verduras.
O importante, ressaltou Stédile, é fazer com que a população, consciente dos riscos do uso indiscriminado dos agrotóxicos, fiscalize, denuncie e pressione os órgãos públicos. O líder dos sem-terra fez uma palestra em Recife (PE).
Fonte R7 07-04-2011
http://www.mst.org.br/Campanha-contra-o-uso-de-agrotoxicos
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MST lança campanha contra o uso de agrotóxicos
O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) lançou na quinta-feira (7), Dia Mundial da Saúde, uma campanha nacional contra o uso de agrotóxicos no campo e em defesa da vida.
O líder nacional do movimento, João Pedro Stédile, disse que os trabalhadores agirão em várias frentes simultâneas.
- Quem sabe cheguemos até a fechar alguma fábrica de veneno.
A campanha une 50 entidades da área governamental, de universidades e movimentos sociais, e o objetivo é conscientizar a sociedade para os riscos envolvidos no uso dos venenos agrícolas. A iniciativa também alerta para os prejuízos causados à saúde das pessoas e ao meio ambiente.
Stédile disse que aposta no sucesso da campanha porque “luz amarela” acendeu depois que o Brasil foi apontado como o campeão mundial do consumo de veneno agrícola em 2009.
- É uma questão de saúde pública.
O cineasta Silvio Tendler está produzindo dois documentários para expor casos de doenças provocadas por contaminação de agrotóxicos. Além disso, cartilhas agrícolas serão confeccionadas e distribuídas para trabalhadores rurais, e material didático será entregue a professores para discussão em sala de aula.
Estas ações, de acordo com o líder do MST, integram a estratégia da campanha, que também quer compromissos de governos estaduais e federal, a exemplo do que foi firmado para proibir a pulverização de veneno em plantações.
O movimento defende ainda a obrigatoriedade de informar ao consumidor, nas gôndolas de supermercados, sobre agrotóxicos utilizados no cultivo das frutas e verduras.
O importante, ressaltou Stédile, é fazer com que a população, consciente dos riscos do uso indiscriminado dos agrotóxicos, fiscalize, denuncie e pressione os órgãos públicos. O líder dos sem-terra fez uma palestra em Recife (PE).
Fonte R7 07-04-2011
http://www.mst.org.br/Campanha-contra-o-uso-de-agrotoxicos
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