E apoia direito de proibir transgénicos
Legisladores da União Europeia (UE) votaram pelo fortalecimento dos direitos dos países membros do bloco de proibir o cultivo de safras transgénicas em seus territórios.

A Comissão Europeia, braço executivo da UE, havia apresentado uma proposta para que os países pudessem decidir suas próprias políticas para organismos geneticamente modificados (OGM), numa tentativa de resolver uma longa controvérsia.

Conforme uma diretiva de 2001, os países membros seriam autorizados a proibir o cultivo de transgénicos, exceto por motivos de saúde ou de preservação ambiental, que só poderiam ser avaliados e identificados pela Autoridade Europeia de Segurança Alimentar. Mas pela emenda aprovada nesta terça-feira (05/07), os legisladores defenderam a ideia de que os países podem proibir o cultivo invocando motivos ambientais locais ou regionais, como a resistência aos pesticidas, a preservação da biodiversidade local ou a falta de informação sobre consequências da utilização de transgénicos.

Os deputados desejam também que a decisão dos países possa basear-se em critérios socioeconómicos, como o alto custo de manutenção da coexistência de safras tradicionais com safras transgénicas.

Negociação

A proposta votada nesta terça-feira pelo Parlamento Europeu ainda terá de ser negociada e aprovada pelos países membros. Países como Grécia, França, Áustria e Hungria se opõem ao cultivo de transgénicos e até à sua importação. Mas outros, como o Reino Unido, são favoráveis.

Grupos contrários ao uso dos transgénicos receberam com bons olhos a votação. "Nós e uma crescente maioria do público continuamos preocupados com questões sem resposta sobre saúde e meio ambiente sobre safras OGM", disse a conselheira de política agrícola para UE do Greenpeace, Stefanie Hundsdorfer. Já os grupos favoráveis aos transgénicos argumentam que a política da UE prejudica o comércio e aumenta os custos da indústria. Apenas o cultivo de um tipo de milho e de um tipo de batata transgénicos é autorizado na UE. E a maioria dos países não produz nenhuma das duas safras comercialmente.

Neste ano, autoridades concordaram em amenizar as regulações sobre importações de produtos transgénicos, permitindo a entrada de traços em até 0,1% das rações importadas. O movimento foi considerado por alguns lobistas uma espécie de mudança na resistência para uma questão controversa.

Fonte globorural 05-07-2011

 

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