DECO detecta camarão com bactérias nocivas para a saúde
O consumidor paga gelo por camarão e compra marisco mais pequeno do que aquele que é anunciado na embalagem, denuncia a DECO, que encontrou camarões com bactérias que podem ser nocivas para a saúde.

Calibre e peso errados, rótulos em línguas estrangeiras ou com informação incorrecta ou incompleta e bactérias potencialmente patogénicas são os principais problemas detectados pela DECO em 21 amostras testadas de camarão cru ultracongelado embalado de tamanho médio.

De acordo com um estudo da DECO, divulgado hoje na revista 'Proteste', "o camarão testado obteve bons resultados na frescura", mas foram encontrados problemas nos pesos líquidos escorridos, na vidragem incorrecta, no tamanho inferior ao anunciado e detectadas "bactérias potencialmente patogénicas".

Para além disso, "na maioria das amostras, os pesos obtidos foram inferiores aos declarados nos rótulos. A lei admite desvios para menos até quatro por cento. Seis amostras estavam mesmo em infracção legal", afirma o artigo da associação para a defesa dos consumidores.

Quanto ao calibre do camarão, a DECO revela que "em cinco amostras os calibres estavam errados" e que "o consumidor pensa que está a comprar camarões maiores do que na realidade são".

No que diz reseito às bactérias, a DECO assegura que "nas amostras Pescanova, Mar de Altura, Aliada e Pingo Doce detectámos 'vibrio parahaemolyticus' ou 'vibrio cholerae', duas bactérias potencialmente patogénicas que são um indicador de problemas de higiene", embora essas bactérias sejam destruídas durante o processo da cozedura.

Após a constatação de "muitas falhas" no camarão testado, a DECO participou as suas conclusões à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE). "Entregámos a lista dos produtos com vibrio, bactérias potencialmente nocivas. As doenças de origem alimentar são um grave problema de saúde pública e é inadmissível que a lei não contemple critérios microbiológicos suficientes para garantir alimentos seguros", critica a DECO.

Fonte Correio da Manhã 03-2011

 

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