Um produto de marca branca chega a ser 50% mais barato do que um de marca, mesmo quando o fabricante é o mesmo. Quem o diz é um grupo de consumidores seguido durante 10 visitas às compras. A Centromarca contesta esta ideia e classifica-a de "mito".
Um estudo promovido pela agência de publicidade BBZ, realizado pela Magma Research, confirma que os consumidores portugueses estão a seguir a tendência da Europa e a optar pela compra das marcas de distribuidor (MDD) em detrimento das marcas de fabricante (MDF). Na base desta mudança, que tem sido mais forte nos últimos cinco anos, está a questão financeira.
A DECO realizou o seu próprio estudo e publicou os resultados: os produtos alimentares de marca própria são em média 30% mais baratos do que os MDF. A amostra da BBZ, composta por quatro grupos de consumidores (dois em Lisboa e dois no Porto), apresentou resultados que vão no mesmo sentido.
O estudo, "Marcas de Distribuição versus Marcas de Fabricante", foi apresentado, na Escola de Gestão do Porto (EGP), e concluiu que sempre que os consumidores são confrontados com um orçamento mais baixo do que o habitual, "o carrinho de compras semanal é constituído maioritariamente por MDD".
No entanto, mesmo com orçamentos mais reduzidos, os consumidores não dispensam a compra das marcas de referência no mercado ao comprar azeite, detergentes para a roupa e loiça, produtos de higiene pessoal, como os dentífricos, manteiga, cereais, iogurtes e batatas fritas para as crianças.
Ao contrário, quando sobra dinheiro, compram sobretudo MDF, mas não se importam de comprar marcas próprias dos hiper e supermercados quando se trata de guardanapos, papel higiénico, rolo de cozinha, lixívia, produtos de limpeza básicos e leite e iogurtes para adultos.
Uma das conclusões que sobressai resume-se ao facto de os inquiridos considerarem que os MDD são semelhantes aos MDF, até porque é frequente os fabricantes serem os mesmos. Paulo Girbal, presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca (Centromarca), contesta este "mito" e adianta que apenas 6% dos fabricantes de marca também fornecem produtos MDD. A Centromarca tem 54 associados e mais de 1000 marcas. João Paulo Girbal sublinha ainda o facto de o preço ser da responsabilidade exclusiva dono da prateleira, isto é, do distribuidor.
Seja como for, o estudo torna claro que para o consumidor que vive numa conjuntura económica desfavorável, a escolha das MDD é uma estratégia para manter a qualidade de vida habitual, sendo a compra destas marcas considerada "inteligente".
Fonte JN 02-02-1011
{hwdvs-player}id=640|height=262|width=350{/hwdvs-player}A DECO realizou o seu próprio estudo e publicou os resultados: os produtos alimentares de marca própria são em média 30% mais baratos do que os MDF. A amostra da BBZ, composta por quatro grupos de consumidores (dois em Lisboa e dois no Porto), apresentou resultados que vão no mesmo sentido.
O estudo, "Marcas de Distribuição versus Marcas de Fabricante", foi apresentado, na Escola de Gestão do Porto (EGP), e concluiu que sempre que os consumidores são confrontados com um orçamento mais baixo do que o habitual, "o carrinho de compras semanal é constituído maioritariamente por MDD".
No entanto, mesmo com orçamentos mais reduzidos, os consumidores não dispensam a compra das marcas de referência no mercado ao comprar azeite, detergentes para a roupa e loiça, produtos de higiene pessoal, como os dentífricos, manteiga, cereais, iogurtes e batatas fritas para as crianças.
Ao contrário, quando sobra dinheiro, compram sobretudo MDF, mas não se importam de comprar marcas próprias dos hiper e supermercados quando se trata de guardanapos, papel higiénico, rolo de cozinha, lixívia, produtos de limpeza básicos e leite e iogurtes para adultos.
Uma das conclusões que sobressai resume-se ao facto de os inquiridos considerarem que os MDD são semelhantes aos MDF, até porque é frequente os fabricantes serem os mesmos. Paulo Girbal, presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca (Centromarca), contesta este "mito" e adianta que apenas 6% dos fabricantes de marca também fornecem produtos MDD. A Centromarca tem 54 associados e mais de 1000 marcas. João Paulo Girbal sublinha ainda o facto de o preço ser da responsabilidade exclusiva dono da prateleira, isto é, do distribuidor.
Seja como for, o estudo torna claro que para o consumidor que vive numa conjuntura económica desfavorável, a escolha das MDD é uma estratégia para manter a qualidade de vida habitual, sendo a compra destas marcas considerada "inteligente".
Fonte JN 02-02-1011
Comentários: