Perigos Biológicos
A caracterização do Perigo, consiste numa avaliação de natureza qualitativa e quantitativa do efeito adverso, causado pelo agente quando presente no alimento.

Para se ter uma noção mais objectiva da dimensão social e sanitária do problema dos riscos sanitários prefira-se que, só nos riscos biológicos, são responsáveis por mais de 3 milhões mortes anuais de pessoas, em todo o Mundo, vitimadas por gastroenterites transmitidas por via alimentar ou hídrica. Várias centenas de milhão de pessoas sofrem de diarreia e vómitos.

A maior parte dos agentes que provocam estas gastroenterites são de natureza biológica, especialmente, bactérias, vírus e protozoários, cuja via de transmissão é essencialmente alimentar e hídrica.

Para se caracterizar cada perigo é necessário conhecer a sua origem, ecologia e virulência, uma vez que as contaminações dos alimentos têm carácter dinâmico, especialmente o biológico.

Para que se possa efectuar uma caracterização de perigos em termos abstractos e eventualmente expressos em números, têm sido utilizados diversos modelos matemáticos para simular o comportamento das microfloras ou dos agentes químicos em cenários bem caracterizados.

Nem todos os microrganismos são classificados da mesma forma ao avaliar-se o potencial para causar doença. Este potencial, ou tipo de perigo que um micróbio apresenta, varia de nenhum a grave, com todas as variações entre estes extremos.

Os perigos microbiológicos (biológicos) têm sido classificados em três grupos, de acordo com a sua severidade para a saúde do ser humano:

Alta: efeitos graves para a saúde, inclusive morte.

Moderada, Disseminação potencialmente extensa: a patogenicidade é menor, o grau de contaminação é menor e há contaminação cruzada. Os efeitos podem ser revertidos por atendimento médico e podem incluir hospitalização.

Moderada, Disseminação limitada (ou baixa): causa comum de surtos, disseminação posterior rara ou limitada, causa doença quando os alimentos ingeridos contêm uma grande quantidade de patogénicos.

Clostridium botulinum tipos A, B, E, F

Shigella disenteriae

Clostridium perfringens tipo C

Salmonella typhi Salmonella paratyphi A , B

Virus das hepatites A e E

Escherichia coli O157:H7

Brucella abortus

Brucella suis

Vibrio cholerae O1

Vibrio vulnificus

Taenia solium (em alguns casos)

Trichinella spiralis

Listeria monocytogenes (em alguns pacientes)

Listeria monocytogenes

Salmonella spp.

Shigella spp.

Escherichia coli enteropatogénica (EEC)

Streptococcus pyogenes

Vibrio parahaemolyticus

Rotavirus

Virus Norwalk

Entamoebea histolytica

Diphyllobothrium latum

Ascaris lumbricoides

Cryptosporidium parvum

Bacillus cereus

Campylobacter jejuni

Clostridium perfrigens tipo A

Staphylococcus aureus

Vibrio Cholera non-O1

Yersinia enterocolitica

Giardia lamblia

Taenia saginata

Trichinella spiralis

Diphyllobothrium latum


 

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