FODIAC – Food for Diabetes And Cognition
Um projeto de investigação europeu, liderado pelo INL - Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, pretende criar "alimentos funcionais" que melhorarem os níveis de diabetes tipo 2 e a capacidade cognitiva de idosos, anunciou aquela instituição.

A diabetes e o envelhecimento precoce são uma preocupação para muitos de nós. Nesse sentido, um grupo de investigadores do INL – Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, de Braga, lidera um consórcio de entidades de vários países da Europa que, durante os próximos quatro anos, vai desenvolver um programa de investigação científica chamado FODIAC – Food for Diabetes And Cognition, com o objetivo de criar alimentos funcionais capazes de melhorar os níveis de diabetes tipo 2, bem como a capacidade cognitiva da população idosa. O FODIAC é lançado hoje mesmo, 13 de Abril, no INL, em Braga, com a primeira reunião entre todos os parceiros do Projeto, tendo já sido efetuada a respetiva apresentação pública.

Para o Diretor de Ciências da Vida do INL, Lorenzo Pastrana, “trata-se de um programa que pretende, através da alimentação, ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas com idades acima dos 60 anos, tantas vezes afetadas por diversas patologias, estando a diabetes e as disfunções cognitivas entre as mais prevalentes”.

O envelhecimento crescente da população mundial coloca à comunidade científica o desafio de encontrar soluções que ajudem a minimizar os inconvenientes associados a esta tendência demográfica. Seguindo a máxima de Hipócrates: “que o teu alimento seja o teu medicamento”, o FODIAC tem como objetivo primário utilizar a dieta alimentar como veículo de compostos bioativos naturais, para além de também pretender, de forma saudável, recuperar o prazer de comer, tantas vezes afetado pela perda progressiva de capacidade sensorial, em particular gustativa no que se refere a esta investigação, nos mais idosos.

O Projeto FODIAC, financiado por Fundos Europeus, no âmbito das Ações Marie Curie, integra um total de 15 parceiros académicos e do mundo empresarial: INL – Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, Universidade do Minho, Universidade Católica Portuguesa, Universitá Cattolica del Sacro Cuore (Milão, Itália), University of Reading (Reading, Reino Unido), Lunds Universitet (Lund, Suécia), bem como o CSIC – Consejo Superior de Investigaciones Científicas (Espanha), e as empresas Grupo SONAE, Anfaco, A&R House, Bioinicia, Casa Emma, Decorgel, Domus Vi e Evra.

Outro dos aspetos relevantes deste projeto “é a valorização de subprodutos alimentares e a redução do desperdício alimentar, através do desenvolvimento de novas tecnologias que permitam extrair nutrientes, por exemplo, de cascas e sementes de frutos, naturalmente ricos em antioxidantes e que acabam sempre no lixo”, sublinha Lorenzo Pastrana.

Fonte: vila nova online 13-04-2018

 

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