Persistem as dúvidas
quanto à segurança para os seres humanos da substância usada no fabrico
de plásticos.
A Agência Europeia de Segurança Alimentar acelerou há dias o pedido de contributo científico dos países sobre o bisfenol-A e os riscos para a saúde, em particular de bebés. A presença da substância em biberões é dos factores que mais alarme cria nos consumidores.
A Agência Europeia de Segurança Alimentar acelerou há dias o pedido de contributo científico dos países sobre o bisfenol-A e os riscos para a saúde, em particular de bebés. A presença da substância em biberões é dos factores que mais alarme cria nos consumidores.
Está provado e aceite
pela ciência e pelas autoridades zeladoras da segurança em saúde que o
bisfenol-A entra na categoria dos disruptores endócrinos, substâncias
que desregulam as funções hormonais. Mas essa prova diz respeito, por
enquanto, a pequenos seres vivos. Ainda não houve estudos de
laboratório que as autoridades considerassem com amostra e significado
suficientes para reconhecerem danos na saúde humana com origem na
contaminação de alimentos por esse componente de plásticos.
Em ratinhos, apesar dos efeitos na próstata, sistema circulatório e da indução de diabetes, foram postos em causa o número restrito de cobaias, a relação entre peso do corpo e substância inoculada, bem como a diferente capacidade excretora do sistema urinário entre cobaias e pessoas. Não é aplicável a humanos, tem sido afirmado pelas entidades reguladoras, nomeadamente dos EUA e da Europa.
Ainda assim, este componente de plásticos já foi objecto de restrições ao uso, nomeadamente no Canadá, em dois ou três estados norte-americanos, em especial no que toca ao fabrico de biberões. Neste capítulo, aliás, muitas marcas conhecidas já têm linhas de biberões e chuchas para bebés isentas de bisfenol-A. Imperou o princípio da precaução.
Na Europa, tem estado sobretudo em causa a determinação da dose diária admissível de bisfenol-A que entre no organismo humano sem causar problemas de saúde. E a saúde infantil tem estado no centro dessa atenção.
Os estudos pelos quais a Agência Europeia de Segurança Alimentar se vem guiando sucessivamente desde há cerca de uma década vêm reduzindo a dose de ingestão diária de bisfenol-A. A mais recente está fixada em 0,05 miligramas por quilo de peso e por dia para os bebés e crianças.
Fundamentando-se em estudos, a Agência Europeia para a Segurança Alimentar afiança que seria preciso uma criança beber mais de quatro vezes a quantidade de leite que consome através de biberão num dia para começar a receber no organismo teores de bisfenol-A capazes de actuarem como disruptores do seu sistema hormonal. Assim, a actualização da lista positiva das substâncias químicas autorizada para 2010 na União Europeia continua a integrar este constituinte de muitos objectos de plástico.
O uso deste material de contacto com os alimentos continua sob a mira das autoridades europeias. Em Outubro último, a Agência Europeia de Segurança Alimentar recebeu da Comissão Europeia um pedido para que avaliasse cientificamente eventuais efeitos do bisfenol-A no desenvolvimento neurológico, tendo em conta estudos americanos e a decisão do governo canadiano em proibir os biberões de policarbonato. Agora, aquela agência, que se comprometeu a um relatório para Maio, pede aos 27 países que contribuam com novos conhecimentos até começo de Abril.
Fonte: JN
Em ratinhos, apesar dos efeitos na próstata, sistema circulatório e da indução de diabetes, foram postos em causa o número restrito de cobaias, a relação entre peso do corpo e substância inoculada, bem como a diferente capacidade excretora do sistema urinário entre cobaias e pessoas. Não é aplicável a humanos, tem sido afirmado pelas entidades reguladoras, nomeadamente dos EUA e da Europa.
Ainda assim, este componente de plásticos já foi objecto de restrições ao uso, nomeadamente no Canadá, em dois ou três estados norte-americanos, em especial no que toca ao fabrico de biberões. Neste capítulo, aliás, muitas marcas conhecidas já têm linhas de biberões e chuchas para bebés isentas de bisfenol-A. Imperou o princípio da precaução.
Na Europa, tem estado sobretudo em causa a determinação da dose diária admissível de bisfenol-A que entre no organismo humano sem causar problemas de saúde. E a saúde infantil tem estado no centro dessa atenção.
Os estudos pelos quais a Agência Europeia de Segurança Alimentar se vem guiando sucessivamente desde há cerca de uma década vêm reduzindo a dose de ingestão diária de bisfenol-A. A mais recente está fixada em 0,05 miligramas por quilo de peso e por dia para os bebés e crianças.
Fundamentando-se em estudos, a Agência Europeia para a Segurança Alimentar afiança que seria preciso uma criança beber mais de quatro vezes a quantidade de leite que consome através de biberão num dia para começar a receber no organismo teores de bisfenol-A capazes de actuarem como disruptores do seu sistema hormonal. Assim, a actualização da lista positiva das substâncias químicas autorizada para 2010 na União Europeia continua a integrar este constituinte de muitos objectos de plástico.
O uso deste material de contacto com os alimentos continua sob a mira das autoridades europeias. Em Outubro último, a Agência Europeia de Segurança Alimentar recebeu da Comissão Europeia um pedido para que avaliasse cientificamente eventuais efeitos do bisfenol-A no desenvolvimento neurológico, tendo em conta estudos americanos e a decisão do governo canadiano em proibir os biberões de policarbonato. Agora, aquela agência, que se comprometeu a um relatório para Maio, pede aos 27 países que contribuam com novos conhecimentos até começo de Abril.
Fonte: JN
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