Dez dias antes do terremoto e subsequente tsunami que provocaram o acidente na central nuclear de Fukushima, a companhia Tokyo Electric Power (Tepco), operadora da central, admitiu que havia mentido nos relatórios de controle de suas instalações.
A Tepco entregou às autoridades japonesas um documento no qual confessava ter manipulado os dados de controle de manutenção. A empresa afirmou que havia inspecionado cerca de 30 peças que, na verdade, não foram checadas.
A operadora confessou que, em 11 anos, não inspecionou a peça que alimenta uma válvula de controle da temperatura do reator, apesar dos técnicos, que se contentaram em fazer apenas controles rotineiros, garantirem o contrário.
Outras peças, cujo controle não é necessariamente obrigatório, tampouco foram submetidas a uma inspeção, sobretudo as partes ligadas ao sistema de resfriamento e ao fornecimento elétrico de emergência. As autoridades solicitaram o relatório à Tepco justamente para saber se o procedimento padrão de segurança estava sendo respeitado.
"O plano de controle das instalações e a gestão da manutenção eram inapropriados", concluiu a Agência de Segurança Nuclear, que assegurou que "a qualidade das inspeções era insuficiente".
Antes da catástrofe, a agência reguladora do setor havia alertado a Tepco, exigindo uma mudança de comportamento e a aplicação de um novo plano de manutenção antes do dia 2 de junho.
Os operadores dos reatores não são obrigados a cobrir os danos que um acidente nuclear pode ocasionar nas próprias instalações. Em troca, a lei os obriga a assinar um seguro para os danos que um acidente pode causar a terceiros.
Para qualquer instalação nuclear, a lei japonesa fixa um teto de indenização de 120 bilhões de ienes (1,040 bilhão de euros). Mas as seguradoras excluem da cobertura as catástrofes naturais maiores, como um terremoto ou um tsunami.
Recuperação
A reconstrução do Japão pode levar até cinco anos, ante um prejuízo que pode chegar a US$ 235 bilhões (R$ 392 bilhões), informou um relatório do Banco Mundial divulgado ontem.
O terremoto e o tsunami, seguidos de uma crise nuclear ainda em curso, prejudicaram as cadeias produtivas de indústrias automotivas e eletrônicas. Além disso, "os danos ocorridos em habitações e infraestrutura foram sem precedentes", informa o relatório.
O governo já confirmou 8.805 mortes e 12.664 pessoas desaparecidas na tragédia.
Fonte Reuters 22-03-2011
A operadora confessou que, em 11 anos, não inspecionou a peça que alimenta uma válvula de controle da temperatura do reator, apesar dos técnicos, que se contentaram em fazer apenas controles rotineiros, garantirem o contrário.
Outras peças, cujo controle não é necessariamente obrigatório, tampouco foram submetidas a uma inspeção, sobretudo as partes ligadas ao sistema de resfriamento e ao fornecimento elétrico de emergência. As autoridades solicitaram o relatório à Tepco justamente para saber se o procedimento padrão de segurança estava sendo respeitado.
"O plano de controle das instalações e a gestão da manutenção eram inapropriados", concluiu a Agência de Segurança Nuclear, que assegurou que "a qualidade das inspeções era insuficiente".
Antes da catástrofe, a agência reguladora do setor havia alertado a Tepco, exigindo uma mudança de comportamento e a aplicação de um novo plano de manutenção antes do dia 2 de junho.
Os operadores dos reatores não são obrigados a cobrir os danos que um acidente nuclear pode ocasionar nas próprias instalações. Em troca, a lei os obriga a assinar um seguro para os danos que um acidente pode causar a terceiros.
Para qualquer instalação nuclear, a lei japonesa fixa um teto de indenização de 120 bilhões de ienes (1,040 bilhão de euros). Mas as seguradoras excluem da cobertura as catástrofes naturais maiores, como um terremoto ou um tsunami.
Recuperação
A reconstrução do Japão pode levar até cinco anos, ante um prejuízo que pode chegar a US$ 235 bilhões (R$ 392 bilhões), informou um relatório do Banco Mundial divulgado ontem.
O terremoto e o tsunami, seguidos de uma crise nuclear ainda em curso, prejudicaram as cadeias produtivas de indústrias automotivas e eletrônicas. Além disso, "os danos ocorridos em habitações e infraestrutura foram sem precedentes", informa o relatório.
O governo já confirmou 8.805 mortes e 12.664 pessoas desaparecidas na tragédia.
Fonte Reuters 22-03-2011
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