Livro desvenda alimentação beneditina
Alimentar o corpo e salvar a alma - é o título do livro que Anabela Ramos vai lançar ainda este ano. Nesta obra, a técnica superior do Mosteiro de São Martinho de Tibães partilha alguma da investigação que tem levado a cabo nos últimos anos sobre a alimentação praticada pelos beneditinos.

Na sequência dessa investigação que tem vindo a desenvolver —com autorização da Direcção Regional de Cultura do Norte, que tutela o Mosteiro—, Anabela Ramos promoveu já algumas sessões sobre a alimentação beneditina.

No livro que se prepara para lançar, a investigadora tenta retratar a alimentação que os monges praticavam no Mosteiro de Tibães e nos mosteiros beneditinos de modo geral, pois todos seguiam as mesmas regras.

Anabela Ramos integra a organização do congresso internacional ‘O tempo dos alimentos e os alimentos no tempo: olhares sobre a alimentação através da história’, em colaboração com o Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória (CITCEM) da Universidade do Minho.

A técnica superior do Mosteiro é um dos 18 especialistas e moderadores que vão intervir no congresso que começou ontem e se prolonga até ao final do dia de hoje. ‘A alimentação dos criados no Mosteiro de Tibães (século XVII e XVIII)’ é o tema que Anabela Ramos vai desenvolver na intervenção p revista para as 11,50 horas de hoje. Um dos principais objectivos deste congresso é precisamente mostrar e incentivar a investigação que se faz na área da alimentação através dos tempos.

“É uma temática que se vem impondo na historiografia portuguesa e que tem ganho cada vez mais debate. Com este encontro pretendemos que se alargue a investigação e que surjam mais investigadores interessados na matéria”, explicou Marta Lobo, do CITCEM.

Neste congresso participam também alguns alunos da Universidade do Minho, uma participação não inocente, como admite Marta Lobo: “Trazemos os nossos alunos para que eles possam ganhar gosto por estas temáticas, quer em termos de mestrado quer de doutoramento”.

Na sessão de abertura do congresso, ontem de manhã, ficou bem patente a vontade que existe entre a universidade e o Mosteiro em estreitar laços.

Anabela Ramos salientou que no Mosteiro não quer desistir da ideia “de se transformar num laboratório científico de uma universidade”. Da parte da Universidade do Minho também ficou patente a vontade de estreitar laços com o Mosteiro.

Francisco Mendes, coordenador do CITCEM, desafiou os alunos a frequentar os espaços do Mosteiro para estudo, reflexão e até em lazer: “Que seja o primeiro passo para trazer a universidade para o Mosteiro”.

Fonte correio do minho 14-10-2011

 

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