Pepinos: Portugal tem sob investigação 3 casos com sintomas de E.Coli
A Direcção Geral de Saúde (DGS), confirmou que tem sob investigação três casos de cidadãos que regressaram recentemente da Alemanha com sintomas de infecção pelo E.Coli.

A Direcção-Geral de Saúde revelou ontem, quinta-feira, que há três doentes que regressaram de Hamburgo com um quadro de cólicas gastrointestinais e estiveram ontem a fazer exames, aguardando a confirmação laboratorial do Instituto Ricardo Jorge.

«São casos não confirmados, mas há três situações que estão sob investigação», disse Francisco George, director geral de saúde, para quem estes como outros estarão relacionados «com viajantes na Alemanha».

Francis George aconselhou ainda a evitar-se o alarmismo, por ser «inimigo da resolução», adiantando que além de uma questão de saúde «este é também um problema económico».

Conforme avança a edição online do «i», de acordo com a Organização Mundial da Saúde a estirpe de E. coli que já fez 18 mortos na Europa nunca tinha sido analisada. Investigadores do Centro Médico da Universidade Hamburg-Eppendorf, em colaboração com cientistas do Instituto Genómico de Pequim, conseguiram analisar em tempo recorde o ADN da estirpe em causa, O104:H4, e perceberam que esta se trata do cruzamento de outras variantes e oferece resistência aos principais antibióticos que permitem tratar a doença. Esta bactéria acaba assim por ser mais agressiva do que as chamadas E. colienterohemorrágica, que provocam a anemia grave conhecida por síndroma hemolítica-urémica (SHU). Esta condição pode levar à falência renal e foi a causa de 11 dos 18 mortos já provocadas pelo surto. «É uma combinação nunca vista de genes», disse o bacteriologista alemão Holger Rohde, citado pelo diário «Die Welt».

Recorde-se que a DGS emitiu um comunicado em que alerta os médicos para que procedam «à imediata notificação» dos casos que apresentem um «diagnóstico de Síndrome hemolítico-urémico», «diarreia sanguinolenta com história de viagem ou estadia recentes no Norte da Alemanha» e «diarreia sanguinolenta com história de consumo de alimentos crus e sem outro diagnóstico etiológico».

A instituição reforçou ainda a necessidade das habituais boas práticas de higiene, sobretudo na manipulação e preparação de alimentos (nomeadamente lavagem cuidada de frutos e hortícolas para consumo em cru).

Fonte PNN 03-06-2011

 

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