Foi realizado um estudo em seis regiões portuguesas que lançou um alerta para o facto de uma substância química (ocratoxina) presente no pão, produzida por fungos, ser tóxica para os rins e para o fígado e poder levar ao surgimento de cancro se ingerida de forma contínua em baixos níveis.
A investigação permitiu encontrar a Ocratoxina em alguns tipos de pão consumidos pelos portugueses. Do trabalho desenvolvido constatou-se que o teor desta substância é mais elevado no pão de milho, de centeio e integral do que no pão de trigo.
O estudo que comprova a existência desta toxina prejudicial à saúde foi realizado no Porto, no Alentejo, no Algarve, em Lisboa, Coimbra e Bragança. E em duas estações do ano (Inverno de 2007 e Verão de 2008). Envolveu o Centro de Estudos Farmacêuticos da Universidade de Coimbra, o Instituto Superior de Engenharia do Porto, o Serviço de Bromatologia da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto e o Instituto Politécnico de Bragança.
A principal conclusão é a de que "a ingestão contínua em baixos níveis" pode acarretar "riscos, nomeadamente devido ao potencial nefrotóxico, hepatotóxico e carcinogénico desta substância". Isto apesar da "ingestão estimada parecer não constituir um problema para a saúde do consumidor".
Em suma, o estudo é claro ao indicar a presença da substância com "potencialidade tóxica para rins, fígado e aparecimento de cancros".
O trabalho que visa estudar a exposição da população portuguesa à Ocratoxina A está, ainda, em fase laboratorial. A equipa avaliou os teores desta substância química tóxica no pão de trigo e broa em 517 amostras, mas também analisou a sua prevalência na urina (num total de 364 amostras), por ser "a única forma de perceber se esta toxina é prejudicial à saúde humana", explica um comunicado.
"Os primeiros resultados obtidos até ao momento indicam que, de forma global, os diferentes tipos de pão analisados registam a presença da Ocratoxina, muito embora o pão de milho, de centeio e integral apresentem teores mais elevados do que o pão de trigo", destaca-se, igualmente. Além disso, "em relação à urina, constatou-se uma contaminação com Ocratoxina praticamente generalizada em todos os casos investigados".
Perante os riscos revelados pela investigação já realizada, a equipa destaca a necessidade de promover estudos adicionais de vigilância para assegurar o bem-estar na saúde pública entre a população portuguesa.
Quantos aos números que sustentam as conclusões, no caso do pão de trigo, a frequência de contaminação das amostras é de 60 a 89% nos resultados do Inverno de 2007, e de 81/100% nos do Verão de 2008.
Na broa, a frequência é de 69,6/95,7% no primeiro caso e de 85,7/100% no segundo.
Os números relativos à urina são de 72,1/96,7% nos resultados de 2007, e de 57,9/100% nos de 2008.
LUSA 22-04-2010
O estudo que comprova a existência desta toxina prejudicial à saúde foi realizado no Porto, no Alentejo, no Algarve, em Lisboa, Coimbra e Bragança. E em duas estações do ano (Inverno de 2007 e Verão de 2008). Envolveu o Centro de Estudos Farmacêuticos da Universidade de Coimbra, o Instituto Superior de Engenharia do Porto, o Serviço de Bromatologia da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto e o Instituto Politécnico de Bragança.
A principal conclusão é a de que "a ingestão contínua em baixos níveis" pode acarretar "riscos, nomeadamente devido ao potencial nefrotóxico, hepatotóxico e carcinogénico desta substância". Isto apesar da "ingestão estimada parecer não constituir um problema para a saúde do consumidor".
Em suma, o estudo é claro ao indicar a presença da substância com "potencialidade tóxica para rins, fígado e aparecimento de cancros".
O trabalho que visa estudar a exposição da população portuguesa à Ocratoxina A está, ainda, em fase laboratorial. A equipa avaliou os teores desta substância química tóxica no pão de trigo e broa em 517 amostras, mas também analisou a sua prevalência na urina (num total de 364 amostras), por ser "a única forma de perceber se esta toxina é prejudicial à saúde humana", explica um comunicado.
"Os primeiros resultados obtidos até ao momento indicam que, de forma global, os diferentes tipos de pão analisados registam a presença da Ocratoxina, muito embora o pão de milho, de centeio e integral apresentem teores mais elevados do que o pão de trigo", destaca-se, igualmente. Além disso, "em relação à urina, constatou-se uma contaminação com Ocratoxina praticamente generalizada em todos os casos investigados".
Perante os riscos revelados pela investigação já realizada, a equipa destaca a necessidade de promover estudos adicionais de vigilância para assegurar o bem-estar na saúde pública entre a população portuguesa.
Quantos aos números que sustentam as conclusões, no caso do pão de trigo, a frequência de contaminação das amostras é de 60 a 89% nos resultados do Inverno de 2007, e de 81/100% nos do Verão de 2008.
Na broa, a frequência é de 69,6/95,7% no primeiro caso e de 85,7/100% no segundo.
Os números relativos à urina são de 72,1/96,7% nos resultados de 2007, e de 57,9/100% nos de 2008.
LUSA 22-04-2010
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