A congénere norte-americana do Infarmed, a FDA, recomendou a suspensão temporária da vacina para crianças Rotarix, que previne o rotavírus, devido à presença de um vírus porcino, embora a segurança do tratamento não esteja posta em causa.
O rotavírus é uma causa frequente de diarreia aguda e vómitos em bebés e crianças pequenas.
A FDA cita a presença de ADN circovírus tipo 1 (PCV1) na vacina, que, no entanto, não é conhecido por causar doenças nos humanos. Na Europa, foi decidido não tomar acções imediatas, por não haver riscos para a saúde pública.
"Não há provas nesta altura de que esta descoberta coloca em risco a segurança porque as provas existentes apoiam a segurança do Rotarix e não há necessidade de acompanhamento dos pacientes que foram vacinados", indica a nota da FDA.
O Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento) informou hoje que a Agência Europeia do Medicamento (EMA) foi notificada pela empresa fabricante da “presença não prevista de uma estirpe viral não patogénica em alguns lotes desta vacina”.
Numa primeira avaliação desta informação, o Comité de Medicamentos de Uso Humano da EMA considerou não existirem motivos para qualquer acção imediata e não há risco para a saúde pública.
“O vírus não patogénico encontrado nestes lotes da vacina está habitualmente presente em carne e outros produtos alimentares, não causando qualquer tipo de doença em animais e humanos”, referiu o Infarmed, numa nota enviada aos meios de comunicação social, acrescentando que também continuará a acompanhar a situação.
A vacina Rotarix, que foi autorizada em Fevereiro de 2006 pela EMA e está disponível em Portugal, é administrada por via oral a crianças a partir das seis semanas para prevenir gastroenterites (diarreia e vómitos) devido a infecção por rotavírus. A vacinação contra o rotavírus não faz parte porém do Plano Nacional de Vacinação português.
A Lusa tentou contactar, sem sucesso, a empresa fabricante da vacina, a GlaxoSmithKline (GSK).
Fonte Lusa
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