O ministro da Agricultura alemão disse esta terça-feira que a contaminação de milhões de ovos com um pesticida foi resultado de uma atividade criminosa.
Os ovos contaminados foram exportados para o mercado europeu, mas não estão à venda em Portugal, segundo adiantou à Lusa fonte da Direção-Geral da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural (DGAV). "É criminoso, isso está claro", disse o ministro Christian Schmidt numa entrevista para um canal alemão, segundo a Reuters.
Schmidt não deu mais detalhes sobre o caso que obrigou a Holanda, a Alemanha e a Bélgica a retirarem certas remessas de ovos das prateleiras dos supermercados.
Na semana passada, o organismo holandês responsável pela segurança alimentar e sanitária (NVWA) lançou um alerta alimentar por suspeita de contaminação de ovos com Fipronil, um pesticida utilizado para eliminar ácaros e insetos.
Em grandes quantidades, o Fipronil é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como "moderadamente tóxico" para o homem. O uso deste pesticida é expressamente proibido em animais destinados ao consumo humano.
Esta segunda-feira, a União Europeia notificou as autoridades de segurança alimentar no Reino Unido, França, Suécia e Suíça sobre a eventual entrada naqueles territórios de lotes de ovos contaminados com o pesticida tóxico.
A Comissão Europeia decidiu avançar com esta medida preventiva depois da Holanda e da Alemanha terem notificado durante o fim de semana o Sistema de Alerta Rápido para os Géneros Alimentícios e Alimentos para Animais (RASFF) da UE.
As autoridades holandesas e belgas estão a investigar a utilização fraudulenta do Fipronil e a tentar perceber como este pesticida terá entrado em contacto com os ovos.
Na Holanda, responsáveis por explorações avícolas poderão ter de abater milhões de galinhas contaminadas com o pesticida tóxico e cerca de 180 explorações foram já encerradas.
O governo de Haia prometeu entretanto um plano de ajuda de emergência, uma vez que o setor estima prejuízos na ordem "dos vários milhões de euros".
Na Bélgica, as autoridades prometem "total transparência" na investigação deste caso. No território belga, 57 sociedades, que representam 86 explorações avícolas (um quarto das explorações belgas), são suspeitas de terem indícios da utilização de Fipronil.
As autoridades belgas já tinham avisado a 20 de julho os parceiros europeus, depois de ter detetado Fipronil numa remessa de ovos, e a Holanda fez o mesmo no dia 28.
No entanto, só na passada quinta-feira, 3 de agosto, é que as autoridades holandesas advertiram de que, em alguns lotes de ovos, a quantidade do pesticida era superior aos limites e poderia representar um perigo para a saúde dos consumidores.
Em França, o Ministério da Agricultura disse no sábado que o país não estava "preocupado" com o caso, mas existem registos que uma exploração avícola em Pas-de-Calais (norte) está encerrada preventivamente desde o passado dia 28 de julho.
Fonte: DN 08-08-2017
Schmidt não deu mais detalhes sobre o caso que obrigou a Holanda, a Alemanha e a Bélgica a retirarem certas remessas de ovos das prateleiras dos supermercados.
Na semana passada, o organismo holandês responsável pela segurança alimentar e sanitária (NVWA) lançou um alerta alimentar por suspeita de contaminação de ovos com Fipronil, um pesticida utilizado para eliminar ácaros e insetos.
Em grandes quantidades, o Fipronil é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como "moderadamente tóxico" para o homem. O uso deste pesticida é expressamente proibido em animais destinados ao consumo humano.
Esta segunda-feira, a União Europeia notificou as autoridades de segurança alimentar no Reino Unido, França, Suécia e Suíça sobre a eventual entrada naqueles territórios de lotes de ovos contaminados com o pesticida tóxico.
A Comissão Europeia decidiu avançar com esta medida preventiva depois da Holanda e da Alemanha terem notificado durante o fim de semana o Sistema de Alerta Rápido para os Géneros Alimentícios e Alimentos para Animais (RASFF) da UE.
As autoridades holandesas e belgas estão a investigar a utilização fraudulenta do Fipronil e a tentar perceber como este pesticida terá entrado em contacto com os ovos.
Na Holanda, responsáveis por explorações avícolas poderão ter de abater milhões de galinhas contaminadas com o pesticida tóxico e cerca de 180 explorações foram já encerradas.
O governo de Haia prometeu entretanto um plano de ajuda de emergência, uma vez que o setor estima prejuízos na ordem "dos vários milhões de euros".
Na Bélgica, as autoridades prometem "total transparência" na investigação deste caso. No território belga, 57 sociedades, que representam 86 explorações avícolas (um quarto das explorações belgas), são suspeitas de terem indícios da utilização de Fipronil.
As autoridades belgas já tinham avisado a 20 de julho os parceiros europeus, depois de ter detetado Fipronil numa remessa de ovos, e a Holanda fez o mesmo no dia 28.
No entanto, só na passada quinta-feira, 3 de agosto, é que as autoridades holandesas advertiram de que, em alguns lotes de ovos, a quantidade do pesticida era superior aos limites e poderia representar um perigo para a saúde dos consumidores.
Em França, o Ministério da Agricultura disse no sábado que o país não estava "preocupado" com o caso, mas existem registos que uma exploração avícola em Pas-de-Calais (norte) está encerrada preventivamente desde o passado dia 28 de julho.
Fonte: DN 08-08-2017
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