Portugal tem laboratório contra guerra biológica
Portugal está, desde 2006, equipado com laboratórios de despistagem de agentes microbiológicos e tóxicos, passíveis de ser utilizados em ataques terroristas. Estão localizados em Lisboa os Laboratórios de Defesa Biológica e de Bromatologia do Exército Português.

O ministro da Defesa, que inaugurou na altura esta unidade, frisou que esta constituía uma resposta às «novas ameaças que a sociedade portuguesa tem de enfrentar e para as quais o Estado tem de se preparar».

O governante sublinhou ainda a «rapidez» com que as Forças Armadas se prepararam e «adaptaram às novas ameaças e riscos» postas pelos terroristas da actualidade.

«Em caso de crise, as Forças Armadas são absolutamente determinantes para o controlo dessas ameaças e desses riscos», adiantou.

Acompanhado pelo ministro da Saúde, Luís Amado deu ordem ao computador para imprimir o resultado da primeira análise feita no Laboratório de Defesa Biológica, inaugurando, assim, aquele espaço.

Laboratório de Defesa Biológica

Os Laboratórios de Defesa Biológica e de Bromatologia (estudos sobre alimentos), em que foram investidos 500 mil euros, pretendem dar resposta ao fenómeno do terrorismo nas suas vertentes biológicas.

O Laboratório de Defesa Biológica irá estudar, identificar e neutralizar bactérias, estirpes modificadas e microrganismos que possam ser usados em ataques biológicos.

O Laboratório de Bromatologia, de estudo da Segurança Alimentar, poderá despistar a contaminação de alimentos com agentes biológicos.

Instaladas no Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos, as duas unidades funcionam ali desde Março de 2006.

Segurança Alimentar

O então ministro da Saúde destacou ainda a «importância» das análises alimentares, uma vez que «milhares de pessoas têm de se alimentar diariamente».

Remetendo uma resposta mais precisa para o Ministério da Agricultura, adiantou ter conhecimento de que estavam a ser feitas «300 análises por dia a aves mortas em Portugal».

«É um número muito bom que nos dá segurança», afirmou.

Recordo que na altura, em 2006, surgiram na Europa casos de gripe das aves H5N1. Entretanto apareceu também a gripe A (H1N1) e a febre Q nas últimas semanas.

Laboratório de Defesa Biológica do Exército faz 1ª intervenção

O Laboratório de Defesa Biológica do Exército realizou, pela primeira vez, em Dezembro de 2007, uma intervenção em situação real, em resposta a um pedido do Município de Alcácer do Sal.

A Câmara Municipal de Alcácer do Sal solicitou a actuação do laboratório numa exploração ilegal de suinicultura abandonada pelos proprietários, onde os animais foram deixados a morrer à fome e à sede, localizada no Torrão, a mesma exploração onde tempos antes haviam sido abatidas mais de 200 cabeças de gado suíno e bovino, deixadas ao abandono pelo proprietário.

Porcos a morrer à fome.

A seguir ao problema dos porcos, que morreram por falta de comida, levantaram-se suspeitas de contaminação da região, deixando a população bastante preocupada.

"Comprovamos que os animais não morreram de nenhuma doença. Morreram de fome e sede", foram as afirmações decorrentes dos trabalhos de avaliação de risco biológico feitos pelo Laboratório de Defesa Biológica. Os especialistas do exército envolvidos no trabalho passaram, mesmo assim, por uma estação de descontaminação, pertencente à Escola Prática de Engenharia, para prevenir eventuais situações de contágio.

QUALI.PT 19-05-2010

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