Considerado pela crítica europeia como uma das 100 mais importantes curtas-metragens do século. Divertido, irónico e ácido, Ilha das Flores trata de uma forma simples e didáctica a maneira como funciona o ciclo de consumo dos bens numa sociedade desigual. Mostra toda a trajectória de um tomate, saindo do supermercado até chegar ao lixo.
Apesar de apresentar o slogan “Deus não existe”, o filme recebeu da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil o prémio de melhor filme brasileiro em 1990. Ganhou também um “urso de prata” em Berlim e também foi premiado e Hamburgo e Nova Iorque.
Encontro marcado com a miséria
A miséria é o tópico central do premiadíssimo trabalho do diretor Jorge Furtado. A utilização de um título que contradiz a trama desenvolvida ao longo dos 13 minutos de duração da curta-metragem foi uma das óptimas ideias apresentadas neste trabalho. Mas não é a única.
A exposição didática das ideias, de forma encadeada, amarrada as informações, na medida em que elas aparecem na narração sólida e segura do actor Paulo José, constituem o eixo em torno do qual acabam gravitando os espectadores.
O ritmo alucinado utilizado para que fiquemos sabendo sobre os tomates do Sr. Suzuki, o perfume de dona Anete, o surgimento do dinheiro e as peculiaridades dos seres humanos (o polegar opositor e o tele-encéfalo altamente desenvolvido), nos dá pouco tempo para refletir sobre toda a informação e exige que acabemos assistindo ao vídeo duas ou até mesmo, três vezes.
Outra característica marcante da curta-metragem Ilha das Flores é a profusão de imagens. É como se tudo fosse uma verdadeira colagem feita pelo diretor e pelos editores do filme. As imagens sucedem-se na medida da necessidade de explicação de um conceito apresentado no texto. Chega a ser um tanto quanto enlouquecedor e, nesse aspecto, reside um dos fatores que torna o filme imperdível.
O mais importante, porém é que "Ilha das Flores" coloca em pauta a discussão acerca da pobreza, da fome e da exclusão social. Levando-se em conta que foi produzido em 1989, dá para perceber que as coisas não mudaram muito entre o Brasil daquela época e o de hoje...
FICHA TÉCNICA
Título: Ilha das Flores
País/Ano de produção: Brasil, 1989
Duração/Género: 13 min., documentário
Direcção: Jorge Furtado
Roteiro: Jorge Furtado
Elenco: Ciça Reckziegel, Gozei Kitajima, Takehijo Suzuki.
Narração: Paulo José.
http://www.imdb.com/title/tt0097564/
Encontro marcado com a miséria
A miséria é o tópico central do premiadíssimo trabalho do diretor Jorge Furtado. A utilização de um título que contradiz a trama desenvolvida ao longo dos 13 minutos de duração da curta-metragem foi uma das óptimas ideias apresentadas neste trabalho. Mas não é a única.
A exposição didática das ideias, de forma encadeada, amarrada as informações, na medida em que elas aparecem na narração sólida e segura do actor Paulo José, constituem o eixo em torno do qual acabam gravitando os espectadores.
O ritmo alucinado utilizado para que fiquemos sabendo sobre os tomates do Sr. Suzuki, o perfume de dona Anete, o surgimento do dinheiro e as peculiaridades dos seres humanos (o polegar opositor e o tele-encéfalo altamente desenvolvido), nos dá pouco tempo para refletir sobre toda a informação e exige que acabemos assistindo ao vídeo duas ou até mesmo, três vezes.
Outra característica marcante da curta-metragem Ilha das Flores é a profusão de imagens. É como se tudo fosse uma verdadeira colagem feita pelo diretor e pelos editores do filme. As imagens sucedem-se na medida da necessidade de explicação de um conceito apresentado no texto. Chega a ser um tanto quanto enlouquecedor e, nesse aspecto, reside um dos fatores que torna o filme imperdível.
O mais importante, porém é que "Ilha das Flores" coloca em pauta a discussão acerca da pobreza, da fome e da exclusão social. Levando-se em conta que foi produzido em 1989, dá para perceber que as coisas não mudaram muito entre o Brasil daquela época e o de hoje...
FICHA TÉCNICA
Título: Ilha das Flores
País/Ano de produção: Brasil, 1989
Duração/Género: 13 min., documentário
Direcção: Jorge Furtado
Roteiro: Jorge Furtado
Elenco: Ciça Reckziegel, Gozei Kitajima, Takehijo Suzuki.
Narração: Paulo José.
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