Pesquisadores da Universidade de Alicante e da Universidade Miguel Hernández, desenvolveram um procedimento que será um importante avanço nas novas gerações de sensores electroquímicos para a detecção de substâncias de interesse ambiental, bioquímico e alimentar.
O uso de sensores electroquímicos, é bem conhecido no sector bioquímico e clínico (p.ex., os medidores de glicose que usam os diabéticos), mas limitado a componentes de interesse médico. Por isso, estes dispositivos não penetraram de forma significativa em outros sectores como o agro-alimentar ou o meio ambiental por causa de seu baixo vestibular e pela dificuldade que implica criar novas fases sensoras para uma ampla gama de produtos.
A tecnologia patenteada, baseia-se num método de depósito electroasistido de capas de sílica impressas molecularmente sobre diversos eléctrodos que actuam como filtro com elevado vestibular para a detecção de moléculas de interesse.
Francisco Montilla, um dos autores desta invenção explica “o que nós criamos é uma tecnologia aplicável a sensores electroquímicos, patenteia-se portanto um procedimento para uma aplicação específica, mas se pode desenvolver para muitas outras aplicações. Desenhamos umas capas que colocamos sobre eléctrodos de sensores, que actuam como filtro selectivo para a substância que estamos interessados em detectar. Por exemplo, se nós queremos quantificar a concentração de dopamina em sangue (neurotransmissor que em níveis anormais está relacionado com a doença de Parkinson), depositamos-lhe em cima uma capa que só permite o passo desta substância e de nada mais. Se se tenta fazer isso com um eléctrodo que não leva essa capa, não vais poder determinar os níveis de dopamina correctamente, porque esse eléctrodo reage com outras substâncias presentes na mostra que vão dar-te um sinal parecido e terás uma medida errónea. A metodologia, por tanto, permite preparar capas filtrantes capazes de distinguir uma molécula de outra”.
As vantagens do procedimento da invenção vêm dadas pelo elevado vestibular na detecção de um analito (composto) concreto presente numa mistura complexa com elevado número de interferentes.
Os eléctrodos modificados com capas de sílica obtidas com esta metodologia, dão lugar a sensores muito baratos, robustos e que em suas aplicações obtêm resultados equiparáveis aos dispositivos comerciais empregados em análises clínicas, geralmente sensores que contêm elementos biológicos, os chamados biosensores.
Outra das vantagens deste procedimento quanto a seus potenciais aplicações frente aos biosensores, é que para a detecção de algum analito de interesse concreto, habitualmente sucede que não existe uma molécula biológica adequada que seja útil ou estável nas condições de medida.
Com esta metodologia se podem desenhar matrizes inorgânicas muito estáveis e versáteis, sob medida da molécula objectivo e, que em princípio, podem ser aplicadas a qualquer tipo de substrato evitando o uso de elementos biológicos (geralmente enzimas ou anticorpos), que são os que mais encarecem e limitam aos sensores comerciais. Isto faz que os dispositivos desenhados não estejam limitados a análises clínicas senão que se possam desenhar dispositivos com aplicações, por exemplo, em controlo alimentar (resveratrol, citotoxinas, alcaloides, pesticidas, vitamina C, ácido fólico, vitamina B12, vitamina B5, etc.), meio ambiental (medidores de contaminantes e outros parâmetros de qualidade do água) ou defesa (medidores de patogénicos, e substâncias químicas / explosivas), entre outras.
Este inovador dispositivo foi desenhado pelo pesquisador Francisco Montilla, pertencente ao Instituto de Materiais da Universidade de Alicante em coordenação com o pesquisador Alfonso Salinas, pertencente ao Instituto de Biologia Molecular e Celular da Universidade Miguel Hernández.
Fonte Universia 21-10-2010
A tecnologia patenteada, baseia-se num método de depósito electroasistido de capas de sílica impressas molecularmente sobre diversos eléctrodos que actuam como filtro com elevado vestibular para a detecção de moléculas de interesse.
Francisco Montilla, um dos autores desta invenção explica “o que nós criamos é uma tecnologia aplicável a sensores electroquímicos, patenteia-se portanto um procedimento para uma aplicação específica, mas se pode desenvolver para muitas outras aplicações. Desenhamos umas capas que colocamos sobre eléctrodos de sensores, que actuam como filtro selectivo para a substância que estamos interessados em detectar. Por exemplo, se nós queremos quantificar a concentração de dopamina em sangue (neurotransmissor que em níveis anormais está relacionado com a doença de Parkinson), depositamos-lhe em cima uma capa que só permite o passo desta substância e de nada mais. Se se tenta fazer isso com um eléctrodo que não leva essa capa, não vais poder determinar os níveis de dopamina correctamente, porque esse eléctrodo reage com outras substâncias presentes na mostra que vão dar-te um sinal parecido e terás uma medida errónea. A metodologia, por tanto, permite preparar capas filtrantes capazes de distinguir uma molécula de outra”.
As vantagens do procedimento da invenção vêm dadas pelo elevado vestibular na detecção de um analito (composto) concreto presente numa mistura complexa com elevado número de interferentes.
Os eléctrodos modificados com capas de sílica obtidas com esta metodologia, dão lugar a sensores muito baratos, robustos e que em suas aplicações obtêm resultados equiparáveis aos dispositivos comerciais empregados em análises clínicas, geralmente sensores que contêm elementos biológicos, os chamados biosensores.
Outra das vantagens deste procedimento quanto a seus potenciais aplicações frente aos biosensores, é que para a detecção de algum analito de interesse concreto, habitualmente sucede que não existe uma molécula biológica adequada que seja útil ou estável nas condições de medida.
Com esta metodologia se podem desenhar matrizes inorgânicas muito estáveis e versáteis, sob medida da molécula objectivo e, que em princípio, podem ser aplicadas a qualquer tipo de substrato evitando o uso de elementos biológicos (geralmente enzimas ou anticorpos), que são os que mais encarecem e limitam aos sensores comerciais. Isto faz que os dispositivos desenhados não estejam limitados a análises clínicas senão que se possam desenhar dispositivos com aplicações, por exemplo, em controlo alimentar (resveratrol, citotoxinas, alcaloides, pesticidas, vitamina C, ácido fólico, vitamina B12, vitamina B5, etc.), meio ambiental (medidores de contaminantes e outros parâmetros de qualidade do água) ou defesa (medidores de patogénicos, e substâncias químicas / explosivas), entre outras.
Este inovador dispositivo foi desenhado pelo pesquisador Francisco Montilla, pertencente ao Instituto de Materiais da Universidade de Alicante em coordenação com o pesquisador Alfonso Salinas, pertencente ao Instituto de Biologia Molecular e Celular da Universidade Miguel Hernández.
Fonte Universia 21-10-2010
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