O cultivo do feijão brasileiro contará com uma boa pitada da ciência. A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança aprovou, nesta quinta-feira, o primeiro produto geneticamente modificado totalmente desenvolvido por instituições públicas nacionais: o feijão transgénico. Foram 15 votos a favor, duas abstenções e cinco pedidos de diligência (necessidade de complementação de informações).
O produto foi desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), durante dez anos de pesquisas. O feijão transgénico é resistente ao vírus do mosaico dourado, que pode provocar a perda de toda a produção do feijão e está presente em todas as regiões produtoras. A previsão é de que as sementes cheguem ao mercado daqui a dois ou três anos.
"São vários os impactos: científicos, ambientais, económicos e para a saúde do trabalhador", comemora Francisco Aragão, pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.
O cultivo de alimentos transgénicos, no entanto, está longe de ser uma unanimidade. A assessora jurídica da ONG Terra de Direitos, Ana Carolina Brolo de Almeida, criticou duramente a aprovação do feijão geneticamente modificado:
"Diante da flagrante ofensa à legislação e ao estado democrático de direito, das ameaças aos produtores e agricultores, da falta de comprovação da segurança do consumo humano, não vemos outra saída que não tomar medidas judicias cabíveis. Já conseguimos anular, em julho, a permissão dada ao milho transgénico. Entre os motivos foi a falta de testes em todos os biomas, e a CTNBio insiste em desrespeitar isso".
Fonte O Globo 15-09-2011
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O cultivo de alimentos transgénicos, no entanto, está longe de ser uma unanimidade. A assessora jurídica da ONG Terra de Direitos, Ana Carolina Brolo de Almeida, criticou duramente a aprovação do feijão geneticamente modificado:
"Diante da flagrante ofensa à legislação e ao estado democrático de direito, das ameaças aos produtores e agricultores, da falta de comprovação da segurança do consumo humano, não vemos outra saída que não tomar medidas judicias cabíveis. Já conseguimos anular, em julho, a permissão dada ao milho transgénico. Entre os motivos foi a falta de testes em todos os biomas, e a CTNBio insiste em desrespeitar isso".
Fonte O Globo 15-09-2011
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