Há quem lhe chame Frankensalmon, por analogia com Frankenstein. Mas talvez essa analogia seja exagerada. Facto é que, segundo informa o New York Times de 25/6/2010, uma empresa norte-americana, a AquaBounty Technologies, espera para breve a aprovação pela agência norte-americana do sector dos alimentos, a Food and Drug Administration – FDA, de um salmão transgénico.
Esse peixe, baptizado de AquaAdvantage, não passa de um vulgar exemplar como há nas águas frias do Atlântico, pois tem o mesmo aspecto e o mesmo sabor. Mas oferece aos seus produtores uma enorme vantagem relativamente ao salmão comum: cresce em metade do tempo. O crescimento rápido do salmão consegue-se por adição de duas “peças” genéticas, provenientes de outros peixes, um é o gene de uma hormona de crescimento fornecido por um “primo” mais avantajado, e outra é um interruptor genético que vem de um “parente” mais afastado.
Já foram passadas as primeiras fases do processo de aprovação pela FDA, pelo que a chegada do novo salmão ao prato está mais próxima. Mas o tema dos transgénicos é controverso, não só nos Estados Unidos como em todo o mundo. No mercado existem vários transgénicos vegetais, que, nalguns casos, entram em rações de gado, mas o salmão é um dos primeiros transgénicos animais para consumo humano directo.
A oposição a todos eles é liderada por movimentos ecologistas, que expressam alto e bom som os seus receios. Acentuam o desconhecimento que existe a respeito de espécies com elementos artificiais e invocam o princípio da precaução. A maioria da opinião pública está com eles, o que não admira dado ser normal o medo do que é invisível (os genes não se vêem a olho nu!) e do que é desconhecido (serão os organismos modificados danosos?). Na Europa a discussão sobre os transgénicos tem sido muito viva e a Comissão Europeia, depois há pouco tempo ter autorizado o cultivo de algumas novas espécies, como a batata da BASF, quer passar a “batata quente” para os estados membros, permitindo que cada um deles regule o assunto a seu bel-prazer.
Por seu lado, os defensores dos alimentos transgénicos sustentam que a qualidade do produto é rigorosamente a mesma (o novo salmão contém os mesmos nutrientes, como as gorduras ómega-3, que diminuem os riscos cardiovasculares). Que é possível evitar cruzamentos com outras espécies (os peixes transgénicos crescem em viveiros marinhos e as fêmeas são estéreis). E que, com as novas fontes de proteínas, será possível atender às necessidades cada vez maiores da população mundial sem afectar a ecologia dos mares nem aumentar as emissões de carbono (na Ásia os transgénicos têm maior receptividade do que nos Estados Unidos e na Europa). A discussão está aí para dar e durar...
Fonte SOL 09-07-2010
Já foram passadas as primeiras fases do processo de aprovação pela FDA, pelo que a chegada do novo salmão ao prato está mais próxima. Mas o tema dos transgénicos é controverso, não só nos Estados Unidos como em todo o mundo. No mercado existem vários transgénicos vegetais, que, nalguns casos, entram em rações de gado, mas o salmão é um dos primeiros transgénicos animais para consumo humano directo.
A oposição a todos eles é liderada por movimentos ecologistas, que expressam alto e bom som os seus receios. Acentuam o desconhecimento que existe a respeito de espécies com elementos artificiais e invocam o princípio da precaução. A maioria da opinião pública está com eles, o que não admira dado ser normal o medo do que é invisível (os genes não se vêem a olho nu!) e do que é desconhecido (serão os organismos modificados danosos?). Na Europa a discussão sobre os transgénicos tem sido muito viva e a Comissão Europeia, depois há pouco tempo ter autorizado o cultivo de algumas novas espécies, como a batata da BASF, quer passar a “batata quente” para os estados membros, permitindo que cada um deles regule o assunto a seu bel-prazer.
Por seu lado, os defensores dos alimentos transgénicos sustentam que a qualidade do produto é rigorosamente a mesma (o novo salmão contém os mesmos nutrientes, como as gorduras ómega-3, que diminuem os riscos cardiovasculares). Que é possível evitar cruzamentos com outras espécies (os peixes transgénicos crescem em viveiros marinhos e as fêmeas são estéreis). E que, com as novas fontes de proteínas, será possível atender às necessidades cada vez maiores da população mundial sem afectar a ecologia dos mares nem aumentar as emissões de carbono (na Ásia os transgénicos têm maior receptividade do que nos Estados Unidos e na Europa). A discussão está aí para dar e durar...
Fonte SOL 09-07-2010
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