O Dia Mundial da Saúde assinalou-se no passado dia 07 de Março sob o lema "1000 cidades, 1000 vidas" e pretendeu alertar para os efeitos da urbanização sobre a saúde das populações, com a realização de eventos em várias partes do mundo.
"Os sítios onde moramos podem facilitar ou dificultar a adoção de estilos de vida mais saudáveis", disse à agência Lusa Vanessa Candeias, do Departamento das Doenças Crónicas e Promoção da Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo Vanessa Candeias, nutricionista, a adoção de padrões alimentares mais saudáveis e de um estilo de vida mais activo "não depende apenas da responsabilidade do indivíduo, nem somente da sua vontade ou motivação pessoal".
"O ambiente e os locais onde as pessoas vivem e trabalham influenciam os seus estilos de vida, os hábitos alimentares, os padrões de transporte, a regularidade da actividade física e, consequentemente, a saúde das pessoas", sublinhou.
No seu dia a dia, as pessoas encontram barreiras à adoção de estilos de vida mais saudáveis, nomeadamente o preço dos alimentos e a inexistência de fruta, legumes e hortaliças nas cantinas dos locais de trabalho ou nas escolas, exemplificou.
Por outro lado, acrescentou, a "insegurança nas estradas que impossibilita caminhar até à escola ou passear a pé pelas cidades, demasiada poluição ou a inexistência de um local para tomar duche e trocar de roupa para quem gostaria de ir de bicicleta para o emprego" também constituem barreiras para um vida mais saudável.
"Se no planeamento das cidades se procurar ultrapassar algumas destas barreiras de modo a que, no ambiente em que os indivíduos vivem, as opções saudáveis sejam fáceis de adotar por todos, isso pode contribuir significativamente para a melhoria da saúde de quem mora nessas localidades", sustentou à Lusa.
A especialista da OMS salientou que existem várias iniciativas de promoção de alimentação e de hábitos alimentares que resultaram em benefícios para a saúde das populações, mas, defendeu, "é preciso fazer ainda mais para que as cidades sejam cada vez mais locais onde ter um estilo de vida saudável é fácil e acessível a todos".
Como "exemplo" de sucesso, Vanessa Candeias deu o da construção de 260 quilómetros de "Ciclovias" em Bogotá, na Colômbia: foi uma intervenção iniciada em 1995 que tinha como principal objetivo promover modos de transporte não motorizados e melhorar a rede de transportes públicos.
Todos os domingos cerca de 120 quilómetros de estradas da cidade são fechados a veículos motorizados.
"Os resultados desta iniciativa mostram por exemplo que a percentagem de pessoas que usam o carro como modo de transporte em hora de ponta reduziu de 17 para 12 por cento", contou.
FONTE LUSA
Segundo Vanessa Candeias, nutricionista, a adoção de padrões alimentares mais saudáveis e de um estilo de vida mais activo "não depende apenas da responsabilidade do indivíduo, nem somente da sua vontade ou motivação pessoal".
"O ambiente e os locais onde as pessoas vivem e trabalham influenciam os seus estilos de vida, os hábitos alimentares, os padrões de transporte, a regularidade da actividade física e, consequentemente, a saúde das pessoas", sublinhou.
No seu dia a dia, as pessoas encontram barreiras à adoção de estilos de vida mais saudáveis, nomeadamente o preço dos alimentos e a inexistência de fruta, legumes e hortaliças nas cantinas dos locais de trabalho ou nas escolas, exemplificou.
Por outro lado, acrescentou, a "insegurança nas estradas que impossibilita caminhar até à escola ou passear a pé pelas cidades, demasiada poluição ou a inexistência de um local para tomar duche e trocar de roupa para quem gostaria de ir de bicicleta para o emprego" também constituem barreiras para um vida mais saudável.
"Se no planeamento das cidades se procurar ultrapassar algumas destas barreiras de modo a que, no ambiente em que os indivíduos vivem, as opções saudáveis sejam fáceis de adotar por todos, isso pode contribuir significativamente para a melhoria da saúde de quem mora nessas localidades", sustentou à Lusa.
A especialista da OMS salientou que existem várias iniciativas de promoção de alimentação e de hábitos alimentares que resultaram em benefícios para a saúde das populações, mas, defendeu, "é preciso fazer ainda mais para que as cidades sejam cada vez mais locais onde ter um estilo de vida saudável é fácil e acessível a todos".
Como "exemplo" de sucesso, Vanessa Candeias deu o da construção de 260 quilómetros de "Ciclovias" em Bogotá, na Colômbia: foi uma intervenção iniciada em 1995 que tinha como principal objetivo promover modos de transporte não motorizados e melhorar a rede de transportes públicos.
Todos os domingos cerca de 120 quilómetros de estradas da cidade são fechados a veículos motorizados.
"Os resultados desta iniciativa mostram por exemplo que a percentagem de pessoas que usam o carro como modo de transporte em hora de ponta reduziu de 17 para 12 por cento", contou.
FONTE LUSA
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