No seguimento de informação fornecida por operadores do sector das uvas de mesa que contêm resíduos do pesticida clormequato, a Comissão Europeia solicitou aconselhamento científico da EFSA sobre os possíveis riscos para a saúde pública.
Num comunicado publicado hoje, os peritos da EFSA referem que se a concentração do clormequato em uvas não exceder o limite de 1.06 miligramas por kilograma (nível mais elevado de resíduos de pesticida que não exceda a dose de referência aguda (DAR) para nenhum dos grupos de consumidores) não é provável que comporte risco a curto prazo para a saúde pública.O uso do pesticida clormequato não é permitido na União Europeia para aplicação em uvas.
Contudo, os peritos afirmam que as crianças nos países da União Europeia com níveis de consumo mais elevado de uvas de mesa, seriam o grupo mais exposto. Se as crianças comerem, de uma só vez, uma grande quantidade de uvas que contenham clormequato a níveis acima de 1.06 mg/kg, não será de excluir o risco para a saúde (estimativa baseada no consumo de 13.1 gramas de uvas por kilograma de peso corporal - o consumo mais elevado de uvas detectado nos estudos alimentares europeus).
A EFSA especificou ainda que os sintomas agudos incluem irritação na boca ou garganta, vómitos, náusea, dores abdominais e dor de cabeça.
A EFSA referiu, ainda, que este limite não deve ser entendido como uma recomendação para a alteração do Nível Máximo de Resíduo (LMR), pois é um resultado de uma avaliação de risco para um caso específico e foi realizado apenas para suporte dos decisores da União Europeia na gestão de possíveis riscos de saúde.
http://www.efsa.europa.eu/en/press/news/praper100423.htm
EFSA 23-04-2010
Comentários: