Pediatras da Academia Americana vêm alertar para os perigos da exposição excessiva dos mais pequenos aos aditivos que se juntam à comida e que existem nas embalagens de plástico ou em latas.
Não é de agora a notícia de que a comida processada e embalada em plástico representa um perigo para a saúde. Mas é de agora a mensagem que um grupo de médicos da Academia Americana de Pediatria decidiu espalhar pelas famílias de todo o mundo. Pedem eles que se limite o uso de embalagens de plástico, se diminua a ingestão de carne processada durante a gravidez e se consuma mais frutas e vegetais do que alimentos processados. Com estas medidas, consegue-se que as crianças estejam menos expostas aos químicos utilizados pela indústria alimentar, que se podem relacionar com problemas de saúde, como a obesidade. Com estas declarações, os pediatras aliam-se a outros profissionais que já vieram pôr em causa alguns aditivos químicos, por interferirem com o sistema hormonal, a ponto de poder afetar um equilibrado desenvolvimento infantil.
Os químicos que geram maior preocupação aos pediatras são os nitratos e nitritos, utilizados como conservantes em produtos à base de carne, como os enchidos. Mas também os flalatos, que se adicionam ao plástico para o tornar mais maleável, ou o bisfenol, usado na liga de metal das latas. E ainda os compostos perfluorados e os percloratos, ambos presentes nos materiais das embalagens de comida. Todos eles são químicos importantes e estudados para garantir a integridade da comida, o seu transporte seguro e um correto armazenamento, quando não se ultrapassam os níveis adequados de exposição.
As crianças, porém, estão mais vulneráveis aos seus possíveis efeitos nocivos, porque, por norma, ingerem uma quantidade maior de comida, quando se estabelece a relação com o seu peso. Ao mesmo tempo, o sistema metabólico e outros órgãos vitais ainda estão em maturação. Muitos destes aditivos acabam por interferir no sistema hormonal por imitação ou bloqueio das ações responsáveis pelo desenvolvimento cerebral, dos órgãos sexuais e das funções metabólicas.
Ao mesmo tempo que os pediatras alertam as famílias para estes potenciais perigos, um grupo de cientistas da Universidade da Califórnia, em São Francisco, detetou dezenas de ácidos orgânicos no sangue de mulheres grávidas, em quem experimentavam um novo teste sanguíneo. Um deles é o bisfenol, conhecido também por ser um disruptor hormonal - pode interferir com o normal desenvolvimento do feto.
A boa notícia é que se torna fácil evitar o contacto com estes compostos potencialmente nocivos. O pediatra Leonardo Trasande, o líder deste alerta aos pais, recomenda que se evite a comida de lata, pois assim "reduz-se eficazmente a exposição ao bisfenol em geral". Ao fugir-se dos alimentos processados e embalados escapa-se também aos ftalatos.
De uma forma mais prática, aconselham a que se dê preferência à fruta e legumes frescos ou congelados, se evite as carnes processadas, especialmente durante a gravidez, não se aqueça comida ou bebida em embalagens de plástico no micro-ondas, nem se as lave na máquina, e se opte por alternativas como o vidro. Afinal, nem parece assim tão difícil...
Fonte: Visão 24-07-2017
Os químicos que geram maior preocupação aos pediatras são os nitratos e nitritos, utilizados como conservantes em produtos à base de carne, como os enchidos. Mas também os flalatos, que se adicionam ao plástico para o tornar mais maleável, ou o bisfenol, usado na liga de metal das latas. E ainda os compostos perfluorados e os percloratos, ambos presentes nos materiais das embalagens de comida. Todos eles são químicos importantes e estudados para garantir a integridade da comida, o seu transporte seguro e um correto armazenamento, quando não se ultrapassam os níveis adequados de exposição.
As crianças, porém, estão mais vulneráveis aos seus possíveis efeitos nocivos, porque, por norma, ingerem uma quantidade maior de comida, quando se estabelece a relação com o seu peso. Ao mesmo tempo, o sistema metabólico e outros órgãos vitais ainda estão em maturação. Muitos destes aditivos acabam por interferir no sistema hormonal por imitação ou bloqueio das ações responsáveis pelo desenvolvimento cerebral, dos órgãos sexuais e das funções metabólicas.
Ao mesmo tempo que os pediatras alertam as famílias para estes potenciais perigos, um grupo de cientistas da Universidade da Califórnia, em São Francisco, detetou dezenas de ácidos orgânicos no sangue de mulheres grávidas, em quem experimentavam um novo teste sanguíneo. Um deles é o bisfenol, conhecido também por ser um disruptor hormonal - pode interferir com o normal desenvolvimento do feto.
A boa notícia é que se torna fácil evitar o contacto com estes compostos potencialmente nocivos. O pediatra Leonardo Trasande, o líder deste alerta aos pais, recomenda que se evite a comida de lata, pois assim "reduz-se eficazmente a exposição ao bisfenol em geral". Ao fugir-se dos alimentos processados e embalados escapa-se também aos ftalatos.
De uma forma mais prática, aconselham a que se dê preferência à fruta e legumes frescos ou congelados, se evite as carnes processadas, especialmente durante a gravidez, não se aqueça comida ou bebida em embalagens de plástico no micro-ondas, nem se as lave na máquina, e se opte por alternativas como o vidro. Afinal, nem parece assim tão difícil...
Fonte: Visão 24-07-2017
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