A Escola Superior de Biotecnologia (ESB) da Universidade Católica no Porto acaba de detectar e identificar a existência de bactérias resistentes a antibióticos em água potável e em estações de tratamento de águas residuais domésticas.
Das análises efectuadas nestes locais, a instituição concluiu que muitas bactérias, nomeadamente as que estão presentes em água da torneira, apesar de aparentemente inofensivas, podem ser portadoras de resistência a antibióticos. Este facto é explicado, em parte, pela célere evolução e adaptação das bactérias.
Nas análises efectuadas, a instituição está a analisar, por exemplo, a forma como o hospital – que se supõe ser uma das principais fontes de resistência a antibióticos – interage com o ambiente em termos de propagação dessas formas de resistência, nomeadamente pela água.
A investigação pretende verificar, ainda, se a água potável se assume como um portal de entrada ou se os esgotos representam uma via de contaminação ambiental. Os resultados possibilitarão o desenvolvimento de métodos para uma melhor monitorização e controlo das bactérias resistentes a antibióticos, nomeadamente no que se refere a efluentes hospitalares.
O estudo sobre a existência de bactérias resistentes a antibióticos presentes na água potável revela que, embora a desinfecção reduza a grande maioria das bactérias, estas podem desenvolver-se nas canalizações, sobretudo em períodos de maior estagnação, ou seja, de menor tiragem de água. De facto, as investigações realizadas mostram que algumas bactérias de origem ambiental, detectadas em água da torneira, podem apresentar níveis preocupantes de resistência a antibióticos frequentemente utilizados em situações clínicas.
Relativamente ao projecto de tratamento de águas residuais domésticas e disseminação de resistência a antibióticos, a ESB avaliou qual o papel das ETAR’s enquanto reservatórios ambientais propícios ao aparecimento de bactérias resistentes a antibióticos. Embora o tratamento dos esgotos seja satisfatório – e conduza à remoção de cerca de 99 por cento das bactérias presentes nos efluentes –, a libertação de resistentes a antibióticos para cursos de água naturais continua a ser uma realidade e deveria ser minimizada.
Neste caso, a inclusão de uma etapa de tratamento terciário, embora não elimine totalmente as bactérias resistentes a antibióticos, permitiria reduzir a carga bacteriana total. Apesar dos cuidados tomados, é importante salientar que os esgotos tratados são, muitas vezes, libertados para pequenos cursos de água naturais, o que contribuiu para a dispersão deste tipo de bactérias no ambiente. Neste caso, o uso destas águas para rega de produtos alimentares pode transportar tais bactérias para a cadeia alimentar humana.
Fonte ciência hoje 08-08-2011
Nas análises efectuadas, a instituição está a analisar, por exemplo, a forma como o hospital – que se supõe ser uma das principais fontes de resistência a antibióticos – interage com o ambiente em termos de propagação dessas formas de resistência, nomeadamente pela água.
A investigação pretende verificar, ainda, se a água potável se assume como um portal de entrada ou se os esgotos representam uma via de contaminação ambiental. Os resultados possibilitarão o desenvolvimento de métodos para uma melhor monitorização e controlo das bactérias resistentes a antibióticos, nomeadamente no que se refere a efluentes hospitalares.
O estudo sobre a existência de bactérias resistentes a antibióticos presentes na água potável revela que, embora a desinfecção reduza a grande maioria das bactérias, estas podem desenvolver-se nas canalizações, sobretudo em períodos de maior estagnação, ou seja, de menor tiragem de água. De facto, as investigações realizadas mostram que algumas bactérias de origem ambiental, detectadas em água da torneira, podem apresentar níveis preocupantes de resistência a antibióticos frequentemente utilizados em situações clínicas.
Relativamente ao projecto de tratamento de águas residuais domésticas e disseminação de resistência a antibióticos, a ESB avaliou qual o papel das ETAR’s enquanto reservatórios ambientais propícios ao aparecimento de bactérias resistentes a antibióticos. Embora o tratamento dos esgotos seja satisfatório – e conduza à remoção de cerca de 99 por cento das bactérias presentes nos efluentes –, a libertação de resistentes a antibióticos para cursos de água naturais continua a ser uma realidade e deveria ser minimizada.
Neste caso, a inclusão de uma etapa de tratamento terciário, embora não elimine totalmente as bactérias resistentes a antibióticos, permitiria reduzir a carga bacteriana total. Apesar dos cuidados tomados, é importante salientar que os esgotos tratados são, muitas vezes, libertados para pequenos cursos de água naturais, o que contribuiu para a dispersão deste tipo de bactérias no ambiente. Neste caso, o uso destas águas para rega de produtos alimentares pode transportar tais bactérias para a cadeia alimentar humana.
Fonte ciência hoje 08-08-2011
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