O Presidente francês prometeu que se empenharia em tentar mudar a legislação europeia, para que passasse a ser obrigatório mencionar a origem da carne usada nos pratos pré-cozinhados.
“Comprometo-me a fazer tudo para que, no plano europeu, nos dirijamos para a rotulagem obrigatória dos pratos cozinhados”, disse o Presidente francês, de visita ao Salão da Agricultura, em Paris. “Mas isto pode durar vários meses — é preciso convencer os nossos parceiros europeus. Os distribuidores e os produtores franceses entenderam-se já para avançar no sentido desta possibilidade de traçar o percurso da carne”, adiantou, citado pela AFP.
Mas este promete ser um processo negocial complicado, que deverá iniciar-se no próximo conselho europeu dos ministros da Agricultura, na terça-feira.
"Hoje pode saber de que país veio o bife no seu prato, mas não se a carne na sua lasanha congelada é polaca ou portuguesa. Mas não será fácil mudar as regras da UE"
Actualmente, é possível conhecer a origem do bife que se tem no prato, mas não de onde vem a carne que compõe o hambúrguer (embora o produto que compra no supermercado deva indicar quais as espécies animais que entraram na sua composição). Mas se comprar uma lasanha congelada, o rótulo da embalagem não lhe dirá se tem 50% de carne da Roménia, 20% de carne portuguesa e 30% de carne polaca, por exemplo. As regras foram feitas assim para facilitar a livre circulação de produtos no mercado único europeu — tornar o terreno plano para facilitar a concorrência. Os interesses das empresas prevaleceram sobre os dos consumidores.
Essa forma de pensar terá agora chegado a um momento de crise, com o alastrar da polémica da carne de cavalo — que a Comissão Europeia está a tratar não como um problema de saúde pública, mas uma fraude de rotulagem, porque há empresas que estão a ganhar dinheiro vendendo cavalo como se fosse vaca. Além do mais, a fraude está a revelar os meandros do negócio da carne, de uma forma que semeia a desconfiança sobre o que nos chega ao prato.
Ainda este sábado foi descoberta pela primeira vez carne de cavalo em produtos transformados em Itália — na região de Bolonha, em lasanhas produzidas pela empresa Primia. Seis toneladas de carne picada e 2400 embaladas identificadas como lasanhas à bolonhesa foram retiradas do mercado.
Fonte DN 23-02-2012
Mas este promete ser um processo negocial complicado, que deverá iniciar-se no próximo conselho europeu dos ministros da Agricultura, na terça-feira.
"Hoje pode saber de que país veio o bife no seu prato, mas não se a carne na sua lasanha congelada é polaca ou portuguesa. Mas não será fácil mudar as regras da UE"
Actualmente, é possível conhecer a origem do bife que se tem no prato, mas não de onde vem a carne que compõe o hambúrguer (embora o produto que compra no supermercado deva indicar quais as espécies animais que entraram na sua composição). Mas se comprar uma lasanha congelada, o rótulo da embalagem não lhe dirá se tem 50% de carne da Roménia, 20% de carne portuguesa e 30% de carne polaca, por exemplo. As regras foram feitas assim para facilitar a livre circulação de produtos no mercado único europeu — tornar o terreno plano para facilitar a concorrência. Os interesses das empresas prevaleceram sobre os dos consumidores.
Essa forma de pensar terá agora chegado a um momento de crise, com o alastrar da polémica da carne de cavalo — que a Comissão Europeia está a tratar não como um problema de saúde pública, mas uma fraude de rotulagem, porque há empresas que estão a ganhar dinheiro vendendo cavalo como se fosse vaca. Além do mais, a fraude está a revelar os meandros do negócio da carne, de uma forma que semeia a desconfiança sobre o que nos chega ao prato.
Ainda este sábado foi descoberta pela primeira vez carne de cavalo em produtos transformados em Itália — na região de Bolonha, em lasanhas produzidas pela empresa Primia. Seis toneladas de carne picada e 2400 embaladas identificadas como lasanhas à bolonhesa foram retiradas do mercado.
Fonte DN 23-02-2012
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