
A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou hoje o fim da primeira pandemia de gripe do século XXI. A gripe A (H1N1) causou 18 500 mortos em todo o mundo desde que foi descoberta em Abril de 2009, disse a directora-geral da OMS, Margaret Chan.
"O mundo já não se encontra na fase seis de alerta pandémico. Agora entramos num período de pós-pandemia", anunciou Chan, durante uma teleconferência. "O novo vírus H1N1 está a chegar ao fim da corrida", acrescentou.
Ao anunciar o fim da pandemia, Margaret Chan seguiu, uma vez mais, as recomendações da comissão de emergência reunida hoje de manhã para analisar a evolução da doença e decidir a necessidade, ou não, de terminar a pandemia declarada a 11 de Junho de 2009 face a um vírus de origem suína, aviaria e humana considerado perigoso.
Hemisfério norte tinha sinais de abrandamento desde Fevereiro de 2010
A comissão de 15 peritos foi consultada pela terceira vez desde Fevereiro, quando a propagação da doença dava sérios sinais de abrandamento no hemisfério norte.
Até hoje, a comissão tinha recusado declarar o fim da pandemia, afirmando esperar informações sobre a situação no hemisfério sul, actualmente no inverno austral.
Os 15 peritos dirigidos pelo australiano John Mackenzie decidiram também que a situação de emergência sanitária, declarada pouco depois da descoberta da doença a 23 de Abril de 2009 no México, já não era atual, explicou ainda a responsável da ONU.
Ao mesmo tempo que reconheceu que o H1N1 já não era dominante face aos restantes vírus gripais e que se comportava como uma gripe sazonal, Chan pediu aos governos para não baixarem a guarda face a uma doença ainda presente e que pode ainda transformar-se numa forma mais grave.
"Devemos continuar vigilantes e evitar qualquer complacência", insistiu.
"Nós não exagerámos"
Questionada sobre as críticas feitas à OMS sobre a gestão da gripe que praticamente não poupou nenhum país do planeta, Chan rejeitou novamente as acusações de que a organização tenha exagerado face a uma doença menos grave que uma gripe sazonal.
A gripe sazonal causa entre 250 000 a 500 000 mortos por ano.
"Nós não exagerámos", repetiu a directora da OMS, lembrando que o vírus H1N1 atingiu severamente, e de forma inabitual para uma gripe, jovens saudáveis e grávidas.
Argumentou que os dados reunidos sobre o número de casos eram subavaliados e que seriam necessários anos antes de se conseguir uma visão clara sobre a dimensão da pandemia. "O mundo teve sorte", garantiu mais uma vez.
A OMS foi repetidamente acusada de ter sido influenciada pelos laboratórios farmacêuticos ao declarar o alerta pandémico, que desencadeou automaticamente a produção maciça de anti-virais e de vacinas.
Diversos governos que compraram milhões de vacinas ficaram com stocks sem precedentes de medicamentos, uma vez que as populações ignoraram em grande medida as campanhas de vacinação.
Fonte Expresso 10-08-2010
Ao anunciar o fim da pandemia, Margaret Chan seguiu, uma vez mais, as recomendações da comissão de emergência reunida hoje de manhã para analisar a evolução da doença e decidir a necessidade, ou não, de terminar a pandemia declarada a 11 de Junho de 2009 face a um vírus de origem suína, aviaria e humana considerado perigoso.
Hemisfério norte tinha sinais de abrandamento desde Fevereiro de 2010
A comissão de 15 peritos foi consultada pela terceira vez desde Fevereiro, quando a propagação da doença dava sérios sinais de abrandamento no hemisfério norte.
Até hoje, a comissão tinha recusado declarar o fim da pandemia, afirmando esperar informações sobre a situação no hemisfério sul, actualmente no inverno austral.
Os 15 peritos dirigidos pelo australiano John Mackenzie decidiram também que a situação de emergência sanitária, declarada pouco depois da descoberta da doença a 23 de Abril de 2009 no México, já não era atual, explicou ainda a responsável da ONU.
Ao mesmo tempo que reconheceu que o H1N1 já não era dominante face aos restantes vírus gripais e que se comportava como uma gripe sazonal, Chan pediu aos governos para não baixarem a guarda face a uma doença ainda presente e que pode ainda transformar-se numa forma mais grave.
"Devemos continuar vigilantes e evitar qualquer complacência", insistiu.
"Nós não exagerámos"
Questionada sobre as críticas feitas à OMS sobre a gestão da gripe que praticamente não poupou nenhum país do planeta, Chan rejeitou novamente as acusações de que a organização tenha exagerado face a uma doença menos grave que uma gripe sazonal.
A gripe sazonal causa entre 250 000 a 500 000 mortos por ano.
"Nós não exagerámos", repetiu a directora da OMS, lembrando que o vírus H1N1 atingiu severamente, e de forma inabitual para uma gripe, jovens saudáveis e grávidas.
Argumentou que os dados reunidos sobre o número de casos eram subavaliados e que seriam necessários anos antes de se conseguir uma visão clara sobre a dimensão da pandemia. "O mundo teve sorte", garantiu mais uma vez.
A OMS foi repetidamente acusada de ter sido influenciada pelos laboratórios farmacêuticos ao declarar o alerta pandémico, que desencadeou automaticamente a produção maciça de anti-virais e de vacinas.
Diversos governos que compraram milhões de vacinas ficaram com stocks sem precedentes de medicamentos, uma vez que as populações ignoraram em grande medida as campanhas de vacinação.
Fonte Expresso 10-08-2010
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