Empresa que revolucionou a produção de alimentos teve imagem arruinada por campanhas de ambientalistas, mas, também, por escândalos em pesquisas científicas.
A Bayer anunciou este mês que abolirá a marca Monsanto até agosto, quando tiver finalizado a compra da empresa por US$ 66 bilhões.
A aquisição, aprovada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, vai resultar na maior companhia de sementes e defensivos do mundo, reunindo sob uma só empresa os negócios com agroquímicos da Bayer e o portfólio de sementes transgénicas da Monsanto.
No processo de construção de seu portfólio, a Monsanto transformou-se numa das corporações mais odiadas do mundo. O seu nome espalhou-se em cartazes de protestos e é frequentemente invocado em argumentos sobre os supostos males de pesticidas e organismos geneticamente modificados.
A decisão de abandonar a marca Monsanto é parte de uma estratégia mais ampla de reconquistar a confiança dos consumidores – disse Liam Condon, presidente da Divisão Agrícola da Bayer durante uma coletiva de imprensa. O diretor-executivo da Bayer, Werner Baumann, afirmou que a companhia redobrará seus esforços para responder aos críticos.
“O ponto mais importante, agora, após mudarmos o nome da empresa, é falar sobre os valores que nortearão a nova companhia”, enfatiza Condon. “Só mudar de nome não resolve muita coisa – temos que explicar aos agricultores, e também aos consumidores, por que a nova empresa é importante para as lavouras e os alimentos, e como isso influencia os consumidores e o meio ambiente”.
“Confirmar o nome Bayer é apenas um passo”, acrescenta. “Claro que é preciso haver muito mais envolvimento com as pessoas”.
Os executivos da Bayer afirmam que é muito cedo para dizer exatamente de que forma este envolvimento irá acontecer. As empresas não se integrarão até que a Bayer se desfaça de unidades de negócios no valor de US$ 9 bilhões, uma das exigências "antitrust" do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
A Monsanto é uma das principais empresa global na produção de defensivos agrícolas e sementes transgénicas, e seus pacotes tecnológicos têm ajudado a aumentar as colheitas e a reduzir problemas com pragas. No entanto, apesar de o negócio a tornar popular entre muitos agricultores, uma série de escândalos arruinou sua imagem com os consumidores.
A empresa é alvo de críticas por parte de ambientalistas, que questionam a segurança de seus transgénicos e defensivos; por académicos, que dizem que a companhia distorce pesquisas científicas; e por agricultores, que alegam ser prejudicados pelo rígido monopólio no fornecimento de sementes modificadas geneticamente.
Recentemente, a Monsanto enfrentou questionamentos sobre a segurança de seu herbicida mais famoso, o Roundup, e os efeitos ambientais indesejados de um outro produto, chamado Dicamba.
“Somos muito orgulhosos pelo que conquistamos através da Monsanto”, disse a porta-voz da empresa, Christi Dixon, “e estamos ansiosos em acelerar a inovação na agricultura, agora sob o comando da Bayer”.
Os críticos da Monsanto dizem que não vão baixar a guarda, mesmo com a empresa passando a operar com um novo nome. Muitos não se surpreenderam com a decisão de abandonar uma marca de 117 anos, que era o sobrenome de solteira da esposa do fundador, John F. Queeny.
“Já esperávamos que a Bayer acabasse com a marca Monsanto por causa da péssima reputação desse nome”, assegura Wenonah Hauter, diretor-executivo da ONG Food & Water Watch, um crítico frequente da empresa. “Mas a não ser que abandonem os produtos e práticas destrutivas da Monsanto, o nome Bayer passará a ser sinónimo de desastre ambiental e ameaça à saúde pública”.
Condon informou que a Bayer pretende manter o quartel-general da Monsanto em St. Louis e os nomes dos produtos da empresa, incluindo o Roundup. A nova companhia, segundo ele, permanecerá focada em pesquisa e desenvolvimento.
Não há evidência que os produtos transgénicos ofereçam qualquer risco à saúde humana. Mas o uso excessivo de defensivos agrícolas, como os que são vendidos pela Monsanto para suas lavouras transgénicas, está relacionado a danos ambientais e ao aumento da resistência a herbicidas.
Fonte: Gazeta
A aquisição, aprovada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, vai resultar na maior companhia de sementes e defensivos do mundo, reunindo sob uma só empresa os negócios com agroquímicos da Bayer e o portfólio de sementes transgénicas da Monsanto.
No processo de construção de seu portfólio, a Monsanto transformou-se numa das corporações mais odiadas do mundo. O seu nome espalhou-se em cartazes de protestos e é frequentemente invocado em argumentos sobre os supostos males de pesticidas e organismos geneticamente modificados.
A decisão de abandonar a marca Monsanto é parte de uma estratégia mais ampla de reconquistar a confiança dos consumidores – disse Liam Condon, presidente da Divisão Agrícola da Bayer durante uma coletiva de imprensa. O diretor-executivo da Bayer, Werner Baumann, afirmou que a companhia redobrará seus esforços para responder aos críticos.
“O ponto mais importante, agora, após mudarmos o nome da empresa, é falar sobre os valores que nortearão a nova companhia”, enfatiza Condon. “Só mudar de nome não resolve muita coisa – temos que explicar aos agricultores, e também aos consumidores, por que a nova empresa é importante para as lavouras e os alimentos, e como isso influencia os consumidores e o meio ambiente”.
“Confirmar o nome Bayer é apenas um passo”, acrescenta. “Claro que é preciso haver muito mais envolvimento com as pessoas”.
Os executivos da Bayer afirmam que é muito cedo para dizer exatamente de que forma este envolvimento irá acontecer. As empresas não se integrarão até que a Bayer se desfaça de unidades de negócios no valor de US$ 9 bilhões, uma das exigências "antitrust" do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
A Monsanto é uma das principais empresa global na produção de defensivos agrícolas e sementes transgénicas, e seus pacotes tecnológicos têm ajudado a aumentar as colheitas e a reduzir problemas com pragas. No entanto, apesar de o negócio a tornar popular entre muitos agricultores, uma série de escândalos arruinou sua imagem com os consumidores.
A empresa é alvo de críticas por parte de ambientalistas, que questionam a segurança de seus transgénicos e defensivos; por académicos, que dizem que a companhia distorce pesquisas científicas; e por agricultores, que alegam ser prejudicados pelo rígido monopólio no fornecimento de sementes modificadas geneticamente.
Recentemente, a Monsanto enfrentou questionamentos sobre a segurança de seu herbicida mais famoso, o Roundup, e os efeitos ambientais indesejados de um outro produto, chamado Dicamba.
“Somos muito orgulhosos pelo que conquistamos através da Monsanto”, disse a porta-voz da empresa, Christi Dixon, “e estamos ansiosos em acelerar a inovação na agricultura, agora sob o comando da Bayer”.
Os críticos da Monsanto dizem que não vão baixar a guarda, mesmo com a empresa passando a operar com um novo nome. Muitos não se surpreenderam com a decisão de abandonar uma marca de 117 anos, que era o sobrenome de solteira da esposa do fundador, John F. Queeny.
“Já esperávamos que a Bayer acabasse com a marca Monsanto por causa da péssima reputação desse nome”, assegura Wenonah Hauter, diretor-executivo da ONG Food & Water Watch, um crítico frequente da empresa. “Mas a não ser que abandonem os produtos e práticas destrutivas da Monsanto, o nome Bayer passará a ser sinónimo de desastre ambiental e ameaça à saúde pública”.
Condon informou que a Bayer pretende manter o quartel-general da Monsanto em St. Louis e os nomes dos produtos da empresa, incluindo o Roundup. A nova companhia, segundo ele, permanecerá focada em pesquisa e desenvolvimento.
Não há evidência que os produtos transgénicos ofereçam qualquer risco à saúde humana. Mas o uso excessivo de defensivos agrícolas, como os que são vendidos pela Monsanto para suas lavouras transgénicas, está relacionado a danos ambientais e ao aumento da resistência a herbicidas.
Fonte: Gazeta
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