Com apoio de outros quatros países, a França pretende propor mudanças nos temas que estão em discussão entre a União Europeia e o Mercosul. Os franceses querem que questões de segurança alimentar sejam incluídas nas rodadas de negociação para um acordo comercial entre os dois blocos.
A tentativa de incluir o tema deve ser apresentada em reunião dos países da comunidade europeia ainda este mês. A ideia é propor uma alteração no mandato que definiu os temas que devem ser negociados entre a união europeia e os países do Mercosul.
— Nos últimos dez anos o mundo mudou e a segurança alimentar passou a ser um tema importante — justificou o embaixador da França no Brasil, Michel Miraillet, que assumiu o posto há apenas um mês.
O embaixador lembra dos problemas ocorridos com a carne brasileira, cujos aspetos sanitários teriam sido colocados em dúvida na operação Carne Franca da Polícia Federal. Para ele, o assunto é da maior importância e precisa ser considerado nas negociações sobre comércio entre os dois blocos.
A comissão da união europeia que participa das negociações atuais vinha defendendo que se chegasse a um acordo ainda em dezembro deste ano. Mas as autoridades francesas, país onde há restrições a importação de produtos agrícolas brasileiros, consideram que não há condições de se fechar um acordo em tão curto tempo.
— Tem que haver um acordo que seja de longo prazo. E tem que ser um acordo ganha-ganha — comentou o embaixador, numa referência a que os dois lados saiam vencedores ao final das negociações.
Ele insistiu, no entanto, que a questão da segurança alimentar deve ser incorporada aos debates. E afirmou que, no caso da carne brasileira, após a revelação sobre problemas na inspeção dos produtos, não se teve notícia do que pode ter sido feito para melhor a qualidade do produto.
— As informações sobre a carne não partiram da comunidade europeia, mas das autoridades brasileiras. Mas o que foi feito depois disso? Nada — afirmou em relação a medidas para assegurar a qualidade dos produtos brasileiros.
Ele ressalvou que a carne brasileira é de boa qualidade, mas deve haver interesse do país em deixar claro os mecanismos de vigilância sanitária.
Fonte: Globo 16/10/2017
— Nos últimos dez anos o mundo mudou e a segurança alimentar passou a ser um tema importante — justificou o embaixador da França no Brasil, Michel Miraillet, que assumiu o posto há apenas um mês.
O embaixador lembra dos problemas ocorridos com a carne brasileira, cujos aspetos sanitários teriam sido colocados em dúvida na operação Carne Franca da Polícia Federal. Para ele, o assunto é da maior importância e precisa ser considerado nas negociações sobre comércio entre os dois blocos.
A comissão da união europeia que participa das negociações atuais vinha defendendo que se chegasse a um acordo ainda em dezembro deste ano. Mas as autoridades francesas, país onde há restrições a importação de produtos agrícolas brasileiros, consideram que não há condições de se fechar um acordo em tão curto tempo.
— Tem que haver um acordo que seja de longo prazo. E tem que ser um acordo ganha-ganha — comentou o embaixador, numa referência a que os dois lados saiam vencedores ao final das negociações.
Ele insistiu, no entanto, que a questão da segurança alimentar deve ser incorporada aos debates. E afirmou que, no caso da carne brasileira, após a revelação sobre problemas na inspeção dos produtos, não se teve notícia do que pode ter sido feito para melhor a qualidade do produto.
— As informações sobre a carne não partiram da comunidade europeia, mas das autoridades brasileiras. Mas o que foi feito depois disso? Nada — afirmou em relação a medidas para assegurar a qualidade dos produtos brasileiros.
Ele ressalvou que a carne brasileira é de boa qualidade, mas deve haver interesse do país em deixar claro os mecanismos de vigilância sanitária.
Fonte: Globo 16/10/2017
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