Um grupo de cientistas da Universidade de Yale, nos EUA, fez uma descoberta que pode revolucionar a forma como nos relacionamos com a comida. Acidentalmente, num estudo aplicado a ratos, encontraram uma forma de bloquear determinados "vasos linfáticos" para que não se engorde ao comer em excesso.
Anne Eichmann e Feng Zang são os responsáveis pela investigação que pretendia estudar ratos com obesidade mórbida. Com a ajuda de medicamentos, os cientistas bloquearam alguns vasos linfáticos, mas o resultado não foi o esperado. Mesmo com uma dieta rica em gordura, os animais mantiveram o peso inicial.
O estudo foi travado para perceber o processo que evitou que os ratos ratos engordassem. Mais tarde, a investigação levou-os a dois genes que se tinham modificado no intestino dos ratos. Alguns "vasos linfáticos capilares" tinham sido destruídos, evitando o aumento de peso. "Criamos um rato que come gordura mas não engorda", concluiu Eichman.
De acordo com o artigo publicado na revista científica "Science", os linfáticos capilares atuam como porta de entrada dos ácidos gordos, permitindo que estes sigam para a corrente sanguínea, convertendo-se em energia ou em gordura. Com a modificação provocada nos vasos linfáticos dos intestinos, os ratos deixaram de absorver a gordura e passaram a excretá-la.
Apesar de os cientistas excluírem a possibilidade de aplicar a mesma técnica em humanos, o resultado pode abrir portas para que no futuro se iniba a entrada de gordura na corrente sanguínea dos seres humanos. Para além das dificuldades científicas em alcançar este objetivo, a componente ética poderá ser um travão no avanço científico.
Um medicamento que inibe este processo já se encontra presente num medicamento para o glaucoma, que poderá agora ser analisado, para testar resultados no tratamento de obesidade.
Fonte: jn 13-08-2018
O estudo foi travado para perceber o processo que evitou que os ratos ratos engordassem. Mais tarde, a investigação levou-os a dois genes que se tinham modificado no intestino dos ratos. Alguns "vasos linfáticos capilares" tinham sido destruídos, evitando o aumento de peso. "Criamos um rato que come gordura mas não engorda", concluiu Eichman.
De acordo com o artigo publicado na revista científica "Science", os linfáticos capilares atuam como porta de entrada dos ácidos gordos, permitindo que estes sigam para a corrente sanguínea, convertendo-se em energia ou em gordura. Com a modificação provocada nos vasos linfáticos dos intestinos, os ratos deixaram de absorver a gordura e passaram a excretá-la.
Apesar de os cientistas excluírem a possibilidade de aplicar a mesma técnica em humanos, o resultado pode abrir portas para que no futuro se iniba a entrada de gordura na corrente sanguínea dos seres humanos. Para além das dificuldades científicas em alcançar este objetivo, a componente ética poderá ser um travão no avanço científico.
Um medicamento que inibe este processo já se encontra presente num medicamento para o glaucoma, que poderá agora ser analisado, para testar resultados no tratamento de obesidade.
Fonte: jn 13-08-2018
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