
A escalada dos preços das matérias alimentares para níveis próximos do recorde histórico de 2008 está a alimentar a inflação nos países menos desenvolvidos e a colocar mais pessoas em situação de pobreza, alerta o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick.
Em conferência de imprensa no primeiro dia do Encontro da Primavera, do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, Robert Zoellick lembrou que mais pessoas podem engrossar o número dos que vivem em pobreza extrema, com menos de um dólar por dia.
Segundo as estimativas de Fevereiro do Banco Mundial – que Robert Zoellick voltou a referir – a alta dos preços já colocou, desde Junho, 44 milhões de pessoas num situação financeira em que gastam a maior parte ou a totalidade do dinheiro de que dispõem em alimentação.
No primeiro trimestre deste ano, o índice do preço global dos alimentos disparou 36 por cento face ao mesmo período do ano passado, com subidas mais significativas no preço do trigo, do milho e da soja, e repercutiu-se na alta do preço do petróleo, referiu.
Questionado pelos jornalistas sobre o envolvimento de especuladores na origem da alta dos preços, Robert Zoellick não respondeu directamente e frisou que é possível que possam ser dados “passos a curto prazo” para melhorar a alimentação nos países em desenvolvimento. Uma das áreas-chave é o Norte de África e o Médio Oriente, onde foi precisamente a subida dos preços que esteve na origem dos protestos populares que fizeram cair os regimes tunisino e egípcio.
O presidente do Banco Mundial sublinhou que os planos de produção alimentar têm de ser ajustados de acordo com as necessidades locais de país para país. “Temos de aumentar a produção para criar uma oportunidade para estes países”, prosseguiu.
No caso no Egipto e da Tunísia, para além das preocupações a curto-prazo com a alta dos preços, disse, a estabilidade política e social, “com um sistema mais transparente”, será fundamental para nos próximos cinco anos permitir a entrada no mercado de trabalho de emprego jovem no sector privado.
Fonte Público 14-04-2011
Segundo as estimativas de Fevereiro do Banco Mundial – que Robert Zoellick voltou a referir – a alta dos preços já colocou, desde Junho, 44 milhões de pessoas num situação financeira em que gastam a maior parte ou a totalidade do dinheiro de que dispõem em alimentação.
No primeiro trimestre deste ano, o índice do preço global dos alimentos disparou 36 por cento face ao mesmo período do ano passado, com subidas mais significativas no preço do trigo, do milho e da soja, e repercutiu-se na alta do preço do petróleo, referiu.
Questionado pelos jornalistas sobre o envolvimento de especuladores na origem da alta dos preços, Robert Zoellick não respondeu directamente e frisou que é possível que possam ser dados “passos a curto prazo” para melhorar a alimentação nos países em desenvolvimento. Uma das áreas-chave é o Norte de África e o Médio Oriente, onde foi precisamente a subida dos preços que esteve na origem dos protestos populares que fizeram cair os regimes tunisino e egípcio.
O presidente do Banco Mundial sublinhou que os planos de produção alimentar têm de ser ajustados de acordo com as necessidades locais de país para país. “Temos de aumentar a produção para criar uma oportunidade para estes países”, prosseguiu.
No caso no Egipto e da Tunísia, para além das preocupações a curto-prazo com a alta dos preços, disse, a estabilidade política e social, “com um sistema mais transparente”, será fundamental para nos próximos cinco anos permitir a entrada no mercado de trabalho de emprego jovem no sector privado.
Fonte Público 14-04-2011
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