Dois produtores de trigo do Pacífico Noroeste e um grupo de segurança alimentar entraram com uma ação judicial contra a Monsanto, após uma variedade transgénica não autorizada ter sido encontrada em um plantação localizada no Oregon.
O Centro para Segurança Alimentar, grupo com sede em Washington que anunciou o processo, disse que a descoberta colocou a cadeia de abastecimento de alimentos e o mercado de exportação em risco. A ação judicial sucede um processo similar movido por um agricultor de Kansas e comunicado no início desta semana.
Em 29 de maio, o Departamento de Agricultura dos EUA (Usda) informou que estava investigando o caso. A Monsanto testou a tecnologia, que garante resistência ao herbicida glifosato, por vários anos, mas suspendeu a pesquisa em 2005 em meio a preocupações da indústria norte-americana de que as sementes prejudicariam os negócios de exportação. O trigo geneticamente modificado nunca foi comercializado.
Japão e Coreia do Sul já restringiram as importações de trigo dos EUA, enquanto aguardam a conclusão das investigações. A Monsanto é uma das maiores empresas no segmento de transgénicos e enfrenta uma intensa oposição em várias partes do mundo. "A Monsanto colocou o nosso mercado de trigo em grave risco", afirma Andrew Kimbrell, diretor executivo do Centro para Segurança Alimentar, em comunicado. "Eles devem ser responsabilizados." Uma porta-voz do grupo revelou que até agora o processo conta com apenas dois produtores, mas a expectativa é de que agregue mais pessoas.
Prejuízos
Mover uma ação judicial agora é prematuro, disse em nota Kyle McClain, que representa a companhia norte-americana. Tanto a Monsanto como o secretário do Usda, Tom Vilsack, disseram que a descoberta parece ser um caso isolado. Mas o episódio ameaça derrubar o mercado de trigo, embora a reação dos preços na Bolsa de Chicago (CBOT) até gora tenha sido amena.
Ainda assim, os prejuízos podem ser extremamente altos para a Monsanto. Em 2011, a Bayer firmou um acordo de US$ 750 milhões com produtores de arroz dos EUA que a processaram depois que duas das variedades geneticamente modificadas da empresa alemã contaminaram suas safras. A contaminação, ocorrida em 2001, provocou um tombo nas cotações do cereal e comprometeu as exportações por vários anos, observaram autoridades da indústria, lembrando que o mercado norte-americano de arroz equivale a apenas uma fração do mercado de trigo.
E outras ações judiciais são possíveis, se a situação não for resolvida. Adam Levitt, advogado de Chicago que atuou na defesa da Bayer, afirmou que sua firma foi contatada por "dúzias de produtores" e que continua investigando. "Nós achamos que o outro sapato ainda vai aparecer", disse ele. Se isso ocorrer, acrescentou, caberá um processo judicial também.
Fonte globorural 07-06-2013
Em 29 de maio, o Departamento de Agricultura dos EUA (Usda) informou que estava investigando o caso. A Monsanto testou a tecnologia, que garante resistência ao herbicida glifosato, por vários anos, mas suspendeu a pesquisa em 2005 em meio a preocupações da indústria norte-americana de que as sementes prejudicariam os negócios de exportação. O trigo geneticamente modificado nunca foi comercializado.
Japão e Coreia do Sul já restringiram as importações de trigo dos EUA, enquanto aguardam a conclusão das investigações. A Monsanto é uma das maiores empresas no segmento de transgénicos e enfrenta uma intensa oposição em várias partes do mundo. "A Monsanto colocou o nosso mercado de trigo em grave risco", afirma Andrew Kimbrell, diretor executivo do Centro para Segurança Alimentar, em comunicado. "Eles devem ser responsabilizados." Uma porta-voz do grupo revelou que até agora o processo conta com apenas dois produtores, mas a expectativa é de que agregue mais pessoas.
Prejuízos
Mover uma ação judicial agora é prematuro, disse em nota Kyle McClain, que representa a companhia norte-americana. Tanto a Monsanto como o secretário do Usda, Tom Vilsack, disseram que a descoberta parece ser um caso isolado. Mas o episódio ameaça derrubar o mercado de trigo, embora a reação dos preços na Bolsa de Chicago (CBOT) até gora tenha sido amena.
Ainda assim, os prejuízos podem ser extremamente altos para a Monsanto. Em 2011, a Bayer firmou um acordo de US$ 750 milhões com produtores de arroz dos EUA que a processaram depois que duas das variedades geneticamente modificadas da empresa alemã contaminaram suas safras. A contaminação, ocorrida em 2001, provocou um tombo nas cotações do cereal e comprometeu as exportações por vários anos, observaram autoridades da indústria, lembrando que o mercado norte-americano de arroz equivale a apenas uma fração do mercado de trigo.
E outras ações judiciais são possíveis, se a situação não for resolvida. Adam Levitt, advogado de Chicago que atuou na defesa da Bayer, afirmou que sua firma foi contatada por "dúzias de produtores" e que continua investigando. "Nós achamos que o outro sapato ainda vai aparecer", disse ele. Se isso ocorrer, acrescentou, caberá um processo judicial também.
Fonte globorural 07-06-2013
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