As vendas de produtos de marca branca cresceram 6,2% em 2010, tendo atingido uma quota de mercado de 31,7%. Estes são os resultados de um estudo da Nielsen apresentado ontem em conferência da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED). O mesmo documento aponta que os produtos de marca branca já estão presentes em quase todos os lares do país (99%).
Na actual conjuntura, o factor preço tem cada vez mais peso para o consumidor que opta por estas marcas. No entanto, 95% dos inquiridos responderam que continuarão a usar estes produtos após a recessão. Quase dois terços dos portugueses acreditam ainda que estas marcas têm uma boa relação qualidade-preço, um valor acima da média mundial (40%).
Em 2010, o volume total de vendas de bens de consumo aumentou 1,9% mas os preços baixaram 0,6%. As marcas de distribuição deverão ter sido as maiores responsáveis por esta descida dos preços médios.
Segundo o presidente da APED, Luís Reis, "é falso que [estas marcas] retirem rentabilidade aos produtores". O líder da associação, e também administrador da Sonae, defende que estas têm vindo inclusivamente a melhorar a situação dos produtores nacionais. "Quando se trata de um produto de marca, as probabilidades de este ter sido importado estão entre os 60% e os 70%. No caso dos produtos de marca própria esta probabilidade baixa para menos de 50%", explicou durante a conferência.
A mesma opinião é partilhada por Xavier Durieu, CEO do Eurocommerce, entidade que representa o sector internacionalmente. Durieu defendeu a posição do sector dizendo que as acusações de concorrência desleal são infundadas e que, segundo relatórios levados a cabo pela Comissão Europeia, os lucros da indústria alimentar mantêm-se constantes.
O representante afirmou ainda que a distribuição mantém, a nível europeu, crescimentos de lucros na ordem dos 2% a 4%, enquanto outros elementos da cadeia de distribuição, como os produtores de marcas multinacionais, registam crescimentos entre 12% e 25%.
A União Europeia tem vindo a reflectir sobre este assunto e uma das alterações em análise passa pela possibilidade de obrigar os produtos de marca branca a indicar o nome do fornecedor na embalagem.
Fonte iol/lusa 29-03-2011
Em 2010, o volume total de vendas de bens de consumo aumentou 1,9% mas os preços baixaram 0,6%. As marcas de distribuição deverão ter sido as maiores responsáveis por esta descida dos preços médios.
Segundo o presidente da APED, Luís Reis, "é falso que [estas marcas] retirem rentabilidade aos produtores". O líder da associação, e também administrador da Sonae, defende que estas têm vindo inclusivamente a melhorar a situação dos produtores nacionais. "Quando se trata de um produto de marca, as probabilidades de este ter sido importado estão entre os 60% e os 70%. No caso dos produtos de marca própria esta probabilidade baixa para menos de 50%", explicou durante a conferência.
A mesma opinião é partilhada por Xavier Durieu, CEO do Eurocommerce, entidade que representa o sector internacionalmente. Durieu defendeu a posição do sector dizendo que as acusações de concorrência desleal são infundadas e que, segundo relatórios levados a cabo pela Comissão Europeia, os lucros da indústria alimentar mantêm-se constantes.
O representante afirmou ainda que a distribuição mantém, a nível europeu, crescimentos de lucros na ordem dos 2% a 4%, enquanto outros elementos da cadeia de distribuição, como os produtores de marcas multinacionais, registam crescimentos entre 12% e 25%.
A União Europeia tem vindo a reflectir sobre este assunto e uma das alterações em análise passa pela possibilidade de obrigar os produtos de marca branca a indicar o nome do fornecedor na embalagem.
Fonte iol/lusa 29-03-2011
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