Publicado na revista Science deste mês, um estudo está fomentando o debate sobre a mudança de paradigma na questão que divide a agricultura de mercado e a agricultura sustentável para o combate a insegurança alimentar no planeta. Segundo o artigo “Como ficará a agricultura após Durban?”, até agora, a agricultura tem sido voltada para atender necessidades de mercado, com alta produtividade e baixos custos, mas com forte impacto ao meio ambiente.
Já a agricultura sustentável proporciona maior segurança alimentar, pois não deixa de cumprir o papel econômico e ainda garante alimento de qualidade e representar baixo impacto ambiental.
Entretanto, para fomentar a atividade é necessário o aumento de pesquisas integradas sobre as práticas agrícolas sustentáveis mais adequadas a cada região, inclusive, nos países de baixo nível de renda.
Assim como os cientistas, também se preocupa com a mudança deste paradigma entre agricultura sustentável e a de mercado a Organização das Nações Unidas (ONU), que reconheceu o papel fundamental da agricultura familiar no alcance da segurança alimentar.
Segundo a organização, o ano de 2014 será o ano da agricultura familiar em todo o planeta. A decisão, comemorada por agricultores familiares, inclusive capixabas, foi classificada como o reconhecimento da militância e da resistência camponesa e resultado de uma luta de mais de 350 organizações de 60 países desde 2008.
Para os camponeses, a medida fortalecerá as lutas travadas em favor da agroecologia; da produção das sementes crioulas; feiras livres; linhas de crédito; mercados populares, entre outras atividades que resgatem e fortaleçam a identidade camponesa, assim como sua inclusão produtiva em todo o mundo.
Ao todo, a agricultura familiar foi eleita tema do ano pelos 193 países membros da ONU preocupados com o crescimento populacional, a alta dos preços dos alimentos e o problema da fome em vários países.
Do ponto de vista político, a decisão é ainda mais importante, já que o reconhecimento da agricultura familiar como instrumento de erradicação da fome levará a categoria a se manter no campo e fortalecer o sistema de agricultura familiar responsável pela produção de 70% dos alimentos consumidos pela população brasileira.
Segundo os agricultores, a medida deverá fortalecer um setor que é frágil, porém, fundamental para o aumento da disponibilidade de comida na mesa dos brasileiros reduzindo a insegurança alimentar e a dependência em relação a alimentos importados, fomentando a economia nacional.
De acordo com dados de 2007 do Banco Mundial, “atualmente há três milhões de pessoas que vivem em zonas rurais, cuja maioria se dedica à agricultura ou à pecuária familiar e tem essa produção como principal meio de subsistência, porém têm acesso limitado à terra e a outros recursos financeiros e tecnológicos necessários para fazer da agricultura familiar uma empresa viável”.
Segundo o Censo Agropecuário de 2006 – o mais recente feito no Brasil -, são fornecidos pela agricultura familiar os principais alimentos consumidos pela população brasileira: 87% da produção nacional de mandioca, 70% da produção de feijão, 46% do milho, 38,0% do café, 34% do arroz, 58% do leite, possuíam 59% do plantel de suínos, 50% do plantel de aves, 30% dos bovinos, e produziam 21% do trigo.
A agricultura familiar é tida pelos camponeses como uma prática sustentável por ser uma atividade integrada com o meio ambiente, por não utilizar venenos e por funcionar através de uma estrutura familiar, gerando sustentabilidade a família e as comunidades em que estão inseridas.
Fonte Século Diário 23-01-2012
Entretanto, para fomentar a atividade é necessário o aumento de pesquisas integradas sobre as práticas agrícolas sustentáveis mais adequadas a cada região, inclusive, nos países de baixo nível de renda.
Assim como os cientistas, também se preocupa com a mudança deste paradigma entre agricultura sustentável e a de mercado a Organização das Nações Unidas (ONU), que reconheceu o papel fundamental da agricultura familiar no alcance da segurança alimentar.
Segundo a organização, o ano de 2014 será o ano da agricultura familiar em todo o planeta. A decisão, comemorada por agricultores familiares, inclusive capixabas, foi classificada como o reconhecimento da militância e da resistência camponesa e resultado de uma luta de mais de 350 organizações de 60 países desde 2008.
Para os camponeses, a medida fortalecerá as lutas travadas em favor da agroecologia; da produção das sementes crioulas; feiras livres; linhas de crédito; mercados populares, entre outras atividades que resgatem e fortaleçam a identidade camponesa, assim como sua inclusão produtiva em todo o mundo.
Ao todo, a agricultura familiar foi eleita tema do ano pelos 193 países membros da ONU preocupados com o crescimento populacional, a alta dos preços dos alimentos e o problema da fome em vários países.
Do ponto de vista político, a decisão é ainda mais importante, já que o reconhecimento da agricultura familiar como instrumento de erradicação da fome levará a categoria a se manter no campo e fortalecer o sistema de agricultura familiar responsável pela produção de 70% dos alimentos consumidos pela população brasileira.
Segundo os agricultores, a medida deverá fortalecer um setor que é frágil, porém, fundamental para o aumento da disponibilidade de comida na mesa dos brasileiros reduzindo a insegurança alimentar e a dependência em relação a alimentos importados, fomentando a economia nacional.
De acordo com dados de 2007 do Banco Mundial, “atualmente há três milhões de pessoas que vivem em zonas rurais, cuja maioria se dedica à agricultura ou à pecuária familiar e tem essa produção como principal meio de subsistência, porém têm acesso limitado à terra e a outros recursos financeiros e tecnológicos necessários para fazer da agricultura familiar uma empresa viável”.
Segundo o Censo Agropecuário de 2006 – o mais recente feito no Brasil -, são fornecidos pela agricultura familiar os principais alimentos consumidos pela população brasileira: 87% da produção nacional de mandioca, 70% da produção de feijão, 46% do milho, 38,0% do café, 34% do arroz, 58% do leite, possuíam 59% do plantel de suínos, 50% do plantel de aves, 30% dos bovinos, e produziam 21% do trigo.
A agricultura familiar é tida pelos camponeses como uma prática sustentável por ser uma atividade integrada com o meio ambiente, por não utilizar venenos e por funcionar através de uma estrutura familiar, gerando sustentabilidade a família e as comunidades em que estão inseridas.
Fonte Século Diário 23-01-2012
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