Segundo a Agência Internacional de Energia Atómica, o estado atual da segurança na central nuclear de Fukushima Daiichi, no Japão, continua classificado como "muito grave".
Água contaminada
Foi encontrada água contaminada acumulada em valas localizadas próximas aos edifícios da turbina das Unidades 1 a 3.
Taxas de dose na superfície da água atingiram 0,4 millisieverts/hora para a Unidade 1 e mais de 1.000 millisieverts/hora para a Unidade 2, às 18:30 UTC, em 26 de março.
A Comissão de Segurança Nuclear do Japão sugere que a maior atividade radioativa na água descoberta no edifício da turbina da Unidade 2 deve ter sido causada pela água que tem estado em contacto por algum tempo com barras derretidas de combustível nuclear e diretamente liberadas para a construção da turbina através de alguns caminhos ainda não identificados.
Uma investigação está em andamento a respeito de como a água ficou acumulada nas trincheiras. As medições não puderam ser realizadas na Unidade 3, devido à presença de detritos.
Resfriamento dos reatores
Água doce tem sido continuamente injetada no vaso de pressão do reator (Reator Pressure Vessels - RPVs) das unidades 1, 2 e 3.
A partir de hoje, na Unidade 1, o bombeamento de água potável através da linha de água de alimentação já não será realizado por caminhões de bombeiros, mas por bombas elétricas com um gerador a diesel. A mudança para o uso de tais bombas já foi feita nas Unidades 2 e 3.
Na unidade 3, a água doce está sendo injetada através da linha de extinção de incêndio.
Na Unidade 1 houve um aumento da temperatura no bocal da água de alimentação da RPV, de 273,8° C para 299° C. A temperatura no fundo do RPV permaneceu estável em 135° C.
As temperaturas na Unidade 2 parecem relativamente estáveis nos pontos de medição.
Na Unidade 3, a temperatura do bocal da água de alimentação do RPV é de cerca de 61,5° C e 120,9° C na parte inferior da RPV. A validade da medição da temperatura RPV no bocal de água de alimentação ainda está sob investigação.
Com o aumento da temperatura na Unidade 1, houve um aumento correspondente na pressão do poço seco (Drywell). No Drywell da Unidade 2, a pressão indicada desceu ligeiramente e está pouco acima da pressão atmosférica.
As Unidades 5 e 6 permanecem em desligamento frio.
Monitorização de Radiação
Em 28 de Março, a deposição do iodo-131 foi detectada em 12 províncias, e deposição de césio-137 em nove províncias.
Os maiores valores foram observados na província de Fukushima, com 23.000 becquerel por metro quadrado de iodo-131 e 790 becquerel por metro quadrado de césio-137.
Em outras províncias onde a deposição do iodo-131 foi medida, o intervalo foi de 1,8 a 280 becquerel por metro quadrado. Para césio-137, o intervalo foi de 5,5 a 52 becquerel por metro quadrado.
Os limites japoneses para a ingestão de água potável por crianças são de 100 becquerel por litro.
No distrito de Shinjyuku de Tóquio, a deposição diária de ambos, iodo-131 e césio-137, estava abaixo de 50 becquerel por metro quadrado. Nenhuma mudança significativa foi relatada em 45 províncias nas taxas de dose gama em relação a ontem.
Desde 28 de março, informações sobre a radioatividade na água potável coletadas principalmente no Ministério Japonês da Saúde, Trabalho e Previdência indicam que as recomendações de restrições baseadas na concentração de I-131 continuam em vigor somente em quatro localidades da província de Fukushima. Até o momento, não existem recomendações para as restrições que foram feitas com base em Cs-137.
Cinco amostras de solo, coletadas em distâncias entre 500 e 1.000 metros da chaminé das Unidades 1 e 2 da central nuclear de Fukushima de 21 a 22 de março, foram analisadas para o plutónio-238 e para a soma de plutônio-239 e plutônio-240.
Foi detectado plutónio-238 em 2 das 5 amostras, enquanto o plutônio-239/240 foi detectado em todas as amostras, conforme o esperado.
As concentrações relatadas para ambos, plutónio-238 e plutónio-239/240, são similares às depositadas no Japão, como resultado dos testes de armas nucleares no passado.
A relação entre as concentrações de plutônio-238 e plutônio-239/240 em duas das amostras indicam que pequenas quantidades de plutônio poderia ter sido lançada durante o acidente de Fukushima, mas isso precisa ser melhor avaliado.
Radiação em alimentos
No que diz respeito à contaminação de alimentos, 63 amostras de vários vegetais foram colhidas entre 24 e 29 de março: frutas (morango), cogumelos, ovos, marisco e leite pasteurizado em oito províncias (Chiba, Fukushima, Gunma, Ibaraki, Miyagi, Niigata, Tochigi e Yamagata).
A coleta mostrou que os resultados de iodo-131, césio-134 e césio-137 não foram detectados ou estavam abaixo dos valores fixados como limite máximo pelas autoridades japonesas.
O Comitê Misto FAO/AIEA sobre Segurança Alimentar se reuniu com autoridades do governo municipal na província de Ibaraki na segunda-feira e prestou consultoria relacionada à contaminação dos alimentos e do meio ambiente, em temas como mecanismos e persistência da contaminação, exemplos de estratégias de remediação, normas internacionais, plano de amostragem e transferência de radionuclídeos a partir do solo para as plantas, particularmente em relação à produção de arroz na área.
As autoridades do governo local informaram ao Comité FAO/IAEA sobre a extensão da contaminação em Ibaraki, os principais produtos agrícolas afetados, zonas de produção e métodos de produção (como de estufa, ou ao ar livre) e os níveis de contaminação encontrados.
Radiação na água do mar
Nenhum resultado de novas estações de monitorização do meio marinho até 30 km do litoral foram relatados em 27 ou 28 de março.
No entanto, novas análises na água do mar a 330 metros para leste do ponto de descarga da central nuclear de Fukushima (unidades 1-4) foram disponibilizadas em 27 de março.
Estas concentrações mostram uma diminuição significativa entre os dias 26 e 27 de Março, passando de 74.000 para 11.000 Becquerel por litro de iodo-131 e de 12.000 para 1.900 Becquerel por litro de césio-137.
Amostras de água do mar também foram coletadas diariamente em um local a 30 metros do ponto de descarga comum para as unidades 5-6. Estes resultados mostram um aumento nas concentrações de radionuclídeos em 26 de março. As amostras de água do mar em 27 de março mostram, porém, uma diminuição da concentração de radionuclídeos.
Organismos Marinhos
Foram divulgadas as primeiras análises em peixes, realizadas pelo Instituto Nacional de Investigação da Pesca.
Cinco amostras de peixes foram coletadas a partir do porto de Choshi (província de Chiba) e 4 apresentaram concentrações de Césio-137 abaixo do limite de detecção.
Em uma amostra de Césio-137 foi encontrado 3 Bq/kg (peso fresco), pouco acima do limite de detecção.
Essa concentração é muito abaixo de qualquer limite que cause preocupação com o consumo de peixe.
Ainda é muito cedo para tirar conclusões para as concentrações previstas em alimentos marinhos, porque a situação pode mudar rapidamente. No entanto, espera-se que as concentrações detectadas inicialmente na água do mar em breve irão cair devido à diluição.
Os níveis de radiação nos alimentos marinhos, muito provavelmente não deverão atingir o limite determinado para o consumo (presumindo que as descargas de água do mar contaminados do reator não continuem).
Não se espera que peixes ou outros alimentos marinhos sejam coletados em uma área perto da central nuclear de Fukushima na situação atual.
Fonte CNEN 31-03-2011
Foi encontrada água contaminada acumulada em valas localizadas próximas aos edifícios da turbina das Unidades 1 a 3.
Taxas de dose na superfície da água atingiram 0,4 millisieverts/hora para a Unidade 1 e mais de 1.000 millisieverts/hora para a Unidade 2, às 18:30 UTC, em 26 de março.
A Comissão de Segurança Nuclear do Japão sugere que a maior atividade radioativa na água descoberta no edifício da turbina da Unidade 2 deve ter sido causada pela água que tem estado em contacto por algum tempo com barras derretidas de combustível nuclear e diretamente liberadas para a construção da turbina através de alguns caminhos ainda não identificados.
Uma investigação está em andamento a respeito de como a água ficou acumulada nas trincheiras. As medições não puderam ser realizadas na Unidade 3, devido à presença de detritos.
Resfriamento dos reatores
Água doce tem sido continuamente injetada no vaso de pressão do reator (Reator Pressure Vessels - RPVs) das unidades 1, 2 e 3.
A partir de hoje, na Unidade 1, o bombeamento de água potável através da linha de água de alimentação já não será realizado por caminhões de bombeiros, mas por bombas elétricas com um gerador a diesel. A mudança para o uso de tais bombas já foi feita nas Unidades 2 e 3.
Na unidade 3, a água doce está sendo injetada através da linha de extinção de incêndio.
Na Unidade 1 houve um aumento da temperatura no bocal da água de alimentação da RPV, de 273,8° C para 299° C. A temperatura no fundo do RPV permaneceu estável em 135° C.
As temperaturas na Unidade 2 parecem relativamente estáveis nos pontos de medição.
Na Unidade 3, a temperatura do bocal da água de alimentação do RPV é de cerca de 61,5° C e 120,9° C na parte inferior da RPV. A validade da medição da temperatura RPV no bocal de água de alimentação ainda está sob investigação.
Com o aumento da temperatura na Unidade 1, houve um aumento correspondente na pressão do poço seco (Drywell). No Drywell da Unidade 2, a pressão indicada desceu ligeiramente e está pouco acima da pressão atmosférica.
As Unidades 5 e 6 permanecem em desligamento frio.
Monitorização de Radiação
Em 28 de Março, a deposição do iodo-131 foi detectada em 12 províncias, e deposição de césio-137 em nove províncias.
Os maiores valores foram observados na província de Fukushima, com 23.000 becquerel por metro quadrado de iodo-131 e 790 becquerel por metro quadrado de césio-137.
Em outras províncias onde a deposição do iodo-131 foi medida, o intervalo foi de 1,8 a 280 becquerel por metro quadrado. Para césio-137, o intervalo foi de 5,5 a 52 becquerel por metro quadrado.
Os limites japoneses para a ingestão de água potável por crianças são de 100 becquerel por litro.
No distrito de Shinjyuku de Tóquio, a deposição diária de ambos, iodo-131 e césio-137, estava abaixo de 50 becquerel por metro quadrado. Nenhuma mudança significativa foi relatada em 45 províncias nas taxas de dose gama em relação a ontem.
Desde 28 de março, informações sobre a radioatividade na água potável coletadas principalmente no Ministério Japonês da Saúde, Trabalho e Previdência indicam que as recomendações de restrições baseadas na concentração de I-131 continuam em vigor somente em quatro localidades da província de Fukushima. Até o momento, não existem recomendações para as restrições que foram feitas com base em Cs-137.
Cinco amostras de solo, coletadas em distâncias entre 500 e 1.000 metros da chaminé das Unidades 1 e 2 da central nuclear de Fukushima de 21 a 22 de março, foram analisadas para o plutónio-238 e para a soma de plutônio-239 e plutônio-240.
Foi detectado plutónio-238 em 2 das 5 amostras, enquanto o plutônio-239/240 foi detectado em todas as amostras, conforme o esperado.
As concentrações relatadas para ambos, plutónio-238 e plutónio-239/240, são similares às depositadas no Japão, como resultado dos testes de armas nucleares no passado.
A relação entre as concentrações de plutônio-238 e plutônio-239/240 em duas das amostras indicam que pequenas quantidades de plutônio poderia ter sido lançada durante o acidente de Fukushima, mas isso precisa ser melhor avaliado.
Radiação em alimentos
No que diz respeito à contaminação de alimentos, 63 amostras de vários vegetais foram colhidas entre 24 e 29 de março: frutas (morango), cogumelos, ovos, marisco e leite pasteurizado em oito províncias (Chiba, Fukushima, Gunma, Ibaraki, Miyagi, Niigata, Tochigi e Yamagata).
A coleta mostrou que os resultados de iodo-131, césio-134 e césio-137 não foram detectados ou estavam abaixo dos valores fixados como limite máximo pelas autoridades japonesas.
O Comitê Misto FAO/AIEA sobre Segurança Alimentar se reuniu com autoridades do governo municipal na província de Ibaraki na segunda-feira e prestou consultoria relacionada à contaminação dos alimentos e do meio ambiente, em temas como mecanismos e persistência da contaminação, exemplos de estratégias de remediação, normas internacionais, plano de amostragem e transferência de radionuclídeos a partir do solo para as plantas, particularmente em relação à produção de arroz na área.
As autoridades do governo local informaram ao Comité FAO/IAEA sobre a extensão da contaminação em Ibaraki, os principais produtos agrícolas afetados, zonas de produção e métodos de produção (como de estufa, ou ao ar livre) e os níveis de contaminação encontrados.
Radiação na água do mar
Nenhum resultado de novas estações de monitorização do meio marinho até 30 km do litoral foram relatados em 27 ou 28 de março.
No entanto, novas análises na água do mar a 330 metros para leste do ponto de descarga da central nuclear de Fukushima (unidades 1-4) foram disponibilizadas em 27 de março.
Estas concentrações mostram uma diminuição significativa entre os dias 26 e 27 de Março, passando de 74.000 para 11.000 Becquerel por litro de iodo-131 e de 12.000 para 1.900 Becquerel por litro de césio-137.
Amostras de água do mar também foram coletadas diariamente em um local a 30 metros do ponto de descarga comum para as unidades 5-6. Estes resultados mostram um aumento nas concentrações de radionuclídeos em 26 de março. As amostras de água do mar em 27 de março mostram, porém, uma diminuição da concentração de radionuclídeos.
Organismos Marinhos
Foram divulgadas as primeiras análises em peixes, realizadas pelo Instituto Nacional de Investigação da Pesca.
Cinco amostras de peixes foram coletadas a partir do porto de Choshi (província de Chiba) e 4 apresentaram concentrações de Césio-137 abaixo do limite de detecção.
Em uma amostra de Césio-137 foi encontrado 3 Bq/kg (peso fresco), pouco acima do limite de detecção.
Essa concentração é muito abaixo de qualquer limite que cause preocupação com o consumo de peixe.
Ainda é muito cedo para tirar conclusões para as concentrações previstas em alimentos marinhos, porque a situação pode mudar rapidamente. No entanto, espera-se que as concentrações detectadas inicialmente na água do mar em breve irão cair devido à diluição.
Os níveis de radiação nos alimentos marinhos, muito provavelmente não deverão atingir o limite determinado para o consumo (presumindo que as descargas de água do mar contaminados do reator não continuem).
Não se espera que peixes ou outros alimentos marinhos sejam coletados em uma área perto da central nuclear de Fukushima na situação atual.
Fonte CNEN 31-03-2011
Comentários: