EUA lançam novo guia alimentar para uma vida saudável
O governo norte-americano divulgou nesta quinta-feira, 7 de janeiro 2016, um novo guia alimentar com informações oficiais sobre o que se constitui uma refeição nutritiva.

As novas Diretrizes Alimentares para Americanos, que são atualizadas a cada cinco anos, ressaltam que a população não deve se preocupar tanto com o colesterol nas suas dietas, que está tudo bem tomar bastante café e que deixar passar o pequeno almoço não é mais considerado uma ameaça à saúde.

A mudança mais notável é que o novo guia derruba o limite rigoroso de colesterol, afastando-se, desta forma, de uma das mais importantes mensagens de saúde pública desde a década de 1960.

Há também várias outras mudanças significativas. Os limites de sal foram flexibilizados, mesmo que ligeiramente, para muitas pessoas. O café também ganhou aprovação oficial pela primeira vez. Enquanto a versão anterior do guia afirmava que não tomar café da manhã estava associado ao excesso de peso, as novas diretrizes não abordam o tema.

As Diretrizes Alimentares para Americanos servem de modelo para a merenda escolar de milhares de crianças e de base das campanhas de saúde pública em todo o país, buscando reduzir as taxas de doenças cardíacas, diabetes e cancro.

O novo guia foi elaborado em meio a dúvidas sobre se as recomendações, publicadas desde 1977, têm sido baseadas em dados científicos sólidos.

Uma das principais críticas é que o guia traz recomendações que posteriormente são vistas como desnecessárias ou exageradas — como é o caso do corte do limite rigoroso de colesterol.

O governo afirma, no entanto, que apesar das mudanças em decorrência dos avanços da ciência, os conselhos incluídos no guia alimentar do país têm permanecido, em grande parte, consistentes ao longo dos anos: consumir mais frutas, legumes e cereais integrais; consumir menos gorduras saturadas, sódio e alimentos com adição de açúcares, como doces e refrigerantes.

Mas a nova versão do documento parece inconsistente em alguns pontos, ou dividido entre novas descobertas e recomendações anteriores.

Um exemplo é o fato de o guia retirar o alerta sobre o consumo diário de colesterol das suas principais recomendações. Em outras partes, no entanto, o documento cita um relatório antigo do Instituto de Medicina e recomenda o menor consumo possível de colesterol para uma alimentação saudável.

O guia alimentar dos EUA também tem sido criticado por não conseguir evitar a epidemia de obesidade no país.

Fonte: 07-01-2015

 

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