A Dow AgroSciences, uma unidade da Dow Chemical – uma das maiores e mais poluentes indústrias químicas do mundo – lançará em 2012 uma nova semente de milho transgênico no Brasil que combina cinco genes de forma inédita no país, anunciou o vice-presidente da unidade global de negócios de safras da companhia, Tim Hassinger.
A empresa, no entanto, está proibida de vender suas sementes para agricultores do Paraná, único Estado livre de transgênico no país, além de países como a França, que rejeitam esse tipo de cultura.
Em entrevista à agência inglesa de notícias Reuters, ele afirmou que o milho Powercore, da chamada família Smart Stack, recebeu aprovação de órgãos reguladores e oferecerá ao cultivo maior resistência a insetos e tolerância a herbicidas. Cientistas, no entanto, ainda questionam a eficácia destas sementes e os possíveis danos causados às saúde da população.
Para Hassinger, no entanto, o lançamento do produto no Brasil, uma potência agrícola em expansão, é importante para o plano de crescimento dos lucros globais da Dow.
– O Brasil é um alvo onde queremos crescer – apontou, referindo-se ao produto, parte de um acordo de licenciamento cruzado com a rival Monsanto.
Inicialmente, o produto será lançado no Brasil, de onde a empresa recebeu a aprovação dos órgãos reguladores recentemente, disse o executivo. Mas ele tenta ainda o aval de governos como o da Argentina, para expandir as vendas desse produto.
– Os cinco genes darão aos produtores um controle de insetos que eles não tinham antes – acredita.
Ele evitou comentar quanto os produtores poderão plantar do Powercore no primeiro ano de uso.
– Ainda estamos trabalhando sobre como rapidamente poderemos começar a produção, então não posso dizer isso neste momento – desculpa-se.
A empresa não divulgou os investimentos específicos na nova tecnologia, mas disse que são “significativos”.
Cana transgénica
A indústria química também desenvolve, em parceria com o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), pesquisas para a obtenção de uma cana transgênica resistente a insetos, que provavelmente será a primeira biotecnologia para a cultura a chegar ao mercado – o CTC também desenvolve em parceria com outras multinacionais outras “canas” geneticamente alteradas, resistentes a seca e com maior teor de sacarose.
Mas o fato de a resistência a insetos já ser algo amplamente utilizado em outras culturas deverá permitir que o produto chegue antes de outros transgênicos, indicou o CTC no ano passado.
– O projeto está em fase de desenvolvimento, é difícil saber… Ainda é cedo para dizer, é assim que eu descrevo – disse Hassinger, após ser questionado sobre os prazos para o lançamento da cana transgênica.
Anteriormente, o CTC afirmou que poderia pedir a liberação do cultivo comercial da cana transgênica até 2014.
Problemas no rótulo
O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça está prestes a julgar, administrativamente, dez empresas que foram investigadas e descumpriram as regras de rotulagem de produtos que contêm Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) entre os ingredientes. As irregularidades foram descobertas em uma investigação feita pelo DPDC e os Procons de São Paulo, Bahia e Mato Grosso. Foram feitos testes por um laboratório credenciado pelo Ministério da Agricultura e os resultados apontaram substâncias transgênicas no milho e na soja usados como ingredientes dos produtos. Os processos administrativos foram instaurados com base no descumprimento do direito de informação do consumidor e no Decreto 4.680/2003, que dteermina que a presença de OGMs em mais de 1% do produto deve ser informado em seu rótulo.
Segundo a diretora do DPDC, Juliana Pereira, “o Código de Defesa do Consumidor há 21 anos estabelece que a informação é um direito básico do consumidor e uma obrigação do fornecedor. Ela assegura a transparência nas relações de consumo e garante ao consumidor o exercício pleno de escolha”.
Os produtos irregulares são: biscoito recheado Tortinha de chocolate com cereja (Adria Alimentos do Brasil), farinha de milho Fubá Mimoso (Alimentos Zaeli), biscoito de morango Tortini (Bangley do Brasil Alimentos), bolinho Ana Maria Tradicional sabor chocolate (Bimbo do Brasil), mistura para bolo sabor côco Dona Benta (J. Macedo), biscoito recheado Trakinas (Kraft Foods), biscoito Bono de morango (Nestlé), barras de cereais Nutry (Nutrimental), mistura para panquecas Salgatta (Oetker) e Baconzitos Elma Chips (Pepsico do Brasil).
Em nota, a Alimentos Zaeli, fabricante da farinha de milho Fubá Mimoso, afirmou que já está tomando providências. A empresa informou que seu “Centro de Qualidade analisará todos os resultados apontados pelos testes e, caso necessário, fará todas as adequações apontadas”.
Fonte Redação 17-03-2011
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Para Hassinger, no entanto, o lançamento do produto no Brasil, uma potência agrícola em expansão, é importante para o plano de crescimento dos lucros globais da Dow.
– O Brasil é um alvo onde queremos crescer – apontou, referindo-se ao produto, parte de um acordo de licenciamento cruzado com a rival Monsanto.
Inicialmente, o produto será lançado no Brasil, de onde a empresa recebeu a aprovação dos órgãos reguladores recentemente, disse o executivo. Mas ele tenta ainda o aval de governos como o da Argentina, para expandir as vendas desse produto.
– Os cinco genes darão aos produtores um controle de insetos que eles não tinham antes – acredita.
Ele evitou comentar quanto os produtores poderão plantar do Powercore no primeiro ano de uso.
– Ainda estamos trabalhando sobre como rapidamente poderemos começar a produção, então não posso dizer isso neste momento – desculpa-se.
A empresa não divulgou os investimentos específicos na nova tecnologia, mas disse que são “significativos”.
Cana transgénica
A indústria química também desenvolve, em parceria com o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), pesquisas para a obtenção de uma cana transgênica resistente a insetos, que provavelmente será a primeira biotecnologia para a cultura a chegar ao mercado – o CTC também desenvolve em parceria com outras multinacionais outras “canas” geneticamente alteradas, resistentes a seca e com maior teor de sacarose.
Mas o fato de a resistência a insetos já ser algo amplamente utilizado em outras culturas deverá permitir que o produto chegue antes de outros transgênicos, indicou o CTC no ano passado.
– O projeto está em fase de desenvolvimento, é difícil saber… Ainda é cedo para dizer, é assim que eu descrevo – disse Hassinger, após ser questionado sobre os prazos para o lançamento da cana transgênica.
Anteriormente, o CTC afirmou que poderia pedir a liberação do cultivo comercial da cana transgênica até 2014.
Problemas no rótulo
O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça está prestes a julgar, administrativamente, dez empresas que foram investigadas e descumpriram as regras de rotulagem de produtos que contêm Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) entre os ingredientes. As irregularidades foram descobertas em uma investigação feita pelo DPDC e os Procons de São Paulo, Bahia e Mato Grosso. Foram feitos testes por um laboratório credenciado pelo Ministério da Agricultura e os resultados apontaram substâncias transgênicas no milho e na soja usados como ingredientes dos produtos. Os processos administrativos foram instaurados com base no descumprimento do direito de informação do consumidor e no Decreto 4.680/2003, que dteermina que a presença de OGMs em mais de 1% do produto deve ser informado em seu rótulo.
Segundo a diretora do DPDC, Juliana Pereira, “o Código de Defesa do Consumidor há 21 anos estabelece que a informação é um direito básico do consumidor e uma obrigação do fornecedor. Ela assegura a transparência nas relações de consumo e garante ao consumidor o exercício pleno de escolha”.
Os produtos irregulares são: biscoito recheado Tortinha de chocolate com cereja (Adria Alimentos do Brasil), farinha de milho Fubá Mimoso (Alimentos Zaeli), biscoito de morango Tortini (Bangley do Brasil Alimentos), bolinho Ana Maria Tradicional sabor chocolate (Bimbo do Brasil), mistura para bolo sabor côco Dona Benta (J. Macedo), biscoito recheado Trakinas (Kraft Foods), biscoito Bono de morango (Nestlé), barras de cereais Nutry (Nutrimental), mistura para panquecas Salgatta (Oetker) e Baconzitos Elma Chips (Pepsico do Brasil).
Em nota, a Alimentos Zaeli, fabricante da farinha de milho Fubá Mimoso, afirmou que já está tomando providências. A empresa informou que seu “Centro de Qualidade analisará todos os resultados apontados pelos testes e, caso necessário, fará todas as adequações apontadas”.
Fonte Redação 17-03-2011
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