O vírus da estirpe H7N9 da gripe das aves não se transmite entre humanos, diz a Organização Mundial de Saúde (OMS). Não há motivo para pânico, insistem os especialistas, em conferência de imprensa, nesta segunda-feira, em Pequim, China.
A ansiedade entre os chineses tem vindo a aumentar, sobretudo depois de se saber que um pai e um filho de Xangai tinham morrido, apresentando sintomas graves de doença respiratória, e que o número de casos tem vindo a aumentar. São 21, até ao momento, os infectados e seis mortos.
Não há "nenhuma evidência" de transmissão entre seres humanos, insiste Michael O'Leary, representante da OMS na China, reconhecendo que não existe ainda muita informação sobre a estirpe e que o modo como se processa o contágio ainda é um mistério. A OMS já tinha relativizado os riscos de transmissão.
Quanto à gripe aviária mais comum, o vírus H5N1, que já matou mais de 360 pessoas em todo o mundo, entre 2003 e 12 de Março de 2013, os cientistas acreditam que uma mutação do vírus H7N9 não permite a contaminação inter-humana, que poderia desencadear uma pandemia.
Entre as infecções registadas nos últimos dias está a de um homem de Xangai que morreu e os seus dois filhos foram hospitalizados, acabando um por falecer. Mas as análises feitas aos filhos revelaram-se negativas no que diz respeito ao vírus H7N9. "O contexto familiar pode aumentar a possibilidade de transmissão entre humanos, mas os dois casos não foram confirmados por testes de laboratório. Portanto, não há nenhuma evidência de que a transmissão se faz de pessoa para pessoa", defendeu O'Leary, que já elogiou o modo como a China tem enfrentado este problema.
Contudo, os casos que têm sido acompanhados "são muito graves" e "grande parte deles terminam com a morte", reconheceu.
Foi em Xangai, a capital económica chinesa, que ocorrreram quatro das seis mortes. A cidade tem tomado medidas para tentar identificar a estirpe infectante. Depois de se ter fechado os mercados de aves, foi ordenado o abate de dezenas de milhares de aves. Além disso, foi proibida a venda de aves e a circulação de pombos-correio. Os jardins zoológicos com aves também foram fechados.
Todas estas medidas não ajudaram a restaurar a confiança, nomeadamente a dos mercados. O pânico registou-se na sexta-feira, na bolsa, onde os títulos de hotéis e das companhias aéreas Air China e China Southern Airlines caíram e os das empresas do sector de saúde saíram fortalecidos.
"A principal causa da gripe aviária permanece desconhecida, o que pode gerar pânico entre a população e tem um impacto negativo sobre o consumo, que pode afectar as expectativas do mercado", avaliou Shen Jun, analista do BOC International.
Fonte: Público 08-04-2013
Não há "nenhuma evidência" de transmissão entre seres humanos, insiste Michael O'Leary, representante da OMS na China, reconhecendo que não existe ainda muita informação sobre a estirpe e que o modo como se processa o contágio ainda é um mistério. A OMS já tinha relativizado os riscos de transmissão.
Quanto à gripe aviária mais comum, o vírus H5N1, que já matou mais de 360 pessoas em todo o mundo, entre 2003 e 12 de Março de 2013, os cientistas acreditam que uma mutação do vírus H7N9 não permite a contaminação inter-humana, que poderia desencadear uma pandemia.
Entre as infecções registadas nos últimos dias está a de um homem de Xangai que morreu e os seus dois filhos foram hospitalizados, acabando um por falecer. Mas as análises feitas aos filhos revelaram-se negativas no que diz respeito ao vírus H7N9. "O contexto familiar pode aumentar a possibilidade de transmissão entre humanos, mas os dois casos não foram confirmados por testes de laboratório. Portanto, não há nenhuma evidência de que a transmissão se faz de pessoa para pessoa", defendeu O'Leary, que já elogiou o modo como a China tem enfrentado este problema.
Contudo, os casos que têm sido acompanhados "são muito graves" e "grande parte deles terminam com a morte", reconheceu.
Foi em Xangai, a capital económica chinesa, que ocorrreram quatro das seis mortes. A cidade tem tomado medidas para tentar identificar a estirpe infectante. Depois de se ter fechado os mercados de aves, foi ordenado o abate de dezenas de milhares de aves. Além disso, foi proibida a venda de aves e a circulação de pombos-correio. Os jardins zoológicos com aves também foram fechados.
Todas estas medidas não ajudaram a restaurar a confiança, nomeadamente a dos mercados. O pânico registou-se na sexta-feira, na bolsa, onde os títulos de hotéis e das companhias aéreas Air China e China Southern Airlines caíram e os das empresas do sector de saúde saíram fortalecidos.
"A principal causa da gripe aviária permanece desconhecida, o que pode gerar pânico entre a população e tem um impacto negativo sobre o consumo, que pode afectar as expectativas do mercado", avaliou Shen Jun, analista do BOC International.
Fonte: Público 08-04-2013
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