Há obras que ficam, e não são apenas as que são feitas de pedra ou de betão. Podem ser menos visíveis ou até imateriais, como a fusão numa única autoridade de várias inspecções que tinham em comum o ocuparem-se de questões relacionadas com a segurança alimentar. Foi designada por ASAE e nasceu em 2007.
No início houve quem a contestasse, em parte por causa de alguns exageros de forma e de substância nas suas primeiras acções, eventualmente motivados pela necessidade de mostrar ao público que existia. Mas não foi só esse excesso que justificou a opinião anti-ASAE.
Na sua base, esteve também o habitual conservadorismo que acha que tudo o que é tradicional, tudo o que se produz ou se vende em pequenos formatos mais ou menos artesanais, deve permanecer imutável: na apresentação, nas condições de conservação, na higiene ou na qualidade do atendimento. Falso, trata-se de actividades económicas. Seja qual for o seu formato, elas necessitam de se modernizar, de se adaptar às expectativas dos consumidores e de cumprir regras que protegem valores como a segurança alimentar.
Passada, contudo, essa fase inicial, a ASAE foi moderando alguns excessos e investindo na menos mediática, mas não menos importante, prevenção e divulgação de orientações e boas práticas junto de quem tem de as aplicar, uma acção desenvolvida em colaboração com as próprias associações empresariais.
Os efeitos desse trabalho na alteração de alguns comportamentos menos recomendáveis são hoje visíveis. De tal modo que já nos admiramos quando em Bruxelas, numa padaria mesmo à beira da sede da Comissão Europeia, constatamos que o empregado pega no pão com a mão (sem luva, claro), a mesma com que a seguir recebe o dinheiro e com que cumprimenta, pelo meio, um amigo acabado de chegar da rua.
Uma cena que aliás se repete com a carne na charcutaria mais à frente. Tudo isto que nos choca hoje, que nos parece muito pouco higiénico, inesperado, de outro tempo até, era afinal a regra em Portugal há menos de cinco anos . E se hoje assim já não acontece, com vantagens óbvias para a saúde pública, isso deve-se em grande parte a uma reforma que eliminou redundâncias e permitiu concentrar esforços numa única Autoridade de Segurança Alimentar e Económica. Por ora, ela tem dado conta do recado.
Fonte asbeiras 06-11-2011
Na sua base, esteve também o habitual conservadorismo que acha que tudo o que é tradicional, tudo o que se produz ou se vende em pequenos formatos mais ou menos artesanais, deve permanecer imutável: na apresentação, nas condições de conservação, na higiene ou na qualidade do atendimento. Falso, trata-se de actividades económicas. Seja qual for o seu formato, elas necessitam de se modernizar, de se adaptar às expectativas dos consumidores e de cumprir regras que protegem valores como a segurança alimentar.
Passada, contudo, essa fase inicial, a ASAE foi moderando alguns excessos e investindo na menos mediática, mas não menos importante, prevenção e divulgação de orientações e boas práticas junto de quem tem de as aplicar, uma acção desenvolvida em colaboração com as próprias associações empresariais.
Os efeitos desse trabalho na alteração de alguns comportamentos menos recomendáveis são hoje visíveis. De tal modo que já nos admiramos quando em Bruxelas, numa padaria mesmo à beira da sede da Comissão Europeia, constatamos que o empregado pega no pão com a mão (sem luva, claro), a mesma com que a seguir recebe o dinheiro e com que cumprimenta, pelo meio, um amigo acabado de chegar da rua.
Uma cena que aliás se repete com a carne na charcutaria mais à frente. Tudo isto que nos choca hoje, que nos parece muito pouco higiénico, inesperado, de outro tempo até, era afinal a regra em Portugal há menos de cinco anos . E se hoje assim já não acontece, com vantagens óbvias para a saúde pública, isso deve-se em grande parte a uma reforma que eliminou redundâncias e permitiu concentrar esforços numa única Autoridade de Segurança Alimentar e Económica. Por ora, ela tem dado conta do recado.
Fonte asbeiras 06-11-2011
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