A questão da resistência antimicrobiana em bactérias patogénicas está a ser encarada muito seriamente, com apelos para mais financiamentos para o desenvolvimento de novos medicamentos e medidas para evitar o uso excessivo de antibióticos clinicamente importantes.
Passaram cerca de 45 anos desde que o alarme foi levantado pela primeira vez, mas só agora a ciência começa a responder a algumas das perguntas sobre como a resistência se espalha e por que é tão difícil de resolver.
Um estudo recém-publicado por pesquisadores austríacos revela que os fagos presentes na carne de aves são capazes de transferir genes de resistência entre as bactérias. Os fagos são vírus que infetam as células bacterianas possibilitando a transferência de material genético por um processo chamado de transdução.
No estudo, foram testadas 50 amostras de carne de frango recolhidas em supermercados, tendo sido encontrados fagos capazes de transduzir resistência a tetraciclina, ampicilina, kanamicina, cloranfenicol ou betalactamas de largo espectro, em quase metade das amostras.
Outras descobertas recentes sugerem que a transdução é um mecanismo muito mais freqüente para a propagação da resistência antimicrobiana do que se pensava e é agora considerado um importante motor da evolução bacteriana.
O fato de que os fagos são capazes de transferir resistência, não apenas entre as células da mesma espécie, mas entre espécies diferentes, sendo comuns em frangos na venda a retalho sugere que estes podem ser um fator importante na disseminação da resistência aos antibióticos na cadeia alimentar. Além disso, os fagos são relativamente resistentes a produtos químicos de limpeza, podendo por isso, ser bastante persistente em ambientes de processamento alimentar.
Os pesquisadores deste estudo sugerem que a transferência por fagos pode ser um dos principais motivos pelos quais as iniciativas destinadas a combater a resistência microbiana aos antibióticos têm, até agora, tido pouco sucesso.
Quali 22-05-2015
Um estudo recém-publicado por pesquisadores austríacos revela que os fagos presentes na carne de aves são capazes de transferir genes de resistência entre as bactérias. Os fagos são vírus que infetam as células bacterianas possibilitando a transferência de material genético por um processo chamado de transdução.
No estudo, foram testadas 50 amostras de carne de frango recolhidas em supermercados, tendo sido encontrados fagos capazes de transduzir resistência a tetraciclina, ampicilina, kanamicina, cloranfenicol ou betalactamas de largo espectro, em quase metade das amostras.
Outras descobertas recentes sugerem que a transdução é um mecanismo muito mais freqüente para a propagação da resistência antimicrobiana do que se pensava e é agora considerado um importante motor da evolução bacteriana.
O fato de que os fagos são capazes de transferir resistência, não apenas entre as células da mesma espécie, mas entre espécies diferentes, sendo comuns em frangos na venda a retalho sugere que estes podem ser um fator importante na disseminação da resistência aos antibióticos na cadeia alimentar. Além disso, os fagos são relativamente resistentes a produtos químicos de limpeza, podendo por isso, ser bastante persistente em ambientes de processamento alimentar.
Os pesquisadores deste estudo sugerem que a transferência por fagos pode ser um dos principais motivos pelos quais as iniciativas destinadas a combater a resistência microbiana aos antibióticos têm, até agora, tido pouco sucesso.
Quali 22-05-2015
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