Grupo de experts do Imperial College de Londres propõem que seja possível, quando se compra um hambúrguer, pedir também estatina, um fármaco que reduz o colestrol. Os autores da ideia de acompanhar um hambúrguer com estatina, medicamento para redução do colestrol, defendem que esta é uma maneira de diminuir o risco de problemas cardiovasculares agravados em quem se alimenta ou abusa da fast food.
Darrel P. Francis, cardiologista e um dos autores deste artigo publicado no "American Journal of Cardiology", explica, em declarações ao jornal "El Mundo", que a melhor solução era as pessoas não consumirem este tipo de produtos. Mas como isso não se controla, o que se propõe é que se possa aceder facilmente a esta outra opção.
Consumir diariamente um hambúrguer aumenta em 18% a possibilidade de sofrer um enfarte cardíaco.
Porém, esta proposta já foi alvo de várias críticas. Pedro Mata, da Unidade de Lípidos da Fundação Jiménez Díaz, em Madrid, diz que esta medida pode ser muito perigosa, não tanto pelos efeitos secundários que este fármaco pode ter, mas principalmente pelas consequências de criar na sociedade uma despreocupação com os seus hábitos alimentares e de saúde.
"Além disso", explica, "as estatinas podem reduzir o colesterol LDL (que é o considerado 'mau'), mas não atuam sobre a redução do HDL (o 'bom'), algo que também provoca o consumo de gorduras e o risco de padecer de algum tipo de cancro."
Consumo diário de hambúrguer é pior do que o de estatina
Existe a discussão de quais os efeitos de comer um hambúrguer todos os dias e tomar estatina, também todos os dias.
Darrel Francis garante que a segunda hipótese é melhor. "Um hambúrguer diário durante o resto da vida incrementa em 18% a possibilidade de sofrer um enfarte cardíaco. Tomar uma estatina, com essa mesma assiduidade, reduz o citado risco em 30%."
Acrescenta ainda que a hipótese apresentada podia fazer com que a estatina funcionasse como um antídoto para o risco cardiovascular da comida com gordura, por se saber que tomar um medicamento é muito menos perigoso para o coração do que usar um condimento, como o ketchup ou o sal.
Conclusão do estudo contrariada
Alfredo Bardají, chefe do serviço de cardiologia do Hospital Joan XXIII, em Tarragona, disse, também ao jornal espanhol "El Mundo", que não está provado que o consumo intermitente de estatinas seja eficaz. Se as tomarmos só quando comemos algo mais gorduroso não há garantias de que tenha o efeito esperado.
Afirmou ainda este médico que, na sua opinião, esta proposta só mostra "o absurdo a que pode chegar a sociedade atual, que se empenha em levar a cabo práticas de risco e, logo, em arranjar uma forma de contrariá-las. O mais lógico seria evitá-las".
Fonte Expresso 16-08-2010
Consumir diariamente um hambúrguer aumenta em 18% a possibilidade de sofrer um enfarte cardíaco.
Porém, esta proposta já foi alvo de várias críticas. Pedro Mata, da Unidade de Lípidos da Fundação Jiménez Díaz, em Madrid, diz que esta medida pode ser muito perigosa, não tanto pelos efeitos secundários que este fármaco pode ter, mas principalmente pelas consequências de criar na sociedade uma despreocupação com os seus hábitos alimentares e de saúde.
"Além disso", explica, "as estatinas podem reduzir o colesterol LDL (que é o considerado 'mau'), mas não atuam sobre a redução do HDL (o 'bom'), algo que também provoca o consumo de gorduras e o risco de padecer de algum tipo de cancro."
Consumo diário de hambúrguer é pior do que o de estatina
Existe a discussão de quais os efeitos de comer um hambúrguer todos os dias e tomar estatina, também todos os dias.
Darrel Francis garante que a segunda hipótese é melhor. "Um hambúrguer diário durante o resto da vida incrementa em 18% a possibilidade de sofrer um enfarte cardíaco. Tomar uma estatina, com essa mesma assiduidade, reduz o citado risco em 30%."
Acrescenta ainda que a hipótese apresentada podia fazer com que a estatina funcionasse como um antídoto para o risco cardiovascular da comida com gordura, por se saber que tomar um medicamento é muito menos perigoso para o coração do que usar um condimento, como o ketchup ou o sal.
Conclusão do estudo contrariada
Alfredo Bardají, chefe do serviço de cardiologia do Hospital Joan XXIII, em Tarragona, disse, também ao jornal espanhol "El Mundo", que não está provado que o consumo intermitente de estatinas seja eficaz. Se as tomarmos só quando comemos algo mais gorduroso não há garantias de que tenha o efeito esperado.
Afirmou ainda este médico que, na sua opinião, esta proposta só mostra "o absurdo a que pode chegar a sociedade atual, que se empenha em levar a cabo práticas de risco e, logo, em arranjar uma forma de contrariá-las. O mais lógico seria evitá-las".
Fonte Expresso 16-08-2010
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