Intoxicação na Amadora
Sessenta e sete pessoas, entre crianças e adultos, sofreram uma intoxicação alimentar numa escola, num lar e num centro de dia da Santa Casa da Misericórdia da Amadora. Cerca de 500 pessoas poderão ter sido afetadas.

As 67 pessoas com sintomas de intoxicação alimentar foram transportadas para cinco hospitais da Grande Lisboa. Entre as vítimas há cerca de 50 crianças, com idades entre os 5 e os 11 anos.

Segundo o comandante dos Bombeiros Voluntários da Amadora, Mário Conde, os casos foram registados na Escola Luís Madureira, em Alfragide, no Lar de Santo António (localizado no mesmo complexo da escola) e no Centro de Apoio à Terceira Idade do Casal da Mira, na freguesia de Mina de Água.

À chegada do socorro, havia dezenas de crianças sentadas e deitadas no chão, a chorar, queixando-se de dores de barriga, vómitos e diarreia. Também muitos pais acorreram ao local, em alguns casos optando por transportar os filhos ao hospital, o que "atrapalhou a coordenação do socorro", segundo o responsável. "Estava complicado, mas conseguimos organizar os meios e definir prioridades", acrescentou Mário Conde.

Ao que tudo indica, o mesmo caso de intoxicação alimentar que afetou estas instituições terá também sido detetado noutros locais. Cerca de 500 pessoas poderão ter sido afetadas, admitiu Mário Conde, uma vez que, nas duas primeiras instituições afetadas (escola e lar), as refeições de almoço foram fornecidas pela mesma empresa de distribuição, num total de 550 refeições.

Alguns pais revelaram que o almoço foi pescada à brás, havendo a suspeita que o problema advenha dos ovos utilizados na confeção dos pratos.

Cerca das 21 horas, alguns pais dirigiram-se à escola, acompanhados dos filhos após terem alta hospitalar, para saberem se o estabelecimento iria estar a funcionar na quarta-feira.

Em comunicado, a Santa Casa da Misericórdia da Amadora (SCMA) informou que "todas as respostas sociais" da instituição "estarão amanhã, dia 16 de dezembro, em pleno funcionamento".

A instituição explica que, "logo após a refeição do almoço, alguns utentes (crianças e idosos) apresentaram sinais de indisposição" e que "foram enviadas para análise laboratorial as amostras da refeição suspeita".

"Chamados ao local, ASAE e Delegado de Saúde vistoriaram as instalações, não detetando qualquer anomalia. A cozinha mantém-se por isso operacional, sem qualquer tipo de restrição", explica a SCMA.

Para o local foram enviados 30 viaturas e 70 bombeiros, além de outros meios da Proteção Civil, a PSP e o Instituto Nacional de Emergência Médica.

Fonte: JN 15-12-2015

 

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