E.coli: Comissão Europeia pede à Alemanha que não lance mais alertas sem base científica
O comissário europeu para a Saúde, John Dalli, pediu hoje à Alemanha que não lance novos alertas sanitários sobre a possível origem da estirpe letal da bactéria E. coli sem ter provas científicas porque essa actuação cria um alarmismo injustificado e prejudica grandemente os produtores europeus.

“É crucial que as autoridades nacionais não se precipitem ao darem informação sobre a origem da infecção que não esteja verificada por análises bacteriológicas porque isso cria um medo injustificado na população de toda a Europa e cria problemas para os nossos produtores de alimentos dentro e fora da UE”, manifestou o comissário europeu da Saúde hoje de manhã.

John Dalli pediu aos Estados-membros que evitem “conclusões prematuras” e apenas activem o sistema europeu de alerta alimentar quando tiverem “provas científicas”.

Até ao momento, a Alemanha já atribuiu as culpas do surto aos pepinos espanhóis, depois a um restaurante alemão e depois a rebentos de legumes de uma plantação na Baixa Saxónia.

Porém, as análises feitas a estes produtos e lugares deram resultados negativos para a estirpe mortal da bactéria E. coli enterohemorrágica (EHEC) O104:H4 na maioria das amostras.

Os peritos continuam, por isso, à procura da origem exacta do surto que já provocou a morte a 22 pessoas na Alemanha e uma na Suécia. Os resultados deverão ser conhecidos ainda hoje.

De qualquer forma, os laboratórios do Ministério da Agricultura da Baixa Saxónia continuam a analisar os rebentos de soja vendidos durante as semanas em que a bactéria surgiu e que estão guardados em frigoríficos. Se as análises derem negativo, esta pista perderá força. Entretanto, toda a produção desta quinta foi suspensa e os seus produtos foram retirados do mercado.

O comissário europeu pediu ainda à Alemanha que “reforce a vigilância e os controlos para identificar a fonte do surto e estancar o contágio”.

O Executivo comunitário já enviou para aquele país uma equipa de epidemiologistas para ajudarem a lidar com o problema.

Dalli sublinhou ainda que o surto está limitado geograficamente à área que rodeia Hamburgo e que, por isso, não há motivos para proibir nenhum produto em toda a Europa. Qualquer bloqueio, insistiu, é “despropositado”, incluindo o que a Rússia impôs às frutas e verduras dos Vinte e Sete.

Fonte Público 07-06-2011
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