Um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgado esta segunda-feira alerta para o risco de consumir carnes processadas - como bacon, salsichas, fiambre ou presunto - visto que são cancerígenas. A OMS sublinha ainda que as carnes vermelhas são "provavelmente cancerígenas".
Salsichas e bacon estão na mesma categoria que o tabaco e o amianto. E a carne vermelha? É "provavelmente" cancerígena.
A Organização Mundial de Saúde passa assim a classificar as carnes processadas - carnes fumadas, curadas, salgadas ou às quais foram acrescentados conservantes - na categoria 1 da sua lista de substâncias cancerígenas, considerando que existem dados científicos suficientes para concluir que estes alimentos têm um papel no surgimento de cancro no intestino. A mesma categoria inclui outras substâncias com ligações comprovadas ao desenvolvimento de cancro, como o amianto, o arsénico, o tabaco e o álcool.
Apenas 50 gramas por dia de carne processada - o equivalente a menos de duas fatias de bacon, destaca a BBC - são o suficiente para aumentar em 18 por cento o risco de vir a desenvolver cancro colorrectal, de acordo com a pesquisa na qual se baseia a decisão da OMS. Os dados permitem estimar que 34 mil mortes anuais por cancro sejam devidas a um consumo elevado deste tipo de carne.
A OMS classificou ainda as carnes vermelhas na categoria 2A das substâncias cancerígenas, visto que "provavelmente" tem efeitos cancerígenos mas ainda não há investigações científicas suficientes acerca do assunto que permitam afirmá-lo com certeza. A carne vermelha estará ligada ao desenvolvimento de cancro no pâncreas e na próstata.
No entanto, o investigador Kurt Straif, citado no comunicado da Organização Mundial de Saúde, sublinhou que a carne processada não apresenta o mesmo risco que o tabaco, e que o risco depende da frequência com que se consome a substância. "O risco de contrair cancro do intestino devido ao consumo de carne processada permanece pequeno, mas o risco aumenta com a quantidade que se consome", afirmou Kurt Straif.
Por isso, um especialista na investigação do cancro, Tim Key, disse à BBC que a decisão da Organização Mundial de Saíde não significa que se precise de abdicar totalmente do consumo do produto. "Comer uma sanduíche de bacon de vez em quando não vai fazer muito mal - uma dieta saudável requer moderação", disse o investigador da Universidade de Oxford.
Quanto à carne vermelha, a Organização Mundial de Saúde destacou que, embora haja indicação de que esta é "provavelmente" cancerígena, e de que o consumo diário de 100 gramas pode aumentar o risco de cancro em 17 por cento, esta também tem importante valor nutricional, sendo uma fonte de ferro, zinco e vitamina B12.
Fonte DN 26-10-2015
A Organização Mundial de Saúde passa assim a classificar as carnes processadas - carnes fumadas, curadas, salgadas ou às quais foram acrescentados conservantes - na categoria 1 da sua lista de substâncias cancerígenas, considerando que existem dados científicos suficientes para concluir que estes alimentos têm um papel no surgimento de cancro no intestino. A mesma categoria inclui outras substâncias com ligações comprovadas ao desenvolvimento de cancro, como o amianto, o arsénico, o tabaco e o álcool.
Apenas 50 gramas por dia de carne processada - o equivalente a menos de duas fatias de bacon, destaca a BBC - são o suficiente para aumentar em 18 por cento o risco de vir a desenvolver cancro colorrectal, de acordo com a pesquisa na qual se baseia a decisão da OMS. Os dados permitem estimar que 34 mil mortes anuais por cancro sejam devidas a um consumo elevado deste tipo de carne.
A OMS classificou ainda as carnes vermelhas na categoria 2A das substâncias cancerígenas, visto que "provavelmente" tem efeitos cancerígenos mas ainda não há investigações científicas suficientes acerca do assunto que permitam afirmá-lo com certeza. A carne vermelha estará ligada ao desenvolvimento de cancro no pâncreas e na próstata.
No entanto, o investigador Kurt Straif, citado no comunicado da Organização Mundial de Saúde, sublinhou que a carne processada não apresenta o mesmo risco que o tabaco, e que o risco depende da frequência com que se consome a substância. "O risco de contrair cancro do intestino devido ao consumo de carne processada permanece pequeno, mas o risco aumenta com a quantidade que se consome", afirmou Kurt Straif.
Por isso, um especialista na investigação do cancro, Tim Key, disse à BBC que a decisão da Organização Mundial de Saíde não significa que se precise de abdicar totalmente do consumo do produto. "Comer uma sanduíche de bacon de vez em quando não vai fazer muito mal - uma dieta saudável requer moderação", disse o investigador da Universidade de Oxford.
Quanto à carne vermelha, a Organização Mundial de Saúde destacou que, embora haja indicação de que esta é "provavelmente" cancerígena, e de que o consumo diário de 100 gramas pode aumentar o risco de cancro em 17 por cento, esta também tem importante valor nutricional, sendo uma fonte de ferro, zinco e vitamina B12.
Fonte DN 26-10-2015
Comentários: