Dioxinas na cadeia alimentar associadas a problemas na amamentação
A exposição a dioxinas através da cadeia alimentar durante a gravidez pode explicar porque é que algumas mulheres têm dificuldade em amamentar ou produzem pouco leite.

Um estudo da Universidade de Rochester Medical Center (URMC), nos EUA, verificou que o contacto com os químicos tóxicos danifica as células através da alteração rápida no tecido mamário que ocorre durante a gravidez.

Embora os resultados ainda só tenham sido demonstrado em ratos, este estudo pode ajudar a resolver um problema que afecta entre 3 e 6 milhões de mulheres em todo o mundo.

“A causa deste problema é incerta, embora tenha sido sugerido que os contaminantes ambientais podem contribuir para tal. Demonstrámos definitivamente que um poluente conhecido e abundante tem um efeito adverso na forma como as glândulas mamárias se desenvolvem durante a gravidez”, afirmaram os investigadores.

A maior parte das pessoas está exposta a dioxinas através da dieta. A maioria das dioxinas é gerada pela incineração de desperdícios municipais e médicos – especialmente certos tipos de plástico – e entram na cadeia alimentar quando as emissões atmosféricas atingem as culturas alimentares e as pastagens de gado.

Os seres humanos ingerem dioxinas principalmente através do consumo de carne, lacticínios e marisco. O químico aloja-se no tecido adiposo onde é eliminado muito lentamente. Pensa-se que a exposição diária é baixa mas tem sido já associada a problemas de saúde como o eventual comprometimento do sistema imunitário e desenvolvimento de órgãos.

“As dioxinas têm um efeito profundo no tecido mamário dado que impedem o ciclo natural de proliferação das células mamárias logo aos 6 dias e até meio da gestação (…) As amostras de tecidos extraídas de ratos revelaram uma redução de 50% em novas células epiteliais que ajudam a proteger ou anexar órgãos. Isto é significativo porque as glândulas mamárias têm uma elevada taxa de proliferação, especialmente até meio da gestação, quando o mais rápido desenvolvimento ocorre”, explicaram os investigadores.

 

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