O Noma, restaurante dinamarquês aclamado como melhor do mundo, é culpado de diversos casos de intoxicação alimentar. A autoridade de segurança alimentar dinamarquesa confirmou, num relatório tornado público nesta sexta-feira, 63 casos de intoxicação alimentar, ocorridos entre 12 e 16 de Fevereiro. Peter Kreiner, o dono do restaurante, já lamentou publicamente o sucedido.
São 63 as pessoas com sintomas de intoxicação alimentar (vómitos e diarreia) entre os 78 clientes que, durante este período, comeram no Noma. Os números são do relatório da inspecção feita, a 20 de Fevereiro, pela autoridade de segurança alimentar dinamarquesa, após as denúncias. A origem da infecção não foi ainda confirmada e não existe informação acerca da gravidade dos casos.
Noma, o restaurante com duas estrelas Michelin, foi também consagrado, durante três anos consecutivos, o melhor restaurante do mundo pela Restaurants, revista de referência no círculo da imprensa gastronómica. René Redzepi, chefe de cozinha do restaurante, é conhecido por colher, na zona costeira dinamarquesa, alguns dos ingredientes que usa nos seus pratos. Da ementa fazem também parte ingredientes exóticos como formigas e gafanhotos.
De acordo com a autoridade alimentar dinamarquesa, o surto tratar-se-á de um norovírus (vírus transmitido pela ingestão de alimentos crus preparados por mãos infectadas). O relatório da inspecção alega a existência de cuidados de higiene deficientes e falta de água quente num dos lavatórios da cozinha como causas prováveis da difusão do vírus.
Suspeita-se que a origem da infecção possa ter sido um dos empregados de cozinha que, não estando ciente de estar infectado, contaminou a comida, durante a preparação.
A autoridade de segurança alimentar recriminou o restaurante por não estar atento às reclamações dos clientes, enviadas por email, e de um dos seus empregados de cozinha. Em causa está o um email enviado pelo funcionário que, depois de adoecer, comunicou aos empregadores a sua situação. A direcção do restaurante evocou um problema de comunicação de interna, sendo que estes email não foram lidos a tempo de possibilitar uma desinfecção do estabelecimento, evitando assim alguns dos casos ocorridos.
Os inspectores de segurança alimentar criticaram o restaurante por não ter alertado as autoridades imediatamente e por não tomar as devidas acções depois de o empregado ter adoecido. O restaurante reconheceu no relatório que os processos desencadeados não foram suficientemente eficazes para conter a infecção.
Depois do incidente, as autoridades dinamarquesas diminuíram o rating de segurança alimentar do restaurante.
O restaurante dinamarquês já emitiu publicamente um pedido de desculpas aos 63 clientes que adoeceram depois de comerem no estabelecimento.
“Lamentamos profundamente o sucedido e já falei pessoalmente com todos os clientes que foram afectados e discutimos uma compensação”, disse à Reuters Peter Kreiner, o dono do restaurante, acrescentando não há qualquer risco de o restaurante fechar.
Esta não é a primeira vez que um restaurante de renome encara este tipo de problemas. Já em 2009, o restaurante londrino Fat Duck, o anteriormente aclamado melhor restaurante do mundo pela mesma publicação, foi culpado pelo ficou conhecido como o maior surto de norovírus causado por um restaurante. Foram contados 240 casos de gastroenterites motivados pela ingestão de ostras contaminadas pelos funcionários que, infectados com a virose, as preparam.
No Noma, o menu de degustação, sem bebidas incluídas, custa cerca de 1500 coroas dinamarquesas, o equivalente a 200 euros.
Fonte Publico 08-03-2013
Noma, o restaurante com duas estrelas Michelin, foi também consagrado, durante três anos consecutivos, o melhor restaurante do mundo pela Restaurants, revista de referência no círculo da imprensa gastronómica. René Redzepi, chefe de cozinha do restaurante, é conhecido por colher, na zona costeira dinamarquesa, alguns dos ingredientes que usa nos seus pratos. Da ementa fazem também parte ingredientes exóticos como formigas e gafanhotos.
De acordo com a autoridade alimentar dinamarquesa, o surto tratar-se-á de um norovírus (vírus transmitido pela ingestão de alimentos crus preparados por mãos infectadas). O relatório da inspecção alega a existência de cuidados de higiene deficientes e falta de água quente num dos lavatórios da cozinha como causas prováveis da difusão do vírus.
Suspeita-se que a origem da infecção possa ter sido um dos empregados de cozinha que, não estando ciente de estar infectado, contaminou a comida, durante a preparação.
A autoridade de segurança alimentar recriminou o restaurante por não estar atento às reclamações dos clientes, enviadas por email, e de um dos seus empregados de cozinha. Em causa está o um email enviado pelo funcionário que, depois de adoecer, comunicou aos empregadores a sua situação. A direcção do restaurante evocou um problema de comunicação de interna, sendo que estes email não foram lidos a tempo de possibilitar uma desinfecção do estabelecimento, evitando assim alguns dos casos ocorridos.
Os inspectores de segurança alimentar criticaram o restaurante por não ter alertado as autoridades imediatamente e por não tomar as devidas acções depois de o empregado ter adoecido. O restaurante reconheceu no relatório que os processos desencadeados não foram suficientemente eficazes para conter a infecção.
Depois do incidente, as autoridades dinamarquesas diminuíram o rating de segurança alimentar do restaurante.
O restaurante dinamarquês já emitiu publicamente um pedido de desculpas aos 63 clientes que adoeceram depois de comerem no estabelecimento.
“Lamentamos profundamente o sucedido e já falei pessoalmente com todos os clientes que foram afectados e discutimos uma compensação”, disse à Reuters Peter Kreiner, o dono do restaurante, acrescentando não há qualquer risco de o restaurante fechar.
Esta não é a primeira vez que um restaurante de renome encara este tipo de problemas. Já em 2009, o restaurante londrino Fat Duck, o anteriormente aclamado melhor restaurante do mundo pela mesma publicação, foi culpado pelo ficou conhecido como o maior surto de norovírus causado por um restaurante. Foram contados 240 casos de gastroenterites motivados pela ingestão de ostras contaminadas pelos funcionários que, infectados com a virose, as preparam.
No Noma, o menu de degustação, sem bebidas incluídas, custa cerca de 1500 coroas dinamarquesas, o equivalente a 200 euros.
Fonte Publico 08-03-2013
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