A prática de lavar frango cru aumenta o risco de intoxicação alimentar, alerta a Food Standards Agency (FSA), agência de segurança alimentar britânica.
O processo de lavagem espalha bactérias Campylobacter nas mãos, roupas e em utensílios e superfícies de cozinha, devido ao espirro de gotas de água.
O processo de lavagem espalha bactérias Campylobacter nas mãos, roupas e em utensílios e superfícies de cozinha, devido ao espirro de gotas de água.
Na verdade, não há necessidade de lavar o frango, pois a bactéria morre quando este é bem cozinhado ou assado.
Conhecida como bactéria retorcida, a Campylobacter é a forma mais comum de intoxicação alimentar na Grã-Bretanha, e a maioria dos casos é proveniente de aves contaminadas.
Os sintomas incluem diarreia, dores de estômago, cólicas, febre e mal-estar geral. A maioria das pessoas só fica doente por alguns dias, mas a doença pode levar a problemas de saúde a longo prazo, como a síndrome do intestino irritável e a síndrome de Guillain-Barre, uma doença grave do sistema nervoso.
A Campylobacter também pode matar - os que correm maior risco são crianças menores de cinco anos ou idosos.
A britânica Ann Edwards disse à BBC que ficou completamente paralisada ao contrair a bactéria há 17 anos, quando tinha quase 50 anos, e desde então não trabalha mais.
«Primeiro notei que havia algo errado quando eu tive uma diarreia muito grave que durou pouco mais de uma semana. Fui levada para o hospital e a partir daí fiquei totalmente paralisada. O meu sistema imunológico teve uma reacção exagerada [à bactéria], o que afectou os meus nervos», contou. Edwards recuperou apenas parcialmente. Ela ainda sofre de alguma paralisia nos pés e tem baixa imunidade.
«Eu trabalhava numa empresa de seguros, era muito activa e em boa forma. Isso ocorreu duas semanas antes de eu fazer 50 anos. Não trabalho desde então. Mudou completamente a minha vida», lamenta ela. Uma pesquisa online com 4.500 adultos realizada na Grã-Bretanha pela FSA descobriu que 44% dos entrevistados lavam o frango antes de cozinhar.
A Campylobacter afecta cerca de 280 mil pessoas na Grã-Bretanha a cada ano, mas apenas 28% dos entrevistados na pesquisa da FSA tinham ouvido falar dele e, desse grupo, só um terço sabia que aves são a principal fonte das bactérias.
Os entrevistados disseram que lavam o frango para remover a sujidade ou germes ou, simplesmente, porque sempre fizeram isso.
«Embora as pessoas costumem seguir as práticas recomendadas para o manuseio de aves, como lavar as mãos depois de tocar em carne de frango crua e ter certeza de que ela está bem cozida, a nossa pesquisa descobriu que lavar frango cru também é prática comum», disse a presidente-executiva da FSA, Catherine Brown.
Segundo Brown, infecções por Campylobacter custam à economia centenas de milhões de libras por ano por causa de pessoas que faltam ao trabalho por estar doente e dos gastos do NHS [o sistema público de saúde britânico].
Brown disse que a FSA também está a trabalhar com agricultores, matadouros e processadores para tentar reduzir a presença de Campylobacter nas aves.
Science World Report 17-06-2014
Conhecida como bactéria retorcida, a Campylobacter é a forma mais comum de intoxicação alimentar na Grã-Bretanha, e a maioria dos casos é proveniente de aves contaminadas.
Os sintomas incluem diarreia, dores de estômago, cólicas, febre e mal-estar geral. A maioria das pessoas só fica doente por alguns dias, mas a doença pode levar a problemas de saúde a longo prazo, como a síndrome do intestino irritável e a síndrome de Guillain-Barre, uma doença grave do sistema nervoso.
A Campylobacter também pode matar - os que correm maior risco são crianças menores de cinco anos ou idosos.
A britânica Ann Edwards disse à BBC que ficou completamente paralisada ao contrair a bactéria há 17 anos, quando tinha quase 50 anos, e desde então não trabalha mais.
«Primeiro notei que havia algo errado quando eu tive uma diarreia muito grave que durou pouco mais de uma semana. Fui levada para o hospital e a partir daí fiquei totalmente paralisada. O meu sistema imunológico teve uma reacção exagerada [à bactéria], o que afectou os meus nervos», contou. Edwards recuperou apenas parcialmente. Ela ainda sofre de alguma paralisia nos pés e tem baixa imunidade.
«Eu trabalhava numa empresa de seguros, era muito activa e em boa forma. Isso ocorreu duas semanas antes de eu fazer 50 anos. Não trabalho desde então. Mudou completamente a minha vida», lamenta ela. Uma pesquisa online com 4.500 adultos realizada na Grã-Bretanha pela FSA descobriu que 44% dos entrevistados lavam o frango antes de cozinhar.
A Campylobacter afecta cerca de 280 mil pessoas na Grã-Bretanha a cada ano, mas apenas 28% dos entrevistados na pesquisa da FSA tinham ouvido falar dele e, desse grupo, só um terço sabia que aves são a principal fonte das bactérias.
Os entrevistados disseram que lavam o frango para remover a sujidade ou germes ou, simplesmente, porque sempre fizeram isso.
«Embora as pessoas costumem seguir as práticas recomendadas para o manuseio de aves, como lavar as mãos depois de tocar em carne de frango crua e ter certeza de que ela está bem cozida, a nossa pesquisa descobriu que lavar frango cru também é prática comum», disse a presidente-executiva da FSA, Catherine Brown.
Segundo Brown, infecções por Campylobacter custam à economia centenas de milhões de libras por ano por causa de pessoas que faltam ao trabalho por estar doente e dos gastos do NHS [o sistema público de saúde britânico].
Brown disse que a FSA também está a trabalhar com agricultores, matadouros e processadores para tentar reduzir a presença de Campylobacter nas aves.
Science World Report 17-06-2014
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