tráfico de meixão para a China
No último ano podem ter sido traficadas para a China, a partir de Portugal, várias toneladas de meixão vivo. O meixão é a última fase larvar da Enguia-europeia, espécie em perigo crítico, cuja exportação para fora da União Europeia é proibida.

Transportar peixe vivo, dentro de sacos de plástico cheios de água, em vulgares malas de viagem, sem dar nas vistas, é o que tentam fazer os "correios" contratados para fazer chegar meixão à China.

Em outubro de 2017, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) começou a investigar o tráfico de meixão.

Entre novembro do ano passado e março deste ano, só nos nos aeroportos de Lisboa e Porto, em colaboração com a Autoridade Tributária e Aduaneira, a ASAE apreendeu cerca de 400 quilos de meixão vivo colocado em malas e fez 26 detenções de cidadãos de origem asiática.

Na Ásia, o meixão pode valer 10 mil euros por quilo. Mas a história do contrabando desta espécie protegida começa a montante, em rios e lagoas costeiras portuguesas, onde o meixão aflui transportado pelas correntes oceânicas, e onde a pesca é ilegal.

Uma equipa da SIC acompanhou a nova rota do meixão desde o meio natural, até à tentativa de exportação ilegal por via aérea, e conta a história de um tráfico que tem vindo a crescer e que está na mira das autoridades nacionais e europeias, tratando-se de uma espécie em perigo crítico, e protegida ao abrigo da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e da Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção (CITES).


Fonte: Sic 09-04-2018

 

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