guerra às palhinhas de plástico
Este movimento teve inicio numa esplanada na Califórnia e já se estendeu ao resto dos EUA (onde, exclusivamente, se gastam 500 milhões por dia) e ao resto do mundo. O objectivo é, logicamente, salvar o ambiente. Uma palhinha de cada vez.

Tinha acabado de regressar de umas férias nas Caraíbas repletas de prazeres, mas também de “poluição plástica”, quando numa esplanada em Santa Cruz, na Califórnia, lhe trouxeram o copo de água que tinha pedido com uma palhinha (não solicitada). Foi aí que Jackie Nunez cho que era “o momento, esta é a minha última palhinha de plástico”. Criou, entretanto, um site para publicitar a sua ideia e o movimento.

Daí para a frente, prometeu que nunca mais tocaria numa palhinha que fosse (a não ser que por algum motivo ficasse doente e fosse incapaz de se hidratar ou alimentar de outra forma). Mais, ia convencer todos aqueles que conseguisse para se juntarem à sua causa, a começar pelos amigos, família e conhecidos, “Peçam sem palhinha!”, (passou a ser o seu lema), passando depois para os restaurantes, bares e afins da zona onde reside.

Fazendo as contas, primeiro a nível local, como nos condados de Santa Cruz e Monterey, nas limpezas das praias onde serão retiradas da areia cinco mil palhinhas por ano. Depois, a nível nacional, em todos os Estados Unidos (onde vive 5% da população mundial, que por sua vez consome 30% dos recursos do planeta, produzindo outros 30% de todo o lixo do mundo, explicou em The Last Plastic Straw, (A Última Palhinha de Plástico), serão utilizados cerca de 500 milhões de palhas de plástico por dia. “São resíduos de palhinhas suficientes para envolver a circunferência da Terra duas vezes e meia ou para encher o estádio dos Yankees nove vezes por ano! Agora imaginem os números mundiais!”

Continuou então a recolher informação. Uma vez que não são biodegradáveis, as palhinhas vão-se degradando ao longo de centenas de anos, ficando cada vez mais pequenas, acabando, posteriormente, por serem ingeridas por peixes, moluscos e tartarugas. “80% de todos os detritos encontrados nos oceanos têm origem na terra e entre 80% e 90% desses mesmos detritos são feitos de plástico “, explicou Nunez.

Não será de estranhar que também cite especialistas que estimam que 90% das espécies marinhas já tenham ingerido, em pelo menos um momento, detritos de plástico, até o próprio sal marinho que consumimos diariamente contém micro-partículas de plástico uma vez que este se decompõe nos oceanos. Esta ingestão, a longo prazo, pode significar diversos problemas de saúde.

Assim, com os estabelecimentos da sua zona devidamente consciencializados, a activista decidiu agora estender o plano de batalha ao resto dos Estados Unidos e do mundo, através do hashtag #refusethestraw. A estilista britânica Vivienne Westwood foi uma das personalidades que já aderiu ao movimento e passou a beber directamente do copo.

Fonte: ultimatescience 07-05-2017

 

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