China prende 2000 pessoas em campanha de segurança alimentar
As autoridades chinesas anunciaram que já prenderam 2000 pessoas e encerraram 5000 estabelecimentos comerciais na sequência de uma campanha lançada em Abril em resposta a uma série de escândalos alimentares.

Durante a campanha da Comissão da Segurança Alimentar foram inspeccionados perto de seis milhões de locais de produção e distribuição de alimentos. Uma série de locais “clandestinos” onde se fabricavam produtos alimentares foram também destruídos.

A China, confrontada regularmente com casos graves de segurança alimentar, promete que as pessoas consideradas culpadas serão tratadas com “severidade”. O país anunciou em Setembro do ano passado que a pena de morte seria aplicada para os culpados das infracções mais graves (o país é sistematicamente o que mais execuções realiza no mundo; segundo um relatório divulgado ontem pela organização não governamental Hands of Cain, a China executou 5000 pessoas em 2010 e na primeira metade deste ano).

No pior dos casos mais recentes, em 2008, pelo menos seis bebés morreram e 300 mil ficaram doentes por beberem leite contaminado com melanina. Entre as 21 pessoas julgadas por tráfico do leite contaminado, duas foram condenadas à morte e já executadas.

O escândalo da melanina, acrescentada aos produtos lácteos para que estes parecessem ser mais ricos em proteínas, foi particularmente prejudicial para a confiança dos consumidores, tanto chineses como estrangeiros, já que houve produtos retirados das lojas no mundo inteiro.

Mais recentemente, foram identificados no mercado azeites de cozinha reciclados, ovos com corantes nocivos, cogumelos cancerígenos, tofu contrafeito, vinho adulterado, porco com clenbuterol (um anabolizante) ou noodles de arroz fabricados com grãos podres, vendidos com aditivos potencialmente cancerígenos.

Segundo a BBC, a falta de confiança na segurança dos alimentos está a levar chineses de classe média a investirem na produção própria, com dezenas de quintas a aparecerem pelo país e onde profissionais urbanos ocupam os seus fins-de-semana.

Fonte Público 04-08-2011
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